Elvis
Presley duet Michael Bublé – “Fever” (With the Royal Philharmonic Orchestra)
Um dueto virtual entre o falecido rei do rock'n'roll e o
crooner de smooth-jazz, foi gravado para o álbum “If I Can Dream: Elvis Presley
with the Royal Philharmonic Orchestra”, numa colaboração póstuma. If I Can
Dream centra-se na voz inconfundível do artista icônico. Gravado no Abbey Road
Studios em Londres, o álbum apresenta performances originais de Elvis acompanhadas com exuberantes novos arranjos da
The Royal Philharmonic Orchestra.
Michael Steven Bublé (Burnaby, 9 de setembro de 1975) é um
cantor, compositor e ator canadense. Ganhou vários prêmios, incluindo quatro
Grammy e dez Juno Awards. No total, Bublé já vendeu cerca de 50 milhões de
álbuns ao redor do mundo.
The
First Thanksgiving at Plymouth - Jennie Augusta Brownscombe – 1914 – óleo sobre
tela - Pilgrim Hall Museum, Plymouth, Massachusetts
Feliz
Dia de Ação de Graças (Happy Thanksgiving)!
Obrigada a todos os nossos seguidores por seus gentis
comentários, curtidas e re-postagens!
Thanks to
all our followers for your kind comments, likes and re-posts!
Thanksgiving, ou dia de Ação de Graças, é um feriado
comemorado nos Estados Unidos na quarta quinta-feira de novembro. Tem sido
celebrado como um feriado federal a cada ano desde 1863, quando, durante a
Guerra Civil, o presidente Abraham Lincoln proclamou um dia nacional de
"Ação de Graças e de louvor ao nosso Pai beneficente que habita nos
céus", a ser comemorado na última quinta-feira de Novembro. O Thanksgiving também é comemorado em outros países.
O evento que os americanos comumente chamam de
"primeira ação de graças" foi comemorado pelos peregrinosem
Plymouth, Massachusetts, após a sua
primeira colheita no Novo Mundo em 1621. Esta festa durou três dias, e teve a
participação de 90 nativos americanos (como contabilizados pelo participante
Edward Winslow) e 53 peregrinos.
Séries Arteeblog: Grandes marchands e mecenas das artes –
Peggy Guggenheim (com vídeo)
Peggy
Guggenheim Collection
Peggy
Guggenheim
Marguerite "Peggy" Guggenheim (26 de Agosto de 1898
– 23 de Dezembro de 1979) além de uma grande herdeira, foi mecenas de artistas
e dona de uma das mais importantes coleções de arte moderna do século 20. Ela
era filha de Benjamin Guggenheim, que faleceu no naufrágio do Titanic, em 1912,
e sobrinha de Solomon R. Guggenheim, que estabeleceu a Fundação Solomon R.
Guggenheim, com museus em vários países.
Jean Arp -
Overturned Blue Shoe with Two Heels Under a Black Vault - c. 1925 – madeira pintada - 79.3 x 104.6
cm - The Solomon R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice,
1976
Marc Chagall - Rain – 1911 – óleo e carvão sobre
tela - 86.7 x 108 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
No início de seus 20 anos, Peggy trabalhou numa livraria
avant-garde e se envolveu nos círculos intelectuais e artísticos de Nova York,
onde conheceu seu primeiro marido, Laurence Vail, um escritor e escultor
Dadaísta, com quem teve dois filhos. Peggy Guggenheim ficou conhecida por seu
amor à arte e por sua vida pessoal, por ter tido inumeráveis “casos” com
artistas e escritores.
Em 1921 Peggy Guggenheim viajou para a Europa, e logo se viu
no centro da boemia parisiense e dos americanos expatriados e se tornou amiga
de artistas, como Constantin Brancusi e Marcel Duchamp.
Peggy
Guggenheim em sua cama, com a obra de Alexander Calder - Silver Bedhead
Alexander
Calder - Silver Bed Head - 1945–46 – prata – 160 x 131 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Em 1937 Peggy abriu uma galeria de arte em Londres. A
abertura da galeria Guggenheim Jeune em Janeiro de 1938 marcou o início de uma
carreira que afetaria significativamente o curso da arte do pós-guerra. Seu
amigo Samuel Beckett pediu para ela dedicar-se à arte contemporânea que era
"um ser vivo", e Marcel Duchamp a apresentou a artistas e a instruiu
sobre arte contemporânea e artistas. A primeira exposição da galeria apresentou
obras de Jean Cocteau e a segunda de Vasily Kandinsky, sua primeira exposição
individual na Inglaterra. A galeria também expôs obras de Henry Moore,
Alexander Calder, Raymond Duchamp-Villon, Constantin Brâncuși, Jean Arp, Max
Ernst, Pablo Picasso, Georges Braque e Kurt Schwitters.
