segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Análise da pintura de Edward Hopper – The Nighthawks

Edward Hopper – The Nighthawks (Os Falcões), 1942 – óleo sobre tela – 84,1 x 152,4 cm – Art Institute of Chicago, USA



Análise da pintura de Edward Hopper – The Nighthawks


Uma das imagens mais conhecidas da arte do século XX, essa pintura representa uma lanchonete aberta 24 horas, onde três clientes, todos perdidos em seus próprios pensamentos, se reuniram. A compreensão de Hopper sobre as possibilidades expressivas de jogar luz sobre formas simplificadas dá à pintura sua beleza. As luzes fluorescentes acabavam de entrar em uso no início da década de 1940, e a lanchonete emitia um brilho incandescente, como um farol na esquina escura. Hopper eliminou qualquer referência a uma entrada, e o espectador, atraído para a luz, é desligado da cena por uma vidraça. Uma única fonte de luz ilumina o interior e se derrama para fora, em direção ao exterior.

Nós, os espectadores da pintura somos estranhos, voyeurs, sem ter conhecimento da história real, porém somos compelidos a tirar nossas próprias conclusões sobre o drama representado. Embora na sua maioria desprovidos de detalhes reveladores, alguns objetos desta imagem, como o saleiro e o pimenteiro, o suporte de guardanapo e as urnas de café, fornecem um pouco de contexto.

Edward Hopper disse que Nighthawks foi inspirado por "um restaurante na Avenida Greenwich de Nova York, onde duas ruas se encontram", mas a imagem, com sua composição cuidadosamente construída, tem uma qualidade universal atemporal que transcende seu local particular. No entanto, como a maioria das pinturas de Hopper, o que começou como uma imagem de um lugar tornou-se, por meio de seu processo de execução e de numerosos estudos, mais uma sugestão desse lugar, um conjunto de muitos locais que Hopper conhecia, aliado ao trabalho de sua imaginação.


Edward Hopper – The Nighthawks (Os Falcões), 1942 – óleo sobre tela – 84,1 x 152,4 cm – Art Institute of Chicago, USA – detalhe ampliado


Começando logo após o seu casamento em 1924, Edward Hopper e sua esposa Josephine (Jo) mantiveram um diário onde ele, usando um lápis, fazia um esboço de cada uma de suas pinturas, além de uma descrição precisa de certos detalhes técnicos. Jo Hopper então adicionava informações sobre o tema da pintura. As notas manuscritas de Jo dão muito mais detalhes, incluindo a possibilidade de que o título da pintura tenha tido suas origens como uma referência ao nariz em forma de bico do homem no bar ou que a aparência de um dos "falcões" foi modificada para se relacionar com o significado original da palavra:

“Noite + interior brilhante do restaurante barato. Itens brilhantes: balcão de madeira de cerejeira + topos de bancos circundantes; luz sobre tanques de metal na parte traseira direita. Faixa brilhante de azulejos de jade verde em 3/4 de altura da tela, na base do vidro da vidraça que se curva no canto. Paredes claras, porta ocre amarela na parte direita da cozinha. Garoto loiro muito bonito em roupa branca (casaco, touca) dentro do balcão. Garota de blusa vermelha, com cabelos castanhos comendo sanduíche. Homem-falcão (bico) de terno escuro, chapéu cinza, camisa azul (limpa) segurando cigarro. Outra figura sinuosa e sombria, à esquerda. Luz verde clara sobre a calçada no exterior. Casas escuras de tijolos vermelhos na calçada em frente. Letreiro em cima do restaurante, escuro (Charutos Phillies 5c). Imagem de charuto. Fora da loja, verde escuro. Nota: um pouco de teto brilhante dentro da loja contra a escuridão da rua externa, na borda do trecho da parte superior da vitrine”.

As quatro “corujas noturnas” anônimas e pouco comunicativas parecem separadas e distantes do espectador, assim como umas das outras. (A modelo para a mulher de cabelos ruivos foi realmente a esposa do artista, Jo). Hopper negou que ele infundia intencionalmente esta ou qualquer outra de suas pinturas com símbolos de isolamento humano e vazio urbano, mas reconheceu que em Nighthawks "provavelmente inconscientemente, eu estava pintando a solidão de uma grande cidade". Esse é considerado amplamente o trabalho mais famoso de Hopper e uma das pinturas mais reconhecidas e importantes da arte americana.


Edward Hopper – The Nighthawks (Os Falcões), 1942 – óleo sobre tela – 84,1 x 152,4 cm – Art Institute of Chicago, USA – detalhe ampliado


Edward Hopper (Nyack, 22 de julho de 1882 — 15 de maio de 1967) foi um pintor, artista gráfico e ilustrador norte-americano conhecido por suas misteriosas pinturas de representações realistas da solidão na contemporaneidade. Em cenários urbanos e rurais, as suas representações refletem a sua visão pessoal da vida moderna americana. Temas de solidão, transitoriedade, e alienação permeiam as imagens fantasmagóricas de Edward Hopper. Embora ele resistisse o rótulo, Hopper foi um grande praticante da Pintura de Cenas Americanas, um movimento da era da Depressão, que rejeitou o modernismo e outras influências europeias, preferindo temas exclusivamente americanos em um estilo realista. Um mestre da narrativa tranquila, Edward Hopper imbuía momentos comuns com intensidade psicológica e complexidade. Os espectadores inevitavelmente encontram-se atraídos para suas cenas cuidadosamente compostas, identificando-se ou especulando sobre os personagens, frequentemente isolados em si mesmos.

