sexta-feira, 31 de julho de 2015
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Ateliês de Artistas em pinturas
Frederic
Bazille - The Artist's Studio, Rue de la Condamine – 1870 – óleo sobre tela -
Musée d'Orsay, Paris, France
Ateliês de
Artistas em pinturas
A cena acima retrata o estúdio na Rue de la Condamine que Bazille
compartilhou com Renoir de 01 de janeiro de 1868 a 15 de maio de 1870. Bazille
está no centro, com uma paleta na mão. Manet, usando um chapéu, está olhando
para a tela colocada no cavalete. À direita, Edmond Maître, um amigo de
Bazille, está sentado ao piano. Acima dele, uma natureza morta de Monet é um
lembrete de que Bazille o ajudou financeiramente através da compra de seu
trabalho. Os três personagens à esquerda são mais difíceis de identificar -
possivelmente Monet, Renoir ou Zacharie Astruc. Cercando Manet e seus
admiradores com algumas de suas pinturas que foram recusadas pelo Salon, como
The Toilette (Montpellier, Musée Fabre) acima do sofá, e Pescador com uma Rede
(Zürich, Fondation Rau) mais acima, à esquerda, e ainda Paisagem com duas Pessoas
de Renoir, recusada no Salon de 1866 (a grande tela emoldurada à direita da
janela), Bazille está expressando sua crítica à Academia, e afirmando a sua
própria visão da arte. Sua morte em combate alguns meses mais tarde, durante a
guerra Franco-Prussiana, fez este trabalho ser um testemunho comovente.
Henri
Matisse - The Pink Studio – 1911 – óleo sobre tela - 181 x 221 cm - Pushkin
Museum of Fine Art, Moscow, Russia
Eugene
Delacroix - Michelangelo in his Studio – 1849-1850 – óleo sobre tela – 40 x 32
cm - Musée Fabre, Montpellier, France
William
Merritt Chase - The Inner Studio, Tenth Street – 1882 – óleo sobre tela – 112.4
x 82.2 cm - Huntington Library and Art Gallery, San Marino, CA, USA
August
Macke - Franz Marc and Maria in the studio – 1912
Francisco
Goya - Self-portrait in the Studio - c.1790-c.1795 – óleo sobre tela - 42 x 28
cm - Real Academia de Bellas Artes de San Fernando, Madrid, Spain
Rembrandt -
Artist in his Studio – 1626 – óleo sobre madeira - 31.7 x 24.8 cm
Carl Larsson - My Acid Workshop (Where I do my Etching) – (Minha
oficina de ácidos, onde faço minhas gravuras) – 1910 – aquarela sobre papel
Camille
Corot - Corot Painting in the Studio of his Friend, Painter Constant Dutilleux –
1871 – óleo sobre madeira - 32 x 24.5 cm - Musée d'Orsay, Paris, France
Jose Ferraz de Almeida Junior – O Importuno – 1898 - óleo
sobre tela - 145 x 97 cm – Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil
John Singer
Sargent - An Artist in his Studio – 1904 – óleo sobre tela - 56.2 x 72.07 cm - Museum
of Fine Arts, Boston, MA, USA
Raoul Dufy -
The Artist and His Model in the Studio at Le Havre
Felix Vallotton - Felix Jasinski in His Printmaking Studio –
(Felix Jasinski em sua oficina de impressão de gravuras) – 1887 – óleo sobre
tela
Giorgio de
Chirico - Self Portrait in the Studio – 1935 – óleo sobre tela
Carl
Larsson - Self Portrait in the Studio – 1912 – aquarela sobre papel
Jose Ferraz de Almeida Junior – O Descanso da Modelo – 1882 –
óleo sobre tela – 100 x 130 cm - Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
- Brasil
Pablo
Picasso - Studio of 'La Californie" in Cannes – 1956 – óleo sobre tela - Musée
Picasso, Paris, France
Johannes
Vermeer - The Art of Painting - c.1666-c.1668 – óleo sobre tela - 120 x 100 cm
- Kunsthistorisches Museum, Vienna, Austria
Henri
Fantin-Latour - A Studio in the Batignolles (Homage to Manet) – 1870 – óleo
sobre tela - 204 x 273.5 cm - Musée d'Orsay, Paris, France
Les Batignolles era o distrito onde Manet e muitos dos
futuros impressionistas moravam. Fantin-Latour, um quieto observador desse
período, reuniu em torno de Manet, apresentado como o líder da escola, uma
série de jovens artistas com ideias inovadoras: da esquerda para a direita,
estão Otto Schölderer, um pintor alemão que veio para a França para conhecer os
seguidores de Courbet. Manet, sentado diante de seu cavalete. Auguste Renoir,
vestindo um chapéu. Zacharie Astruc, um escultor e jornalista. Emile Zola, o
porta-voz do novo estilo de pintura. Edmond Maître, um funcionário público da
Câmara Municipal. Frédéric Bazille, e por último, Claude Monet. Neste retrato
de grupo exibido no Salão de 1870, cada homem parece estar posando para a
posteridade.