Vasily
Kandinsky - Landscape with Red Spots, No. 2 - 1913 – óleo sobre tela - 117.5 x 140 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Giorgio de
Chirico - The Red Tower – 1913 – óleo sobre tela - 73.5 x 100.5
cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Em 1939, cansada de sua galeria, Peggy decidiu abrir um
museu moderno, com seu amigo Herbert Read como seu diretor. Entre 1939 e 1940,
durante a Segunda Guerra Mundial, Peggy adquiriu obras para o futuro museu,
mantendo sua palavra de "comprar uma pintura por dia". Algumas das
obras-primas de sua coleção, como as de Pablo Picasso, Max Ernst, Francis
Picabia, Joan Miró, Georges Braque, Magritte, Man Ray, Salvador Dalí, Piet
Mondrian, Fernand Léger, Brancusi, Paul Klee e Marc Chagall foram compradas
naquele momento. Então decidiu voltar para sua terra natal, Nova York. Em Julho
de 1941, Peggy fugiu da França ocupada pelos nazistas junto com Max Ernst, que
viria a ser seu segundo marido (eles se divorciaram em 1943).
Peggy
Guggenheim e Max Ernst
Max Ernst -
The Kiss - 1927 – óleo sobre tela - 129 x 161.2 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Peggy imediatamente começou a procurar um local para seu
museu de arte moderna, enquanto continuava a adquirir obras para sua coleção.
Em Outubro de 1942 ela abriu o museu / galeria Art of This Century (Arte deste
Século). Projetada pelo arquiteto austríaco Frederick Kiesler, a galeria tinha salas
de exposições extraordinariamente inovadoras e logo se tornou o local mais
estimulante para a arte contemporânea em Nova York. Três das quatro galerias
eram dedicadas à arte cubista e abstrata, ao surrealismo e à arte cinética, com
apenas a quarta galeria, a sala da frente, sendo uma galeria comercial. Foi lá
que Peggy exibiu sua coleção de arte cubista, abstrata e surrealista. Ela
realizou exposições temporárias de grandes artistas europeus e de vários jovens
artistas americanos então desconhecidos, como Jackson Pollock, a
"estrela" da galeria, com sua primeira exposição no final de 1943. A partir
de Julho de 1943, Peggy sustentou Pollock com uma mesada e ela ativamente promoveu
e vendeu seus quadros. Peggy encorajou e apoiou a nascente avant-garde de Nova
York.
Peggy Guggenheim e Jackson Pollock
Jackson Pollock - Alchemy – 1947 – óleo, alumínio, esmalte e
barbante sobre tela - 114.6 x 221.3 cm - The
Solomon R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Em 1947 Peggy decidiu voltar para a Europa, onde sua coleção
foi mostrada pela primeira vez na Bienal de Veneza de 1948, dando a artistas
como Arshile Gorky, Jackson Pollock e Mark Rothko, a sua primeira exposição
européia. Em 1948 Peggy comprou o Palazzo Venier dei Leoni sobre o Grande Canal
de Veneza, onde passou a residir. Em 1949, ela realizou uma exposição de esculturas
no jardim, e em 1951, abriu sua coleção para o público. Durante seus 30 anos em
Veneza, Peggy Guggenheim continuou a colecionar obras de arte e a apoiar artistas
americanos e europeus. Em 1962 Peggy Guggenheim recebeu o título de Cidadã
Honorária de Veneza.
Alberto Giacometti - Woman Walking – 1932
– gesso e fio de ferro – 150 cm de altura incluindo a base - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Georges Braque - The Bowl of Grapes – 1926 – óleo com cascalho e areia sobre tela de linho – 100 x 80,8 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Giacomo Balla - Abstract Speed + Sound - 1913–14 – óleo sobre cartão sem verniz em moldura pintada pelo
artista - 54.5 x 76.5 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Em 1969, o Museu Solomon R. Guggenheim, de Nova York
convidou Peggy Guggenheim para mostrar sua coleção lá, e foi nessa ocasião que
ela resolveu doar seu palácio e suas obras de arte para a Fundação Solomon R.
Guggenheim. Peggy faleceu aos 81anos, em 23 de Dezembro de 1979. Suas cinzas
foram colocadas em um canto do jardim do Palazzo Venier dei Leoni, ao lado do
lugar onde ela enterrou seus 12 amados cães. Desde então o Peggy Guggenheim
Collection cresceu e se tornou um dos melhores museus de arte moderna do mundo e
é uma das atrações mais visitadas de Veneza, com mais de 300 obras de mais de
100 dos artistas mais influentes do século 20.