Esse blog possui mais artigos sobre Edward Hopper. Clique sobre os links abaixo para ver:







Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.



sábado, 27 de janeiro de 2018

Wolfgang Amadeus Mozart, sua infância em pinturas e texto

Michel-Barthélémy Olivier - Afternoon Tea at the Temple, 1766 – óleo sobre tela – 53 x 68 cm - Musée National du Château, Versailles, France

Título original da pintura acima: Le Thé à l’anglaise dans le salon des quatre glaces au Temple, avec toute la cour du prince de Conti, écoutant le jeune Mozart


Wolfgang Amadeus Mozart, sua infância em pinturas e texto


A casa de nascimento de Wolfgang Amadeus Mozart em Salzburg, Áustria


Wolfgang Amadeus Mozart (27 de janeiro de 1756 - 5 de dezembro de 1791), foi um compositor prolífico e influente da era clássica. Nascido em Salzburg, ele mostrou habilidade prodigiosa desde sua primeira infância. Já competente em teclado e violino, ele compôs a partir dos cinco anos de idade e atuou para a realeza europeia. Aos 17 anos, Mozart foi contratado como músico na corte de Salzburg. Ao visitar Viena em 1781, ele foi demitido de sua posição, escolhendo permanecer na capital, onde conseguiu fama, mas pouca segurança financeira. Durante os últimos anos em Viena, compôs muitas das suas mais conhecidas sinfonias, concertos e óperas, e porções do Réquiem, que ficou em grande parte inacabada no momento da sua morte precoce aos 35 anos. Mozart compôs mais de 600 obras, muitas reconhecidas como pináculos da música sinfônica, concertante, de câmara, operística e coral. Algumas das mais populares óperas de Mozart são: As Bodas de Fígaro (1786), Don Giovanni (1787), Così fan tutte (1790) e A Flauta Mágica (1791). Ele está entre os mais famosos dos compositores clássicos, e sua influência é profunda na música artística ocidental subsequente.


Artista anônimo, possivelmente Pietro Antonio Lorenzoni (1721-1782) – Mozart aos Seis Anos, 1763 – óleo sobre tela - Mozarteum, Salzburg, Austria


Mapa da turnê da família Mozart entre 1763 e 1766


A grande turnê da família Mozart foi uma jornada pelo oeste da Europa, realizada por Leopold Mozart, sua esposa Anna Maria e seus filhos musicalmente talentosos Maria Anna (Nannerl) e Wolfgang Amadeus, de 1763 a 1766. No início da turnê, as crianças tinham onze e sete anos, respectivamente. Suas habilidades extraordinárias foram demonstradas durante uma visita a Viena em 1762, quando eles tocaram para a Imperatriz Maria Theresa na Corte Imperial. Foi uma viagem prolongada, abarcando as capitais e os principais centros culturais da Europa, com grande sucesso.


Caderno de anotações musicais de Mozart


Assinatura de Wolfgang Amadeus Mozart


A primeira etapa do itinerário da turnê levou a família, via Munique e Frankfurt, para Bruxelas e depois para Paris, onde ficaram por cinco meses. Eles então partiram para Londres, onde, durante uma estadia de mais de um ano, Wolfgang conheceu alguns dos principais músicos da época, ouviu muita música e compôs suas primeiras sinfonias. A família então mudou-se para a Holanda, onde o cronograma das apresentações foi interrompido por doenças de ambas as crianças, embora Wolfgang continuasse a compor proliferamente. A fase de volta para casa incorporou uma segunda parada em Paris e uma viagem pela Suíça, antes do retorno da família a Salzburg em novembro de 1766. A viagem permitiu às crianças experimentarem ao máximo o mundo musical cosmopolita, e deu-lhes uma educação excelente.