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segunda-feira, 27 de julho de 2015
Análise de "Sunlights in Cafeteria" de Edward Hopper
Edward
Hopper - Sunlights in Cafeteria – 1958 – óleo sobre tela – 102.1 x 152.7 cm –
Yale University Art Gallery
Análise de "Sunlights
in Cafeteria" de Edward Hopper
Em certo sentido, “Sunlight in a Cafeteria” (Luz do Sol no
Restaurante) representa uma inversão da situação na pintura “Nighthawks”
(Notívagos). Em vez de uma lanchonete com balconista vemos um restaurante com
ninguém para atender os clientes. Em vez de uma cena noturna com luz
fluorescente, vemos a luz do dia. Em vez de olhar para um interior a partir do
lado do fora, estamos olhando de dentro para fora. Em vez de uma esquina aparentemente
movimentada de cidade grande, nós estamos em uma rua tranquila. Mas a diferença
mais importante está no fato de apesar dos personagens terem vindo para jantar
ao mesmo tempo, os dois não se conhecem. Assim como em Nighthawks, Hopper
mantém o espectador à distância, criando ansiedade.
Edward
Hopper – Nighthawks – 1942 – óleo sobre tela - 84 cm x 1.52 m - Art Institute
of Chicago
Esse blog possui um artigo sobre a pintura Nighthawks de Edward Hopper. Clique sobre o link abaixo para ver:
http://www.arteeblog.com/2018/01/analise-da-pintura-de-edward-hopper.html
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Hopper foi um mestre da sutileza. Nessa cena, um homem e uma
mulher estão sentados em mesas separadas em um restaurante ensolarado. Eles são
os únicos clientes. O que interessa ao artista é o momento de suspense antes de
uma primeira tentativa de contato ser feita, o campo de força mental e
emocional que pode surgir entre dois estranhos.
Ela senta-se em plena luz solar, ele em semi-sombra. Ele se
vira em direção a ela, mas esconde o seu interesse, olhando para fora da
janela. Ela é incapaz de mostrar o seu interesse ao ponto de nem mesmo tentar
encontrar seu olhar como que por acidente. Ela poderia virar discretamente em
direção a ele, mas hesita e olha para suas mãos. Isso não vai funcionar. A dura
linha de sombra entre homem e mulher não será superada, a menos que um deles
tome a iniciativa.
Apesar das cidades serem lotadas de pessoas, algumas se
sentem isoladas. Hopper descreve esse sentimento de isolamento de figuras
solitárias, em cidades aparentemente vazias de pessoas. Hopper não está
pintando um mundo sem pessoas, ele está pintando pessoas sem companhia. Assim,
a mulher solitária, ignorando o homem apontando para ela, é uma representação
desse sentimento de isolamento, em uma cidade lotada de pessoas.
Edward Hopper (Nyack, 22 de julho de 1882 — 15 de maio de
1967) foi um pintor, artista gráfico e ilustrador norte-americano conhecido por
suas misteriosas pinturas de representações realistas da solidão na
contemporaneidade. Em cenários urbanos e rurais, as suas representações refletem
a sua visão pessoal da vida moderna americana.
Esse blog possui mais artigos sobre Edward Hopper. Clique sobre os links abaixo para ver:
http://www.arteeblog.com/2018/07/edwardhopper-august-in-city-1945-oleo.html
http://www.arteeblog.com/2018/01/analise-da-pintura-de-edward-hopper.html
http://www.arteeblog.com/2017/03/analise-da-pintura-chop-suey-de-edward.html
http://www.arteeblog.com/2016/07/analise-de-hotel-lobby-de-edward-hopper.html
http://www.arteeblog.com/2016/01/analise-da-obra-de-edward-hopper-two-on.html
http://www.arteeblog.com/2014/09/historia-da-obra-de-arte-jo-in-wyoming.html
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sexta-feira, 24 de julho de 2015
Frank Sinatra & Antonio Carlos Jobim - Change Partners
Frank Sinatra & Antonio Carlos Jobim - Change Partners
Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim é um álbum
de estúdio do cantor norte-americano Frank Sinatra em parceria com o cantor e
compositor brasileiro Antônio Carlos Jobim, lançado em 1967. O álbum reúne
canções conhecidas da Bossa nova, além de três canções do "Great American
Songbook" também com o arranjo da Bossa nova. Conta ainda com a
participação e condução de Claus Ogerman e sua orquestra.
Seguindo o sucesso comercial deste álbum, uma sequência
intitulada Sinatra-Jobim chegou a ser lançada em 1970, porém foi retirada de
mercado pouco tempo depois e teve suas canções reincorporadas em Sinatra &
Company, de 1971. Em 1979, uma subsequência do projeto foi lançada, intitulada
Sinatra-Jobim Sessions. Em 1968, Sinatra e Jobim foram indicados ao Grammy de
Álbum do Ano, porém perderam para o também muito bem-sucedido Sgt. Pepper's
Lonely Hearts Club Band dos Beatles.
Texto: Wiki
quinta-feira, 23 de julho de 2015
A história de The Magic Lantern de Charles Van Loo
Charles
Amédée Philippe Van Loo - The Magic Lantern – 1764 – óleo sobre tela - 88.6 x
88.5 cm – National Gallery of Art, Washington, DC
A história de The Magic Lantern de Charles Van Loo
Numa pintura adorável de uma câmara obscura entrando no
quadro, a família do artista nele retratada, é ofuscada pelo instrumento. Um
fascinante estudo de perspectiva e dimensão, a pintura chamada "A Lanterna
Mágica” foi mal nomeada. Ela mostra um garoto olhando para a lente enquanto
abraça a câmera, e uma menina no primeiro plano, com a mão na moldura e com os
dedos para fora do que seria o limite natural de um quadro, num efeito trompe
l´oeil. Na pintura, as crianças se mostram embevecidas pela “novidade” e a mãe (ou irmã mais velha) delas nos encara com ar de cumplicidade.
A câmera claramente não é uma lanterna mágica, mas aparece,
pelo lado esquerdo, entrando na vista. Esta terceira dimensão adicional nos
lembra o ambiente natural que a câmara obscura fornecia aos artistas. Não está
claro porque Van Loo nomeou a pintura assim. É evidente que o instrumento é uma
câmera, não tendo características de uma lanterna. O retrato da família de Van
Loo representa o trabalho final de uma câmera obscura. Fica óbvio que Van Loo nunca
usou a câmera em sua arte.
Câmera obscura (ou escura) é um tipo de aparelho óptico baseado no
princípio de mesmo nome, o qual esteve na base da invenção da fotografia no
início do século XIX. Ela consiste numa caixa (ou também sala) com um buraco no
canto, a luz de um lugar externo passa pelo buraco e atinge uma superfície
interna, onde é reproduzida a imagem invertida. É possível que se originou a
partir do século V A.C. na China, e teve princípios também vistos por
Aristóteles na Grécia no século 4 A.C. A primeira câmera escura foi construída
em meados do século VI, em experimentos de Antêmio de Tales. No século XI,
durante a Dinastia Song, foi usado para aplicar atributos geométricos e
quantitativos. Por volta do século XVIII, os desenvolvimentos seguintes por
Robert Boyle e o criador do microscópio Robert Hooke, mais facilmente modelos
portáteis se tornaram disponíveis, estes foram amplamente utilizados por
artistas amadores e também por profissionais, como, por exemplo, o famoso
pintor holandês Johannes Vermeer.