Jean
Metzinger - At the Cycle-Race Track – 1912 – óleo e colagem
sobre tela - 130.4 x 97.1 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Joan Miró - Dutch Interior II - 1928 –
óleo sobre tela – 92 x 73 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Pablo Picasso - On the Beach - 1937 – óleo, pastel e giz sobre tela - 129.1 x
194 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Henry Moore
- Three Standing Figures - 1953 – bronze e patina – 71,7 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Paul
Delvaux - The Break of Day - July 1937 – óleo sobre tela – 120 x
150,5 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
René
Magritte - Empire of Light - 1953–54 – óleo sobre tela -
195.4 x 131.2 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Lucio Fontana - Concetto Spaziale - 1951 – óleo sobre tela -
85.1 x 66 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Willem de
Kooning - Nude Figure–Woman on the Beach – 1963 – óleo sobre papel colado em
tela - 81.3 x 67.3 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Mark Rothko - Red - 1968 – óleo sobre papel sobre tela - 83.8
x 65.4 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
Andy Warhol
- Flowers - 1964 – óleo sobre tela – 61 x 61 cm - The Solomon
R. Guggenheim Foundation Peggy Guggenheim Collection, Venice, 1976
"Eu me dediquei à minha coleção. Eu fiz dela o trabalho da
minha vida. Eu não sou uma colecionadora de arte. Eu sou um museu." – Peggy Guggenheim
Assista o video abaixo, clicando sobre ele e faça uma visita
virtual ao museu:
Gustav Klimt - Schubert ao Piano (Schubert am Klavier) –
1899 – óleo sobre tela – 150 x 200 cm - Destruída por um incêndio provocado por
forças alemãs em retirada em 1945 em Schloss Immendorf, Áustria
A história de “Schubert ao Piano” de Gustav Klimt
Em 1898, o industrial grego Nikolaus Dumba encomendou a Hans
Makart, Franz Matsch e Gustav Klimt a decoração de três cômodos em seu
apartamento de luxo, com pinturas e também móveis. Isto era bem diferente de
qualquer coisa que Klimt tinha feito antes: produzir duas pinturas para os
painéis acima das portas para um cliente particular, em uma escala doméstica. A
Klimt foi dada a sala de música. Enquanto uma das telas, "Música II", é uma obra
alegórica remontando a pinturas anteriores, a outra, "Schubert ao Piano", é
altamente inovadora. Provavelmente Dumba solicitou que Schubert fosse o tema da
pintura, pois ele era certamente popular na época e também era o compositor favorito
de Klimt. O que é particularmente notável sobre esse retrato é como Klimt abandonou
completamente a ideia de uma representação histórica exata, mostrando os
personagens em trajes contemporâneos. A iluminação sutil emitida pela vela
tende a dissolver os elementos na imagem. Não é possível determinar o espaço em
que os personagens são mostrados e apenas o perfil de Schubert se destaca,
nitidamente focado.
Gustav
Klimt – Music II – 1898 – óleo sobre tela – 150 x 200 cm - Destruída por um
incêndio provocado por forças alemãs em retirada em 1945 em Schloss Immendorf,
Áustria
Na pintura de Schubert, a jovem ruiva é Mizzi Zimmerman, que estava esperando um filho do pintor. O vestido de seda que
ela está usando foi emprestado por Serena Lederer, uma vienense rica , mecenas
das artes e colecionadora de 14 obras de Klimt, incluindo um retrato da amante
de Egon Schiele, Valerie Neuzil.
Mizzi tambem posou nua para outra obra de Klimt, The Naked
Truth (Nuda Veritas), mas Klimt (que havia engravidado outra moça ao mesmo
tempo) não queria se casar com ela, alegando que recebera uma importante
encomenda: pintar Medicina, Filosofia e Jurisprudência no teto da Universidade
de Viena.
Gustav
Klimt - The Naked Truth (Nuda Veritas) - 1899 – óleo sobre tela - 252 x 56,2 cm
- Austrian Theater Museum , Vienna
O texto do poeta alemão Schiller na parte superior da
pintura diz: "Se você não pode agradar a todos com suas ações e sua arte,
você deve satisfazer alguns. Agradar a muitos é perigoso". O tom um pouco
agressivo desta inscrição, combinado com o espelho que a figura feminina
estende para o espectador, nos convidando a examinar a nós mesmos, talvez possa
estar relacionado com a rebeldia do movimento Secessão.