Johann Nepomuk della Croce - Retrato de familia: Maria Anna ("Nannerl") Mozart, seu irmão Wolfgang, sua mãe Anna Maria (no medalhão) e seu pai, Leopold Mozart, c. 1780


Louis Carmontelle - Wolfgang Amadeus Mozart com seu pai Leopold e sua irmã Marie Anne - aquarela - Londres, 1777 (versão de um desenho de 1764)

Mozart, com oito anos, é mostrado na pintura acima no cravo, pronto para o desempenho. Sua irmã de doze anos de idade, Maria Anna ("Nannerl"), canta e seu pai Leopold toca violino. Esta é uma de uma série de cópias iniciais autografadas de uma aquarela (agora no arquivo principal da obra de Carmontelle em Chantilly), que foi feita em Paris, pouco antes da família Mozart chegar em Londres em abril de 1764. Londres era naquele tempo um mercado musical ativo e lucrativo, e Leopold foi agraciado com grandes recompensas artísticas e financeiras seguintes à turnê de grande sucesso da família na Europa continental. As performances incluíram concertos no Ranelagh Gardens e no Great Room em Spring Gardens, Charing Cross, e a família tocou pelo menos duas vezes perante George III. Os Mozarts também visitaram o novo British Museum, para o qual Wolfgang dedicou uma música coral, "D´us é o nosso refúgio", sua primeira composição religiosa, escrita em julho de 1765. Diz-se que Mozart compôs sua primeira Sinfonia lá, onde permaneceu até Julho de 1765.


Barbara Krafft (1764-1825) – Retrato póstumo de Wolfgang Amadeus Mozart, 1819


Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Análise da pintura de Édouard Manet, “Plum Brandy”

Édouard Manet - “Plum Brandy” (Conhaque de Ameixa), c. 1887 – óleo sobre tela – 73,6 x 50,2 cm - National Gallery of Art, Washington, DC, USA


Análise da pintura de Édouard Manet, “Plum Brandy”


O tema é visto de perto, talvez por outro cliente daquele local, sentado. É um estudo de solidão, que retrata uma jovem trabalhadora sentada em um café, numa cena tranquila e quase melancólica, perdida em seus pensamentos. Sobre a mesa está uma ameixa embebida em conhaque, uma especialidade de cafés parisienses naquela época. Ela pode estar esperando um garçom lhe trazer uma colher para comer sua ameixa. Provavelmente, dado o vestido modesto, ela é uma vendedora de loja que espera companhia.

A jovem se inclina para frente, com a bochecha apoiada na mão direita e o cotovelo direito na mesa de mármore, olhando para a distância com um olhar pensativo. Sua mão esquerda repousa sobre a mesa segurando um cigarro apagado. Ela usa um vestido rosa com punhos bordados, uma blusa branca e um chapéu preto coberto de seda e renda. Sua cabeça está emoldurada pela grade decorativa atrás dela, acima do banco estofado vermelho em que ela se senta.

Manet pode ter baseado o cenário da pintura no Café de la Nouvelle Athènes na Place Pigalle em Paris, onde ele se reunia frequentemente com outros membros da vanguarda, incluindo o escritor Émile Zola e pintores mais jovens como Monet e Renoir. No entanto, o plano de fundo (a grelha decorativa e sua moldura dourada) não combina com outras representações do café, sendo mais provável que a pintura tenha sido feita no estúdio de Manet, onde havia uma mesa de mármore estilo café sobre pernas de ferro. Manet usou um estilo simples, criando a ameixa, o copo, e os dedos da mão esquerda da mulher, com apenas algumas pinceladas de cor.


Edgar Degas - L’Absinthe, 1876 – óleo sobre tela - 92 × 68.5 cm – Musée D´Orsay, Paris


A modelo é a atriz Ellen Andrée, que também foi retratada com Marcellin Desboutin na pintura semelhante “L'Absinthe” de Edgar Degas, de 1876. As semelhanças entre as duas pinturas sugerem que a pintura de Manet pode ter sido uma resposta à pintura de Degas, que mostra uma cena sombria de desespero embotada pelo absinto. A de Manet é uma cena mais esperançosa, onde há a chance de que a solidão da jovem possa ser quebrada. A pintura “Automat” de 1927 de Edward Hopper também tem um tema similar. Ellen Andrée também aparece na pintura de Renoir “Luncheon of the Boating Party” de 1881.


Pierre-Auguste Renoir - Luncheon of the Boating Party, 1880 – 1881 – óleo sobre tela – 129,9 x 172,7 cm - The Phillips Collection, Washington, DC, USA

Esse blog possui um artigo sobre a pintura “Luncheon of the Boating Party” de Pierre-Auguste Renoir. Clique sobre o link abaixo para ver:



A recusa de Manet de se conformar às convenções e sua liberdade dos temas e modos de representação tradicionais, talvez possam ser consideradas como o ponto de partida para a Arte Moderna.

Édouard Manet (Paris, 23 de janeiro de 1832 — Paris, 30 de abril de 1883) foi um pintor e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX. Manet era filho de pais ricos. Ele estudou com Thomas Couture. Sua obra foi fundada sobre a oposição de luz e sombra, uma paleta restrita em que o preto era muito importante, e em pintar diretamente do modelo. O trabalho do espanhol Velázquez influenciou diretamente a sua adoção deste estilo. Manet nunca participou nas exposições dos Impressionistas, mas continuou a competir nos Salões de Paris. Seus temas não convencionais tirados da vida moderna, e sua preocupação com a liberdade do artista em lidar com tinta fez dele um importante precursor do Impressionismo. A obra de Manet se tornou famosa no Salon des Refusés, a exposição de pinturas rejeitadas pelo Salon oficial. Em 1863 e 1867, ele realizou exposições individuais. Na década de 1870, sob a influência de Monet e Renoir, ele produziu paisagens e cenas de rua inspiradas diretamente pelo impressionismo. Ele permaneceu relutante em expor com os Impressionistas, e procurou a aprovação do Salão de toda a sua vida.


Esse blog possui mais artigos sobre Édouard Manet. Clique sobre os links abaixo para ver:








Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Análise da pintura de Paul Cèzanne: “A Cesta de Maçãs”

Paul Cèzanne - The Basket of Apples (A Cesta de Maçãs), c. 1893 – óleo sobre tela – 65 x 80 cm – Art Institute of Chicago, Chicago, IL, USA


Análise da pintura de Paul Cèzanne: “A Cesta de Maçãs”


Essa pintura ajudou a formar uma ponte entre o Impressionismo e o Cubismo. Apesar de sua perspectiva desigual, ela tem uma composição equilibrada. Nela, a garrafa inclinada, a inclinação da cesta e as linhas cortadas dos biscoitos engrenam com as linhas da toalha de mesa. Além disso, o lado direito da mesa não está no mesmo plano do lado esquerdo, como se a imagem refletisse simultaneamente dois pontos de vista. A mesa é um retângulo impossível sem ângulos retos. A modelagem pesada, pinceladas sólidas e cores brilhantes dão à composição uma densidade e um dinamismo que uma natureza morta mais realista nunca poderia possuir.

“A Cesta de Maçãs”, uma das raras obras assinadas de Cézanne, fez parte de uma importante exposição dedicada ao artista pelo comerciante de arte parisiense Ambroise Vollard em 1895. Como Cézanne passou a maior parte de sua carreira pintando isoladamente em sua Provença natal, essa foi a primeira oportunidade em quase vinte anos para que o público visse o trabalho do artista que agora é saudado como o pai da pintura moderna.

Segundo Paul Cézanne, "arte é uma harmonia paralela à natureza, não uma imitação da natureza”. Na busca de estruturas e composições, afirmava que o artista não é obrigado a representar objetos reais no espaço real. As formas geométricas e a perspectiva desconexa de Cézanne, fizeram dele uma inspiração para Pablo Picasso, o cubismo e arte abstrata do século 20.

Paul Cézanne (Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839 - Aix-en-Provence, 22 de outubro de 1906) foi um artista francês e pintor pós-impressionista cujo trabalho lançou as bases da transição da concepção artística do século XIX para um mundo da arte novo e radicalmente diferente da arte no século XX. As pinceladas exploratórias frequentemente repetitivas de Cézanne são altamente características e claramente reconhecíveis. Ele usou planos de cor e pinceladas pequenas que se acumulam para formar campos complexos. As pinturas transmitem como Cézanne estudava intensamente seus temas. Cézanne formou a ponte entre o impressionismo tardio do século XIX e a nova linha de investigação artística do início do século XX, o Cubismo. Tanto Matisse quanto Picasso diziam que Cézanne "é o pai de todos nós".

Esse blog possui mais artigos sobre Paul Cézanne. Clique sobre esses links para ver:





Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Curiosidades sobre a pintura “Benjamin Franklin Drawing Electricity from the Sky” de Benjamin West

Benjamin West - Benjamin Franklin Drawing Electricity from the Sky (Benjamin Franklin extraindo eletricidade do céu), c. 1816 – óleo sobre ardósia – 34 x 25,6 cm – Philadelphia Museum of Art, Philadelphia, PA, USA


Curiosidades sobre a pintura “Benjamin Franklin Drawing Electricity from the Sky” de Benjamin West


Essa pintura foi feita em comemoração à experiência feita por Benjamin Franklin na Filadélfia, em 1752, para demonstrar que a luz é uma forma de eletricidade. A pintura é um esboço para um retrato em larga escala, nunca executado, que Benjamin West planejou para o Hospital da Pensilvânia na Filadélfia, fundado por Franklin.

West representou o momento em que uma centelha de eletricidade, passando por uma chave unida a uma pipa voando em um céu tempestuoso, saltou para a mão levantada de Franklin. A cena é uma espécie de alegoria, com Franklin empoleirado em nuvens e cercado por assistentes angélicos. Os da direita puxam o cordão da pipa e os da esquerda supervisionam os jarros de iluminação que reúnem a corrente elétrica. Um dos anjos da direita está vestido como um nativo (índio) americano. Franklin estava com cerca de 40 anos de idade quando fez essa experiência, mas West o retratou como se ele fosse um idoso, pois era como ele ficou mais conhecido.

Enquanto morou em Londres, West fez amizade com Franklin, um colega da Pensilvânia, mas não fez o retrato do célebre cientista e estadista americano até depois da morte dele, embora West e Franklin fossem amigos em Londres entre 1765 e 1775, e o estadista / cientista fosse padrinho do segundo filho do artista. West aparentemente confiou em uma gravura ou uma cópia de um retrato em miniatura de Franklin, feito pelo artista francês Jean-Baptiste Weyler, cerca de 1782.

Benjamin West (10 de outubro de 1738 - 11 de março de 1820) foi um pintor de história anglo-americana durante e depois da Guerra Americana de Independência e da Guerra dos Sete Anos. Ele foi o segundo presidente da Real Academia em Londres, servindo de 1792 a 1805 e 1806 a 1820. Foi oferecido a ele um título de cavaleiro (Sir) pela Coroa britânica, mas West recusou. Ele disse que "A arte é a representação da beleza humana, idealmente perfeita no design, graciosa e nobre em atitude".

Benjamin Franklin (17 de janeiro de 1706 - 17 de abril de 1790) foi um famoso sábio e um dos fundadores dos Estados Unidos. Franklin era escritor, impressor, teórico político, político, cientista, inventor, humorista, ativista cívico, estadista e diplomata. Como cientista, ele foi uma figura importante na história da física por suas descobertas e teorias em relação à eletricidade. Como inventor, ele é conhecido pelo para-raios, lentes bifocais e pelo fogão Franklin, entre outras invenções. Ele fundou muitas organizações civis, incluindo o departamento de incêndio da Filadélfia e a Universidade da Pensilvânia.


Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


domingo, 14 de janeiro de 2018

A história da pintura de Henri Fantin-Latour, “Hommage à Delacroix”

Henri Fantin-Latour - Hommage à Delacroix, 1864 – óleo sobre tela – 160 x 250 cm – Muséee d´Orsay, Paris


A história da pintura de Henri Fantin-Latour, “Hommage à Delacroix”


Esta pintura é a primeira grande composição de um artista intimamente ligado aos impressionistas e mostra o gosto de Fantin-Latour pelo estudo de personagens, desenho preciso e harmonias de cores escuras. O agrupamento das figuras e o esquema de cores, preto e branco, evocam os retratos grupais da Holanda do século XVII.

Um grupo de dez escritores e artistas estão agrupados em torno de um retrato de Delacroix executado a partir de uma fotografia feita em 1852 por Victor Laisné. Podemos ver o próprio Fantin-Latour, com uma camisa branca e segurando uma paleta, James Whistler em pé, em primeiro plano, Édouard Manet com a mão no bolso e Baudelaire, sentado à direita com uma expressão definida no rosto. Os personagens retratados, da esquerda para a direita, são:

Sentados: o romancista Louis Edmond Duranty, o próprio Fantin-Latour em camisa e com paleta, o escritor Champfleury e o escritor Charles Baudelaire. De pé: o geólogo Louis Cordier, o pintor Alphonse Legros, o pintor norte-americano James Whistler, o pintor Édouard Manet, o pintor Félix Bracquemond e o pintor Albert de Balleroy.

Em julho de 1838, Baudelaire encontrou a pintura de Delacroix, The Battle of Taillebourg, numa visita às galerias do Musée du Château de Versailles. Foi o início de uma grande paixão pelo romântico e colorido trabalho de Delacroix, o "pintor mais sugestivo de todos". A admiração que o autor de “Les Fleurs du mal” sentiu por Delacroix é uma indicação do respeito que lhe foi dado pelos artistas que encarnariam a modernidade na segunda metade do século XIX.

Um ano após a morte de Delacroix, Henri Fantin-Latour pintou este retrato de grupo para lhe prestar a homenagem que ele não havia recebido em sua vida. Foi no funeral de Eugène Delacroix, em 17 de agosto de 1863, que Fantin-Latour, chocado com a pequenez do cortejo fúnebre de Delacroix (que seguiu juntamente com Charles Baudelaire e Édouard Manet), decidiu realizar uma homenagem pública, na forma de uma pintura-manifesto, em que representa um conjunto de dez personalidades das artes e das letras que expressando a sua admiração por Delacroix, se reúnem em frente do retrato do mestre falecido no ano anterior.


Henri Fantin-Latour – Esboço para “Homage to Delacroix”, Henri Fantin-Latour, 1863 – 1864 – óleo sobre tela – 25,5 x 26 cm – Musée National Eugène-Delacroix, Paris


Henri Fantin-Latour (Grenoble, Isère, França, 14 de janeiro de 1836 - Buré, Orne na Baixa Normandia, França, 25 de agosto de 1904) foi um pintor e litógrafo francês mais conhecido por suas pinturas de flores e retratos grupais de artistas e escritores parisienses. Ele recebeu aulas de desenho de seu pai, que era um artista. Em 1850 ele entrou na École de Dessin. Depois de estudar na École des Beaux-Arts de Paris a partir de 1854, passou muito tempo copiando as obras dos antigos mestres no Musée du Louvre. Embora Fantin-Latour tenha feito amizade com vários jovens artistas que mais tarde se associariam ao impressionismo, incluindo Whistler e Manet, o trabalho de Fantin permaneceu em estilo conservador. Whistler chamou a atenção para Fantin, na Inglaterra, onde suas naturezas mortas venderam muito bem, apesar de praticamente desconhecidas na França. Além de suas pinturas realistas, Fantin-Latour criou litografias imaginativas inspiradas na música de alguns dos grandes compositores clássicos.


Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Série John Singer Sargent – pinturas de Veneza

John Singer Sargent – The Rialto, Venice, 1911 – óleo sobre tela – 55,9 x 92,1 cm – Philadelphia Museum of Art, Philadelphia, PA, USA


Série John Singer Sargent – pinturas de Veneza


Veneza era um destino popular para artistas de todas as nacionalidades no final do século XIX por causa de seus canais pitorescos e arquitetura grandiosa, as multidões coloridas e a qualidade especial de sua luz límpida e cintilante. Rejeitando os pontos de vista tradicionais, Sargent escolheu seus personagens nas classes sociais mais baixas, vistos nas vielas que atravessam a cidade e os retratou realizando tarefas mundanas ou em relações ambíguas. Sargent fez muitas pinturas a óleo e aquarelas de Veneza. Aqui selecionei algumas.


John Singer Sargent - Venetian Wineshop, c. 1898 – óleo sobre tela - 53.34 x 69.85 cm – coleção particular


John Singer Sargent – Interior of Dodge's Palace, 1898 – óleo sobre tela – 50,2 x 69,2 cm – coleção particular


John Singer Sargent – Venetian Canal, 1913 – aquarela e grafite sobre papel - 40 x 53.3 cm – The Metropolitan Museum of Art, New York, USA

Como muitos de seus contemporâneos, Sargent foi cativado por Veneza e visitou a cidade frequentemente. Para o ponto focal desta aquarela, escolheu a torre relativamente obscura, contudo pitoresca da igreja de San Barnaba. Posicionou-se perto da água, como se estivesse numa gôndola, para apresentar uma vista olhando para o Rio de San Barnaba em direção ao Grande Canal.


John Singer Sargent - Side Canal in Venice, 1902 – aquarela sobre papel - 45.72 x 30.48 cm – coleção particular


John Singer Sargent - Street in Venice, c. 1882 – óleo sobre tela – 45,1 x 53,9 cm - National Gallery of Art, Washington DC

Essa obra, pintada de forma pós-impressionista, mostra uma rua tranquila que sai da Calle Larga dei Proverbi, perto do Grande Canal de Veneza. A pintura mostra uma mulher jovem andando pela rua de pedra, chutando a saia com o pé direito, e observada por dois homens nas sombras à sua direita. Sargent retrata seus olhos virados para baixo e o ritmo aparentemente rápido com que ela passa os dois homens, além do olhar masculino invasor e seu efeito sobre a mulher que passa. No meio do fundo da pintura, um casal está sentado do lado de fora de um café ou bar, também em uma conversa profunda. O casal está interessado apenas em si, em contraste com os dois homens. A influência do impressionismo é evidente em uma série de características deste trabalho, especialmente nas grandes pinceladas de seu vestido e no corte incomum da composição.


John Singer Sargent – A Street in Venice, 1880-81 – óleo sobre tela - 75.1 × 52.4 cm – Clark Art Institute, Williamstown, Massachusetts, USA

Este beco estreito, com suas paredes de gesso descascadas e uma explosão de luz na extremidade mais distante, mostra uma situação ambígua. Uma mulher pisa sobre o limiar de uma adega, olhando para nós como se tivéssemos interferido em uma reunião particular. O homem que olha para ela parece não ter consciência de ser observado. Sargent manipulou a cena para enfatizar sua ambiguidade e tensão. As sombras, as paredes altas que parecem estar se fechando, as linhas de perspectiva dramática que levam à estreita fenda da luz solar à distância, contribuem para o mistério e o ar de ameaça da cena. A paleta é quase monocromática, apenas iluminada pelo toque de cor de coral no vestido da mulher. Acima de tudo, este encontro fora de uma loja de vinhos tem um ar quase incômodo de imediatismo na posição agitada do homem e no olhar direto da mulher.


John Singer Sargent – An Interior in Venice, 1899 – óleo sobre tela – 66 x 83,5 cm – Royal Academy of Arts, London


John Singer Sargent – The Grand Canal, Venice, c. 1902 – aquarela e grafite sobre papel - Harvard University Art Museums, Fogg Art Museum, Cambridge


John Singer Sargent – The Bridge of Sighs (A Ponte dos Suspiros), 1905 – 1908 – aquarela sobre papel – 25,4 x 35,6 cm – Brooklyn Museum, New York


John Singer Sargent (Florença, 12 de janeiro de 1856 — Londres, 14 de abril de 1925) foi um dos retratistas mais procurados e prolíficos da alta sociedade internacional. Um americano expatriado, John Singer Sargent pintou com elegância o mundo cosmopolita, ao qual pertencia. Nascido de pais americanos que residiam na Itália, Sargent passou sua vida adulta em Paris, movendo-se para Londres em meados de 1880. O artista viajava com frequência, e foi durante essas viagens que ele experimentou mais extensivamente com pintura en plein air, ou ao ar livre. Tornou-se um dos maiores retratistas e muralistas de seu tempo. Com a maestria técnica e a engenhosidade de seus trabalhos, retratou brilhantemente seus modelos, com foco no refinamento aristocrático e a altivez.

Sargent cultivou e manteve amizades (tais como os artistas Claude Monet e Auguste Rodin, os escritores Robert Louis Stevenson e Henry James, e o ator Ellen Terry, entre outros) que foram essenciais para a sua arte, nutrindo sua criatividade e fornecendo inspiração, e elas foram cruciais para o desenvolvimento de sua carreira ao longo de sua vida. Sargent constantemente expandiu o seu círculo de colaboradores, permanecendo dedicado aos amigos ao longo da vida. Por exemplo, era comum Sargent manter relações sociais com clientes, anos depois de ter concluído os seus retratos. Sua rede de amigos tornou possível alcançar o sucesso em ambos os lados do Atlântico.

Esse blog possui mais artigos sobre John Singer Sargent, com mais informações sobre ele. Clique sobre os links abaixo para ver:








Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A história da pintura “The Women of Amphissa” de Sir Lawrence Alma-Tadema

Sir Lawrence Alma-Tadema - The Women of Amphissa (As Mulheres de Amphissa), 1887 – óleo sobre madeira – 122,5 x 184,2 cm - Sterling and Francine Clark Art Institute - Williamstown, MA, USA


A história da pintura “The Women of Amphissa” de Sir Lawrence Alma-Tadema 


Essa pintura retrata uma história registrada pelo escritor grego do primeiro século, Plutarco: um grupo de bacantes de Phocis despertaram após uma noite celebrando os ritos de Bacus. Elas se encontram no mercado de Amphissa, uma cidade em guerra com Phocis. As mulheres da cidade guardam as foliãs adormecidas, protegendo-as de um possível ataque de soldados. Alma-Tadema retratou o amanhecer no mercado de Amphissa na manhã seguinte das festividades, com suas mulheres servindo comida, observando e cuidando das Bacantes exaustas, mesmo que aparentemente desaprovando suas festividades.


Sir Lawrence Alma-Tadema - The Women of Amphissa, 1887 – óleo sobre madeira – 122,5 x 184,2 cm - Sterling and Francine Clark Art Institute - Williamstown, MA, USA - detalhe


Os temas inerentes à pintura são a proteção, a feminilidade e a hospitalidade. Alma-Tadema dedicou muita atenção aos detalhes, chamando a atenção para as flores, água, comida, peles de animais, vasos, retratando a vasta quantidade de provisões e destacando a generosidade das mulheres de Amphissa. Os detalhes arquitetônicos também desempenham um papel importante. Visivelmente envolvidas pela robusta construção de pedra do mercado, as bacantes estão protegidas não apenas pelas mulheres que as cercam, mas também pela arquitetura. Alma-Tadema desenha um paralelo interessante entre a fila de mulheres de pé no centro da pintura e a linha de colunas emoldurando o lado direito. Com esta justaposição, o artista sugere a força dessas mulheres, que cercam as mulheres adormecidas com a mesma força que a estrutura vizinha.


Sir Lawrence Alma-Tadema - The Women of Amphissa, 1887 – óleo sobre madeira – 122,5 x 184,2 cm - Sterling and Francine Clark Art Institute - Williamstown, MA, USA


No centro da pintura, a mulher em destaque, olhando para nós, teve como modelo, a esposa do artista, Laura Therese Alma-Tadema, que também era pintora.


Laura Therese Alma-Tadema


Alma-Tadema retratou essa cena como uma lição de caridade para o público vitoriano. A pintura recebeu a Medalha de Ouro de Honra quando foi exposta na Exposição Universal de Paris em 1889.


Sir Lawrence Alma-Tadema - The Women of Amphissa, 1887 – óleo sobre madeira – 122,5 x 184,2 cm - Sterling and Francine Clark Art Institute - Williamstown, MA, USA - detalhe


Lawrence Alma-Tadema (Dronrijp, Noruega, 8 de janeiro de 1836 - Wiesbaden, 26 de junho de 1912) foi um dos mais proeminentes pintores e desenhistas do neoclassicismo europeu. Ao longo de sua vida, Alma-Tadema também adquiriu cidadania na Bélgica bem como no Reino Unido. Ao completar os seus sessenta e três anos de idade, em 1899, a Rainha Vitória concedeu a Alma-Tadema o título honorífico de Cavalheiro (Sir).

Esse blog possui mais um artigo sobre Sir Lawrence Alma-Tadema, com mais informações sobre ele. Clique sobre esse link para ver:



Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


sábado, 6 de janeiro de 2018

Análise da pintura “Country Road in Provence by Night” de Vincent Van Gogh

Vincent Van Gogh - Country Road in Provence by Night, 1890 – óleo sobre tela – 92 x 73 cm - Kröller-Müller Museum, Otterlo, Holanda


Análise da pintura “Country Road in Provence by Night” de Vincent Van Gogh


Essa é a última pintura que Van Gogh fez em Saint-Rémy-de-Provence, na França, pouco antes de deixar o asilo naquela cidade. Esta não é uma paisagem existente, mas sim composta a seu critério, presumivelmente como uma lembrança final de Saint-Rémy e como um resumo das muitas impressões que ele adquiriu durante a sua estadia na Provença.

Para Van Gogh, o cipreste é o símbolo máximo da Provence. Ele escreveu para seu irmão Theo: "Os ciprestes ainda me preocupam. Eu gostaria de fazer algo com eles como as telas dos girassóis, porque me surpreende que ninguém ainda os tenha feito como eu os vejo. É bonito em relação a linhas e proporções. E o verde tem uma qualidade tão distinta ".

Van Gogh fez experiências com o uso de cor e pincelada em Saint-Rémy. Muitas obras são compostas por formas graciosas e linhas turbulentas. Esse também é o caso aqui. As pinceladas curtas, rítmicas e onduladas, dão à pintura um grande dinamismo.

“Country Road in Provence by Night” foi pintada em Maio de 1890 e é uma das várias pinturas em que Van Gogh usou ciprestes de forma proeminente. Depois de terminar a obra, em Junho de 1890, em Auvers-sur-Oise, Van Gogh escreveu para seu amigo e colega Paul Gauguin que o tema da pintura é semelhante aos da obra de Gauguin “Cristo no Jardim das Oliveiras”.

Para alguns críticos, essa pintura reflete a crença de Van Gogh de que ele logo morreria, se compararmos a estrela à esquerda da pintura, que é pouco visível, com a lua crescente do lado direito e com o cipreste no meio, dividindo esses símbolos do antigo e do novo. O par de viajantes seria uma indicação da necessidade de companheirismo, para Van Gogh.

Vincent Willem van Gogh (Zundert, 30 de Março de 1853 — Auvers-sur-Oise, 29 de Julho de 1890) foi um pintor pós-impressionista holandês. Seu trabalho teve uma grande influência na arte do século 20. Sua produção inclui retratos, autorretratos, paisagens e naturezas-mortas de ciprestes, campos de trigo e girassóis. Ele completou muitas de suas obras mais conhecidas durante os dois últimos anos de sua vida. Em pouco mais de uma década, produziu mais de 2.100 obras de arte, incluindo 860 pinturas a óleo e mais de 1.300 aquarelas, desenhos, esboços e gravuras.


Esse blog possui mais artigos sobre Van Gogh, com mais pinturas e detalhes sobre a vida dele. Clique sobre os links abaixo para ver:


Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Ilustrações do mês de Janeiro

Eugène Grasset - La Belle Jardiniere – Janvier, 1896 – ilustração


Ilustrações do mês de Janeiro


O artista gráfico suíço Eugène Samuel Grasset (1845-1917) foi uma das principais figuras do movimento Art Nouveau em Paris. Mais conhecido por seus cartazes emblemáticos e suas contribuições para design gráfico - um itálico que ele criou, em 1898, ainda é usado por designers de todo o mundo - Grasset também criou móveis, cerâmicas, tapeçarias, e selos postais. Em 1894, Grasset recebeu uma encomenda da loja de departamentos francesa La Belle Jardinière para criar doze obras de arte originais, a serem utilizadas como um calendário. Graciosas xilogravuras retratando belas moças em trajes de época e jardins que mudam com as estações do ano foram produzidas, com espaços vazios para as datas do calendário, em um portfólio de obras de arte chamado Les Mois (Os meses) pela editora Paris G. de Malherbe em 1896.


Gaspar Camps i Junyent - Alegoria del Mes de Enero, 1901 – ilustração

Gaspar Camps i Junyent (Igualada, 1874 - Barcelona 1942) foi um pintor, desenhista e ilustrador que participou do movimento artístico em voga no final do século XIX, o Art Nouveau da França e sua implementação na Catalunha, o modernismo catalão. De origem espanhola, Gaspar Camps passou a maior parte de sua carreira na França. Ele foi influenciado por Alphons Mucha, o artista checo vivendo em Paris, então no auge de sua carreira. Dada a influência de Mucha, incluindo seus cartazes artísticos, Gaspar Camps foi chamado de Mucha Catalan.


Alphonse Mucha – Janvier, 1899 – ilustração

Os Meses (1899): esta série de medalhões foi usada ​​para ilustrar a capa da revista Le Mois Littéraire antes de eles serem reproduzidos como cartões postais. Cada medalhão apresenta uma figura feminina posando contra um fundo natural, característico do mês representado. Alfons Maria Mucha - (Ivančice, 24 de julho de 1860 — Praga, 14 de julho de 1939) foi um pintor, ilustrador e designer gráfico checo e um dos principais expoentes do movimento Art Nouveau. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão os cartazes para os espetáculos de Sarah Bernhardt realizados na França, de 1894 a 1900, e uma série chamada Epopeia Eslava, elaborada entre 1912 e 1930.


Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.