Charles-Amédée-Philippe van Loo (25 de agosto de 1719 - 15 de novembro de 1795) foi um pintor francês de cenas alegóricas e retratos. Estudou com o pai, o pintor Jean-Baptiste van Loo, em Turim e Roma, onde em 1738 ganhou o Prix de Rome, depois em Aix-en-Provence, antes de regressar a Paris em 1745. Foi convidado a juntar-se ao Académie Royale de Peinture et de Sculpture em 1747, e naquele ano ele se casou com sua prima Marie-Marguerite Lebrun, filha do pintor Michel Lebrun (falecido em 1753). Ele foi o autor do único retrato conhecido da vida real do Marquês de Sade. Entre seus irmãos estavam os pintores François van Loo (1708-1732) e Louis-Michel van Loo (1707-1771).
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segunda-feira, 20 de julho de 2015
A história de ”La Femme a la Perle” de Jean-Baptiste Camille Corot
La Femme a la Perle - Jean-Baptiste Camille Corot – c.
1868-70 – óleo sobre tela – 70 x 55 cm – Musée du Louvre, Paris
A história de ”La Femme a la Perle” (A Mulher com a Pérola) de
Jean-Baptiste Camille Corot
Essa pintura foi uma das obras mais importantes do pintor e
gravurista francês Jean-Baptiste Camille Corot. Como o principal pintor da
escola de Barbizon na França, em meados do século XIX, Corot testemunhou a
vicissitude do classicismo, romantismo, realismo e a ascensão do impressionismo.
Mulher com uma Pérola é uma das figuras humanas que Corot pintou na terceira parte de sua carreira. Os personagens em
seus retratos são serenos e luminosos. Muito se tem especulado sobre a fonte de
inspiração para a Mulher com uma Pérola e é possível que ela tenha sido
inspirada pela obra de Leonardo Di Vinci (1452-1519), a Mona Lisa, pelo
posicionamento das mãos, a expressão facial, o posicionamento da modelo, Berthe
Goldschmidt, posando em um vestido italiano que Corot trouxe de uma de suas
viagens. É quase um pastiche da Mona Lisa. Algumas pessoas ficam confusas com o título que
indica que a mulher na pintura está portando uma pérola, quando na verdade é
uma pequena folha pendurada em sua testa. Embora a pérola seja apenas uma
espécie de ilusão, é um reflexo do julgamento da veracidade pelo pintor
Leonardo da Vinci - Mona Lisa – 1503-17 – óleo sobre madeira
– 77 x 53 cm - Musée du Louvre, Paris
O título, que permanece sem explicação, parece ecoar o de
outro retrato de uma jovem mulher por Johannes Vermeer (1632-1675), Garota
com Brinco de Pérola. A
pérola, facilmente reconhecível na pintura de Vermeer, na pintura de Corot toma a forma de um
ornamento (uma pequena folha) de cor escura, parte de um véu transparente que
cobre a parte superior da testa da jovem.
Johannes
Vermeer – Girl with a Pearl Earring – c. 1665 – óleo sobre tela – 44,5 x 39 cm
- Mauritshuis, The Hague, Netherlands
Sobre a liberdade técnica do artista e a cor clara, o poeta
e crítico de arte Charles Baudelaire (1821-1867) descreveu o trabalho como um
"milagre do coração e da mente".
Jean-Baptiste-Camille Corot (1796 - 1875) foi um pintor
francês de paisagens e de retratos, assim como um gravurista. Ele é uma figura
fundamental na história da pintura de paisagem e sua vasta produção faz
referência tanto à tradição Neo-Clássica, como antecipa as inovações do plein-ar
do impressionismo. Em 1825-1828, Corot viajou para a Itália (o que era
considerado essencial para a formação de um artista da paisagem). Em 1827, ele
enviou suas primeiras pinturas ao Salão de Paris. Corot viajou extensivamente
pela Europa ao longo de sua vida, e durante essas viagens ele pintou ao ar
livre, preenchendo inúmeros cadernos com desenhos. Durante os meses de inverno,
ele trabalhava em estúdio, em ambiciosas paisagens e temas mitológicos e
religiosos destinadas para o Salão de Paris. Sua reputação foi estabelecida na
década de 1850, que também foi o período em que seu estilo tornou-se mais suave
e suas cores mais restritas. Sua influência na posterior pintura de paisagem do
século 19, incluindo os Impressionistas, foi imensa, particularmente em sua
interpretação de luz sobre a paisagem.
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sexta-feira, 17 de julho de 2015
terça-feira, 14 de julho de 2015
A fase dourada de Gustav Klimt
Gustav
Klimt - Portrait of Adele Bloch-Bauer I – 1907 – óleo, prata e ouro sobre tela
– 138 x 138 cm – Neue Galerie, New York
A fase dourada de Gustav Klimt
O Retrato de Adele Bloch-Bauer I é o primeiro de dois
retratos de Bloch-Bauer pintados por Klimt e tem sido referido como o trabalho
final e mais plenamente representativo de sua fase dourada. Adele Bloch-Bauer
(1881-1925) era uma requintada senhora dos salões vienenses, amante das artes,
uma cliente e amiga próxima de Gustav Klimt. Klimt levou três anos para concluir
a pintura. Desenhos preliminares para ela datam a partir de 1903/4. O quadro
foi pintado em Viena e encomendado pelo marido de Adele, Ferdinand Bloch-Bauer.
Como um rico industrial que fez fortuna na indústria do açúcar, ele patrocinou
as artes e favoreceu e apoiou Gustav Klimt. Adele Bloch-Bauer tornou-se a única
modelo que foi pintada duas vezes por Klimt, quando ele completou um segundo
retrato dela, Retrato de Adele Bloch-Bauer II, em 1912.
Adele indicou no seu testamento que os quadros de Klimt
deveriam ser doados à Austrian State Gallery. Em 1925 Adele faleceu de
meningite, e quando os nazistas ocuparam a Áustria, o seu viuvo exiliou-se na
Suíça. Todas as suas propriedades foram confiscadas, incluída a coleçao Klimt.
No seu testamento de 1945, Bauer-Bloch designou os seus sobrinhos e sobrinhas,
incluindo Maria Altmann, como herdeiros do seu patrimônio. Depois de uma batalha
legal nos Estados Unidos e na Áustria, determinou-se em 2006 que Maria Altmann
era a proprietária legal desta e de outras quatro pinturas de Klimt. Em junho
de 2006 o trabalho foi vendido por US $ 135 milhões a Ronald Lauder da Neue
Galerie, em Nova York, na época um preço recorde para uma pintura. A pintura
está exposta na Neue Galerie desde julho de 2006. Lauder tentou por muitos anos
recuperar a arte que tinha sido propriedade da comunidade judaica, a maioria da
Alemanha e Áustria, e que fora confiscada ou roubada pelo governo nazista e trabalhou
para esta meta enquanto foi embaixador dos Estados Unidos na Áustria, membro da
"World Jewish Restitution Organization", e da comissão designada por
Bill Clinton para examinar casos de roubo nazista. É significativo o comentário
de Lauder ao recuperar o Retrato de Adele Bloch-Bauer I: "Esta é a nossa
Mona Lisa”.
Gustav Klimt (Baumgarten, Viena, 14 de julho de 1862 —
Viena, 6 de fevereiro de 1918) ) foi um dos grandes pintores decorativos que
trabalharam nos monumentos majestosos da Ringstrasse na Viena imperial no final
do século 19. No alvorecer do novo século, ele liderou a Secessão Vienense.
Ouro e os motivos decorativos que são característicos das obras de Klimt, são
um símbolo dessa revolução artística. Em 1876 estudou desenho ornamental na
Escola de Artes Decorativas. Associado ao simbolismo, destacou-se dentro do
movimento Art Nouveau austríaco e foi um dos fundadores do movimento da
Secessão de Viena (que recusava a tradição acadêmica nas artes) e do seu
jornal, Ver Sacrum. Klimt foi também membro honorário das universidades de
Munique e Viena. Os seus maiores trabalhos incluem pinturas, murais, desenhos e
outros objetos de arte, muitos deles em exposição na Galeria da Secessão de
Viena.
Gustav Klimt - Pallas Athene – 1898 – óleo sobre tela – 75 x
75 cm - Historisches Museum der Stadt Wien
Pallas Athene, é uma interpretação final do século XIX da
deusa grega da guerra e da sabedoria. Athene, ou Athena , olha para o
espectador com penetrantes olhos cinzentos. A deusa usa a égide, que é aqui
retratada como um peitoral composto por escamas douradas cintilantes. As borlas
descritas na Ilíada de Homero foram transformadas por Klimt em espirais
decorativas de ouro. No centro da égide vemos o rosto de um Gorgon, olhando
malignamente. Além da égide, Athena também usa um elmo e segura uma lança. Esta
lança dourada torna-se um ponto focal vertical, enquadrando o lado direito da
pintura. Athena segura uma figura feminina diminuta em sua outra mão. Esta
figura representa Nike, a deusa da vitória. Vale a pena notar que esta imagem
de Nike se equipara estilisticamente com outra obra de Klimt, chamada
"Nuda Veritas".
Filho de um ourives, Klimt incorporou a folha de ouro para
realçar a beleza de seus temas e para aumentar a sensação de magia e de
preciosidade. Desse modo, ele consegue investir seus trabalhos com um sentido
de intemporalidade, onde a ausência de perspectiva e a supressão de sombra
contêm ecos de ícones religiosos. Ele adornou as paredes do Palais Stoclet com
uma magnífica árvore da vida rodopiante,
com galhos de ouro entrelaçados. Durante a sua Idade de Ouro, Klimt completou várias
obras-primas, incluindo O Beijo, Danaë e o Retrato de Adele Bloch-Bauer I.
Gustav
Klimt – Judith – 1901 – óleo sobre tela - 84 x 42 cm - Österreichische Galerie
Belvedere, Vienna
Judit I (e a cabeça de Holofernes) é uma pintura que mostra
a personagem bíblica de Judite segurando a cabeça decepada de Holofernes.
A Fase de Ouro de Klimt foi marcada por reação crítica
positiva e sucesso financeiro. Muitas de suas pinturas deste período incluem
folhas de ouro coladas sobre as telas. Klimt tinha usado anteriormente o ouro
em sua Pallas Athene (1898) e Judith I (1901). Klimt viajou pouco, mas viagens
a Veneza e Ravena, ambas famosas por seus belos mosaicos, muito provavelmente inspiraram
a sua técnica e seu imaginário de ouro bizantino.
Danae – Gustav Klimt – 1907 – óleo sobre tela – 77 x 83 cm –
coleção particular
Danaë era um tema popular no início de 1900 para muitos
artistas. Ela foi usada como o símbolo por excelência do amor divino, e transcendência.
Enquanto estava presa por seu pai, o rei de Argos, em uma torre de bronze,
Danaë foi visitada por Zeus. Algum tempo depois de sua visita celestial ela deu
à luz um filho, Perseus, que é citado mais tarde na mitologia grega por matar a
Górgona Medusa e resgatar Andromeda.
The Kiss -
Gustav Klimt - 1907-1908 – óleo sobre tela - 180 × 180 cm - The Österreichische
Galerie Belvedere, Vienna, Austria
“O Beijo” (Lovers) foi pintado em uma tela que forma um
quadrado perfeito, retratando um casal se abraçando, seus corpos entrelaçados
em vestes elaboradas decoradas num estilo influenciado por ambas as construções
lineares do estilo Artes e Ofícios e as formas orgânicas do movimento Art
Nouveau. A obra foi elaborada com tinta a óleo e camadas aplicadas de folha de
ouro, um aspecto que lhe confere a sua aparência impressionante e moderna. A
pintura está agora no museu Österreichische Galerie Belvedere no palácio
Belvedere, em Viena, e é amplamente considerada uma obra-prima do início do
período moderno. É um símbolo de Viena Jugendstil, o Art Nouveau vienense, e é
considerada a obra mais popular de Klimt. Pinturas como O Beijo eram
manifestações visuais do espírito fin-de-siècle, porque elas capturam uma
decadência transmitida por imagens opulentas e sensuais. Supõe-se que Klimt e
sua companheira Emilie Flöge posaram para o trabalho, mas não há nenhuma
evidência ou registro para provar isso.
The Tree of
Life - Gustav Klimt – 1905 – óleo sobre tela - 195 cm × 102 cm - Museum of
Applied Arts, Vienna, Austria
A árvore da vida é um símbolo importante usado por muitas
teologias, filosofias e mitologias. Ela simboliza a ligação entre o céu e a
terra e o submundo. Para admiradores de Klimt, o mural também tem outro
significado, sendo a única paisagem criada pelo artista durante seu período
áureo. A pintura é um estudo para uma série de três mosaicos criados por Klimt em
1905-1911 para um trabalho encomendado no Palais Stoclet em Bruxelas, Bélgica. Os
mosaicos estão distribuídos em três paredes da sala de jantar do Palais.
Assista o vídeo abaixo:
Klimt escreveu pouco sobre sua visão ou seus métodos. Em um raro
escrito chamado "Comentário sobre um auto-retrato inexistente", ele
afirma: "Eu nunca pintei um auto-retrato. Estou menos interessado em mim
mesmo como um tema para uma pintura do que em outras pessoas, acima de tudo
mulheres ... Não há nada especial sobre mim. Eu sou um pintor que pinta dia
após dia, de manhã à noite. Quem quiser saber algo sobre mim deve olhar atentamente
para as minhas pinturas."
Esse blog possui mais artigos sobre Gustav Klimt. Clique sobre esses links para ver:
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domingo, 12 de julho de 2015
18 Pinturas de Hora do Chá
Le Goûter
(Tea Time) - Jean Metzinger – 1911 - Philadelphia
Museum of Art
18 Pinturas
de Hora do Chá
Le Goûter
(Tea Time) - Jean Metzinger – 1911
Esta pintura foi exibida em Paris, no Salon d'Automne de
1911, no Salon de la Section d'Or de 1912, e reproduzida no Du Cubisme, de Jean Metzinger e Albert Gleizes, em 1912. No ano
seguinte, foi reproduzida em Les Peintres Cubistes de Guillaume Apollinaire. A
pintura também foi publicada em Cubistas e Pós-impressionismo de Arthur Jerome
Eddy (1914, 1919), apelidada “A provadora”. André Salmon apelidou esta pintura
"La Joconde du Cubisme" (La Joconde Cubiste), A Mona Lisa do cubismo
(Mona Lisa com uma colher de chá). "Tea Time" era muito mais famosa
do que qualquer pintura que Picasso e Braque tinham feito até este momento,
porque Picasso e Braque, por não se apresentarem nos Salons, retiraram-se do
público. Para a maioria das pessoas, a ideia do cubismo estava realmente
associada com um artista como Metzinger, muito mais do que com Picasso.
The Cup of
Tea - Andre Derain – 1935 – óleo sobre tela - 92 x 74 cm - Musée National d'Art
Moderne, Centre Georges Pompidou, Paris, France
Lady at the
Tea Table - Lilla Cabot Perry – 1905
William
McGregor Paxton – Tea Leaves – 1909 - óleo sobre tela - 91.6 x 71.9 cm – The
Metropolitan Museum of Art
Em um salão sem janelas permeado por uma luz suave, uma
atmosfera de sonho, e os sons do silêncio, duas mulheres elegantes passam o
tempo fazendo muito pouco ou nada. Paxton aponta para uma narrativa, mas ele
pede que o espectador a invente, recapitulando a ambiguidade das pinturas de
Vermeer, que ele admirava. Paxton frequentemente retratava mulheres refinadas,
esposas de seus clientes e suas filhas, em interiores bonitos em Boston, do
tipo que elas, como guardiãs da cultura, teriam decorado e ocupado. Ao
equiparar as mulheres com os objetos estéticos preciosos que as cercam, Paxton
ecoa o espírito do romancista Henry James, que retratou mulheres como objetos
colecionáveis em The American (1877) e Retrato de uma Senhora (1881). As obras
de Paxton também concordam com os pronunciamentos do sociólogo Thorstein
Veblen, que observou em sua Teoria da Classe Ociosa (1899) que o "lazer
conspícuo" de uma mulher sinaliza a riqueza de seu pai ou marido.
The Tea -
Pierre Bonnard – 1916 – óleo sobre tela
Herb Tea - Janet Fish – 1995
Janet Fish (18 de maio de 1938) é uma artista americana contemporânea. Ela pinta naturezas mortas em estilo realista, com a luz
saltando para fora de superfícies reflexivas, como filme plástico contendo
objetos sólidos e copos vazios ou parcialmente cheios. Suas pinturas estão na
coleção de muitos museus.
The Cup of
Tea - Pierre-Auguste Renoir - c.1906-1907 – óleo sobre tela
Shinagawa - Hot Tea - Keisai Eisen – 1845 – estilo: Ukiyo-e
Ukiyo-e, ukiyo-ye ou ukiyo-ê (浮世絵,
"retratos do mundo flutuante", em sentido literal), vulgarmente
também conhecido como estampa japonesa, é um gênero de xilogravura e pintura
que prosperou no Japão entre os séculos XVII e XIX. Destinava-se inicialmente
ao consumo pela classe mercante do período Edo (1603 – 1867). Entre as mais
populares temáticas abordadas, estão a beleza feminina, o teatro kabuki, os
lutadores de sumô, cenas históricas e lendas populares, cenas de viagem e
paisagens, fauna e flora.
Tea in the
Garden - Henri Matisse – 1919 – óleo sobre tela - 140.3 x 211.5 cm - Los
Angeles County Museum of Art, Los Angeles, CA, USA
Arrangement
in Pink and Gray (Afternoon Tea) - Edmund Charles Tarbell - c.1894 – óleo sobre
tela - Worcester Art Museum, Worcester, Massachusetts, USA
The Tea Cup
- Jackson Pollock – 1946 – óleo sobre tela – 40 x 28 cm - Collection Frieder
Burda, Baden Baden
The Tea Set
- Claude Monet - 1872
Tea Time -
James Tissot - 1872 – óleo sobre tela - 66 x 47.9 cm – The Metropolitan Museum
of Art, New York
Quando o francês Tissot mudou para Londres em 1871, ele mergulhou na
cena local, com trabalhos para a revista Vanity Fair e pinturas de gênero com o
rio Tamisa como pano de fundo. O chá é uma repetição da parte esquerda
de uma de suas cenas mais famosas de Londres, Bad News (Museu Nacional do País
de Gales, Cardiff), que mostra um capitão e sua namorada absorvendo a notícia
de sua partida iminente, enquanto uma companheira prepara chá.
James
Tissot – Bad News – 1872 – óleo sobre tela - 68.6 × 91.4 cm - National Museum Cardiff
Bad News mostra a Pool of London através das janelas da
taberna, enquanto Tea exibe a densa paisagem urbana de Londres além desse
trecho do rio. Amigo de Tissot, Edgar Degas possuia um estudo a lápis para esta
imagem.
The tea - Federico Zandomeneghi - 1890-1893 – pastel sobre
papel
The
Terre-Cuite Tea Set (aka French Tea Garden) - Childe Hassam – 1910 – óleo sobre
tela
A irmã de Mary Cassatt, Lydia, foi muito importante em sua
vida. Como nenhuma delas tomou a decisão de casar, elas viveram juntas na
França até a morte de Lydia em 1882. Mary usou Lydia como modelo em muitas de
suas pinturas, como em The Cup of Tea. Esta pintura é mais uma pintura de
gênero do que um retrato, uma vez que representa um costume social que Cassatt
revisitou muitas vezes em suas pinturas: tomar uma xícara de chá. Pintada em
uma maneira impressionista, muitos críticos de arte viram a pintura como
inacabada, porque Cassatt deixou pequenas porções periféricas da tela sem
pintura.
The Tea -
Mary Cassatt - 1879-1880 – óleo sobre tela - 92.7 x 64.77 cm
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