A pintura "Schubert ao Piano" não pode ser mais
vista: Essa e outras telas da coleção de Serena Lederer foram destruídas pelos
nazistas em 1945. Serena Lederer levou a coleção de 14 pinturas de Klimt para
o museu de Schloss Immendorf, para ficarem mais seguras. mas os nazistas em
retirada (1945) atearam fogo no museu. Muitas obras de Klimt foram destruídas,
incluindo: Golden Apple Tree, Philosophy and Jurisprudence (que Lederer comprou
quando a Universidade de Viena rejeitou a obra), Girl Friends e Music II. O
número exato de pinturas queimadas em Schloss Immendorf é desconhecida.
Veja mais pinturas de Serena Lederer e leia a história dela
no artigo desse Blog: "Grandes marchands e mecenas da arte: Serena Lederer
(Gustav Klimt)" – clicando no link abaixo:
Franz Peter Schubert ( 31 de Janeiro de 1797, 19 de Novembro de 1828) foi um
compositor austríaco. Embora falecido aos 31 anos, Schubert foi um compositor
prolífico, tendo escrito cerca de 600 Lieder (canções executadas por piano e
cantor), nove sinfonias (incluindo a famosa "Symphony No. 8 (Unfinished
Symphony)”, música litúrgica, óperas, músicas incidentais e um grande corpo de
música de câmara e música solo de piano. A apreciação da música de Schubert
durante sua vida foi limitada, mas o interesse por seu trabalho aumentou
significativamente nas décadas após a sua morte. Franz Liszt, Robert Schumann,
Johannes Brahms e Felix Mendelssohn, entre outros, descobriram e divulgaram
suas obras no século 19. Hoje, Schubert é visto como um dos principais
expoentes do início da música romântica (era romântica)e continua sendo um dos compositores
mais executados.
Gustav Klimt (Baumgarten, Viena, 14 de julho de 1862 —
Viena, 6 de fevereiro de 1918) foi um pintor simbolista austríaco. Associado ao
simbolismo, destacou-se dentro do movimento Art Nouveau austríaco e foi um dos
fundadores do movimento da Secessão de Viena, que recusava a tradição acadêmica
nas artes, e do seu jornal, Ver Sacrum. Klimt foi também membro honorário das
universidades de Munique e Viena. Os seus maiores trabalhos incluem pinturas,
murais, esboços e outros objetos de arte, muitos dos quais estão em exposição
na Galeria da Secessão de Viena.
Antonio
Parreiras – A Tarde – 1887 – óleo sobre tela – 200 x 130 cm - Museu Antonio Parreiras, Niteroi, Brasil
Antonio Parreiras, sua arte e sua história –
com vídeos
Antonio
Parreiras
Antonio Parreiras – Panorama de Niterói – 1892 – óleo sobre
tela - 243.5 x 338.3 cm
Antonio Diogo da Silva Parreiras (Niterói, RJ, 1860-1937) é um
dos principais paisagistas brasileiros do período entre o final do século 19 e
as primeiras décadas do século 20. Em seus 78 anos de vida, teve uma produção grande e
importante. Vivenciou momentos importantes da história do Brasil: a monarquia,
a república e o início do Estado Novo , e retratou esse período.
Antonio Parreiras – Escola ao Ar Livre – c. 1892 – óleo
sobre tela - 100 x 148.5 cm
Em 1883 iniciou seus estudos na Academia
Imperial de Belas Artes, onde frequentou as aulas do professor de paisagem
Georg Grimm. Após dois anos, junto a França Júnior, Castagneto, Hipólito Caron
e Domingos Garcia y Vasquez, abandonou a Academia quando esta proíbiu que o
mestre desse aulas de pintura ao ar livre. Ainda sob a orientação de Grimm, o
grupo pintou paisagens da praia da Boa Viagem, em Niterói. Em janeiro de 1885,
em seu ateliê naquela cidade, Parreiras realizou a primeira exposição de sua
produção. Esses quadros e mais alguns foram expostos no mesmo ano no Rio de Janeiro.
Assim, iniciou uma carreira permeada de exposições individuais, não só no Rio
de Janeiro, mas, posteriormente, em diversos Estados do Brasil, como São Paulo,
Pará, Amazonas e Rio Grande do Sul. Realizou uma série de excursões e viagens
de estudo por diversas partes do País.
Antonio Parreiras – Vencido – 1905 – óleo sobre tela – 60 x
83 cm - Museu Antônio Parreirasem Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.
