segunda-feira, 20 de julho de 2015

A história de ”La Femme a la Perle” de Jean-Baptiste Camille Corot

La Femme a la Perle - Jean-Baptiste Camille Corot – c. 1868-70 – óleo sobre tela – 70 x 55 cm – Musée du Louvre, Paris


A história de ”La Femme a la Perle” (A Mulher com a Pérola) de Jean-Baptiste Camille Corot

Essa pintura foi uma das obras mais importantes do pintor e gravurista francês Jean-Baptiste Camille Corot. Como o principal pintor da escola de Barbizon na França, em meados do século XIX, Corot testemunhou a vicissitude do classicismo, romantismo, realismo e a ascensão do impressionismo.
Mulher com uma Pérola é uma das figuras humanas que Corot pintou na terceira parte de sua carreira. Os personagens em seus retratos são serenos e luminosos. Muito se tem especulado sobre a fonte de inspiração para a Mulher com uma Pérola e é possível que ela tenha sido inspirada pela obra de Leonardo Di Vinci (1452-1519), a Mona Lisa, pelo posicionamento das mãos, a expressão facial, o posicionamento da modelo, Berthe Goldschmidt, posando em um vestido italiano que Corot trouxe de uma de suas viagens. É quase um pastiche da Mona Lisa. Algumas pessoas ficam confusas com o título que indica que a mulher na pintura está portando uma pérola, quando na verdade é uma pequena folha pendurada em sua testa. Embora a pérola seja apenas uma espécie de ilusão, é um reflexo do julgamento da veracidade pelo pintor


Leonardo da Vinci - Mona Lisa – 1503-17 – óleo sobre madeira – 77 x 53 cm - Musée du Louvre, Paris

O título, que permanece sem explicação, parece ecoar o de outro retrato de uma jovem mulher por Johannes Vermeer (1632-1675), Garota com Brinco de Pérola. A pérola, facilmente reconhecível na pintura de Vermeer, na pintura de Corot toma a forma de um ornamento (uma pequena folha) de cor escura, parte de um véu transparente que cobre a parte superior da testa da jovem.


Johannes Vermeer – Girl with a Pearl Earring – c. 1665 – óleo sobre tela – 44,5 x 39 cm - Mauritshuis, The Hague, Netherlands 


Sobre a liberdade técnica do artista e a cor clara, o poeta e crítico de arte Charles Baudelaire (1821-1867) descreveu o trabalho como um "milagre do coração e da mente".

Jean-Baptiste-Camille Corot (1796 - 1875) foi um pintor francês de paisagens e de retratos, assim como um gravurista. Ele é uma figura fundamental na história da pintura de paisagem e sua vasta produção faz referência tanto à tradição Neo-Clássica, como antecipa as inovações do plein-ar do impressionismo. Em 1825-1828, Corot viajou para a Itália (o que era considerado essencial para a formação de um artista da paisagem). Em 1827, ele enviou suas primeiras pinturas ao Salão de Paris. Corot viajou extensivamente pela Europa ao longo de sua vida, e durante essas viagens ele pintou ao ar livre, preenchendo inúmeros cadernos com desenhos. Durante os meses de inverno, ele trabalhava em estúdio, em ambiciosas paisagens e temas mitológicos e religiosos destinadas para o Salão de Paris. Sua reputação foi estabelecida na década de 1850, que também foi o período em que seu estilo tornou-se mais suave e suas cores mais restritas. Sua influência na posterior pintura de paisagem do século 19, incluindo os Impressionistas, foi imensa, particularmente em sua interpretação de luz sobre a paisagem.

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