Antonio Parreiras – Ventania – 1888 – óleo sobre tela – 150
x 100 cm – Pinacoteca do Estado de São Paulo
A imprensa do período observou a falta de prática do artista
no desenho de figura e, em diversas ocasiões, incitou o jovem a ir aperfeiçoar-se
na Europa. Parreiras executou então a pintura “A Tarde”, para submissão à
compra pelo Governo Imperial. Com o dinheiro da venda, viajou pela primeira vez
à Europa, desembarcando em Gênova, de onde seguiu para Roma. Por fim, se estabeleceu
em Veneza. Tornou-se aluno livre da Academia de Belas Artes local, onde estudou
com Filippo Carcano.
Antonio Parreiras – Fantasia – 1909 – óleo sobre tela – 89 x
146 cm - Pinacoteca do Estado de São Paulo
Em 1890 retornou ao Brasil e inscreveu trabalhos na
Exposição Geral de Belas Artes daquele ano, a primeira organizada no período
republicano, obtendo Pequena Medalha de Ouro. Pela primeira vez, fez uma
pintura histórica, sob encomenda. Embrenhou-se nas florestas tropicais,
reproduzindo nas telas o clima e o mistério que existem na flora e na fauna
locais, com verdes intensos e cores fortes. Marinhas e cenas campestres
completam a sua produção artística, que o coloca entre os principais
paisagistas do Brasil.
Antonio Parreiras – O Caçador de Esmeraldas – 1910 – óleo
sobre tela - 97.5 x 195 cm
Entre o fim do Século XIX e o início do Século XX, Parreiras
tornou-se um artista consagrado. Ele ampliou o leque de temas e deixou de
dedicar-se exclusivamente às paisagens. A partir de 1899, recebeu encomendas de
execução de painéis em alguns palácios e prédios públicos. Incentivado por
Victor Meirelles (1832 - 1903), executou pinturas de cenas históricas para o
poder público. Entre elas se destacam “Proclamação da República”, “Morte de Estácio
de Sá” e “Prisão de Tiradentes”, trabalhos que aumentaram sua notoriedade no Brasil.
O sucesso lhe proporcionou uma vida mais confortável. A partir de 1906,
Parreiras viveu entre Paris e Niterói. Manteve ateliê na França, onde trabalhou
e expôs com regularidade.
Antonio Parreiras – Fim de Romance – 1912 – óleo sobre tela
– 97 x 185 cm - Pinacoteca do Estado de São Paulo
Antonio Parreiras – Nonchalance – 1914 – óleo sobre tela –
100 x 200 cm
Retornou ao Brasil em 1907, e em 1908 seguiu para Belém, de
onde se transferiu novamente para Paris, levando consigo o filho Dakir, para
iniciá-lo na pintura. Em 1909, mostrou seu trabalho, o nu feminino “Fantasia”,
no Salon de la Societé National des Beaux Arts. A repercussão foi muito
positiva, e esse gênero de pintura se tornou um dos principais filões de sua
produção. Em 1910 inscreveu no Salon a pintura “Frinéia”, aceita por
unanimidade pelo júri. Passa então a ser conhecido na Europa como pintor de
nus. Apresenta posteriormente “Dolorida” em 1910, “Flor Brasileira” em 1913,
“Nonchalance” em 1914 e “Modelo em Repouso” em 1920. Parreiras foi eleito,
pelos leitores da Revista Fon Fon, o maior pintor brasileiro vivo em 1925.
Antonio
Parreiras – Frinéia – 1909 - óleo sobre tela - 89,5 x 145,5 cm
Foram poucas as paisagens realizadas na década de 1920.
Contudo, prosseguiu na realização de pinturas históricas. Depois, pelas
dificuldades em obter novas encomendas de pinturas históricas, Parreiras voltou-se
novamente para a pintura de paisagens. Adoeceu progressivamente a partir de
1932, e, ao falecer, deixou prontos os originais da segunda parte de seu livro
de memórias, “História de um Pintor”, contada por ele mesmo, cuja primeira
edição data de 1926. Segundo ele próprio, realizou ao longo de aproximadamente
55 anos, mais de 850 pinturas, das quais 720 em solo brasileiro, tendo feito 39
exposições no Rio de Janeiro e em vários outros estados do Brasil.
Antonio Parreiras – Fundação da Cidade de São Paulo – 1913 –
óleo sobre tela – 200 x 300 cm
Antonio
Parreiras – Pintando do Natural – 1937 – óleo sobre tela - 77,5 x 96 cm – Museu
Antonio Parreiras, Niteroi, RJ
Assista o vídeo abaixo e faça uma visita guiada virtual ao
Museu Antonio Parreiras, em Niteroi, Rio de Janeiro: