sexta-feira, 29 de junho de 2018

A história da pintura de Gustav Klimt - Portrait of Friederike Maria Beer

Gustav Klimt - Portrait of Friederike Maria Beer, 1916 – óleo sobre tela - 168 x 130 cm - Tel Aviv Museum of Art


A história da pintura de Gustav Klimt - Portrait of Friederike Maria Beer


Friederike Maria Beer, a mulher representada nesta pintura, foi uma jovem senhora da sociedade vienense e era uma fiel devota da vanguarda local. Em 1914, ela encomendou a Egon Schiele um retrato dela e depois esse outro retrato por Klimt. Ela posou para ele usando um vestido de seda pintado à mão, que ela chamou de "meu vestido Klimt" e um casaco de pele curto. Klimt ficou especialmente encantado com o revestimento colorido do casaco e pediu para ela usar o casaco pelo avesso, ao posar para a pintura. Beer tinha comprado essas duas peças de roupa no estúdio de design vienense de renome Wiener Werkstätte, onde ela era uma cliente regular e importante.


O fundo da pintura contém motivos de uma cena de batalha, que Klimt emprestou de um vaso coreano. Estes motivos reaparecem nas obras finais do artista, e enchem a superfície da tela com o estilo característico da arte oriental.

Um dos representantes proeminentes do Jugendstil, na Áustria, Klimt pintou composições que misturam elementos ocidentais e orientais. Ele enfatizou um serpenteado de linhas e formas biomórficas que tendem ao achatamento, quase misturando figura e fundo em um único plano decorativo. Ao mesmo tempo, como em quase todos os seus retratos, Klimt permaneceu fiel a uma representação bastante realista das mãos e rosto da modelo.

Gustav Klimt (Baumgarten, Viena, 14 de julho de 1862 — Viena, 6 de fevereiro de 1918) foi um pintor austríaco. Associado ao simbolismo, destacou-se dentro do movimento Art Nouveau austríaco e foi um dos fundadores do movimento da Secessão de Viena, que recusava a tradição acadêmica nas artes, e fundador também do jornal do movimento, “Ver Sacrum”. Klimt também foi membro honorário das universidades de Munique e Viena. Ele produziu um dos mais importantes corpos de arte erótica do século. Inicialmente bem-sucedido como um pintor acadêmico convencional, seu encontro com tendências mais modernas na arte europeia o encorajou a desenvolver seu próprio estilo eclético e muitas vezes fantástico. Os seus maiores trabalhos incluem pinturas, murais, esboços e outros objetos de arte, muitos deles expostos na Galeria da Secessão de Viena. Klimt completou várias obras-primas, incluindo O Beijo, Danaë e o Retrato de Adele Bloch-Bauer I.

Klimt escreveu pouco sobre sua visão ou seus métodos. Em um raro escrito chamado "Comentário sobre um autorretrato inexistente", ele afirma: "Eu nunca pintei um autorretrato. Estou menos interessado em mim mesmo como um tema para uma pintura do que em outras pessoas, acima de tudo, mulheres. Não há nada especial sobre mim. Eu sou um pintor que pinta dia após dia, de manhã à noite. Quem quiser saber algo sobre mim deve olhar atentamente para as minhas pinturas."

Esse blog possui mais artigos sobre Gustav Klimt. Clique sobre esses links para ver:

http://www.arteeblog.com/2018/07/analise-da-pintura-kiss-de-gustav-klimt.html






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segunda-feira, 25 de junho de 2018

A história da pintura de James Tissot – The Hammock (A Rede)

James Tissot – The Hammock (A Rede), 1879 - óleo sobre tela - 127 x 76.2 cm – coleção particular


A história da pintura de James Tissot – The Hammock (A Rede)


O cenário dessa pintura é o jardim do próprio Tissot em St. John's Wood, Londres, com a sua lagoa e colunata de ferro fundido. A colunata, que aparece frequentemente em suas pinturas, foi copiada de um original em mármore no Parc Monceau, em Paris. Na Londres vitoriana, a manutenção de um jardim tão elaborado era um sinal de riqueza. Uma das histórias contadas entre os amigos de Tissot em Paris era que ele era tão bem-sucedido que tinha criados com luvas brancas polindo as folhas de seus arbustos. Em The Hammock ele brinca com a ideia de luxo, langor e amor.

A modelo para a jovem na rede foi a amada amante irlandesa de Tissot, Kathleen Newton, com quem ele morava em sua casa no subúrbio de St. John's Wood, no norte de Londres. Após um breve e desastroso casamento arranjado, Newton se divorciou quando tinha apenas dezessete anos. Ela tinha uma filha e um filho muito parecido com Tissot. Para evitar fofocas e escândalo, o casal viveu uma vida muito privada. O rosto de Newton era familiar para a sociedade londrina através das pinturas de Tissot, onde ela foi retratada muitas vezes, mas sua identidade permanecia um mistério fora do círculo imediato do artista. Somente em 1946 sua identidade foi revelada publicamente, quando sua sobrinha respondeu a um pedido de informações de um curioso jornalista londrino.


Esse blog possui um artigo sobre Kathleen Newton. Clique sobre o link abaixo para ler mais detalhes de sua história e ver mais pinturas:



Preguiçosamente lendo seu jornal, Newton provoca o espectador masculino, com um vislumbre de sua anágua. O cachorro dormindo perto de seus pés aparece como o alter-ego do artista (os cães estavam associados tanto à fidelidade quanto ao desejo sexual). O livro que está sobre o tapete é provavelmente francês, e isso também pode ser uma indicação simbólica da própria presença de Tissot, como se ele estivesse sentado e lendo aos pés de sua amante.

Como seus amigos e colegas artistas Manet, Degas e Whistler, Tissot era fascinado pela arte e design japoneses. Ele foi um colecionador de objetos japoneses desde o início de sua carreira em Paris, na década de 1860, e o guarda-sol em The Hammock é um exemplo entre muitos em que ele os usava em elementos decorativos em suas pinturas. Na década de 1870, o Japão passara a representar a libertação dos modos do Ocidente, e os artistas de vanguarda do Movimento Estético na Grã-Bretanha consideravam a graciosa simplicidade do design japonês como um antídoto ao naturalismo afetado da maioria das pinturas britânicas. A rede de Newton também é de uma cultura distante: é brasileira.

James Tissot fez mais uma obra com o mesmo tema e título:


James Tissot – The Hammock (A Rede), 1880 – água-forte (gravura em metal) e ponta-seca sobre papel – 27,9 x 18,3 cm - The Art Institute of Chicago, USA


James Joseph Jacques Tissot (Nantes, 15 de outubro de 1836 – Buillon, 8 de agosto de 1902) foi um pintor francês. Tissot expôs no Salão de Paris pela primeira vez aos 23 anos. A característica do seu primeiro período foi como pintor dos charmes femininos. Demi-mondaine seria a forma mais acurada de chamar uma série de estudos que ele chamou de La Femme a Paris (A mulher em Paris). Lutou na Guerra Franco-Prussiana e, sob a suspeita de ser comunista, deixou Paris em direção a Londres. Lá estudou com Seymour Haden, desenhou caricaturas para a Revista Vanity Fair, pintou retratos e também telas temáticas. Seu trabalho mais grandioso foi a produção de mais de 700 aquarelas ilustrando a vida de Jesus e sobre o Velho Testamento.

Esse blog possui mais artigos sobre James Tissot. Clique sobre os links abaixo para ver:






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quarta-feira, 13 de junho de 2018

Pinturas de futebol

Henri Rousseau - The Football Players, 1908 – óleo sobre tela – 100,3 x 80,3 cm - Solomon R. Guggenheim Museum, New York


Pinturas de futebol


Orlando Teruz – Futebol, 1983 - óleo sobre madeira - 80 x 100 cm – coleção particular


Inos Corradin – Gol de Bicicleta – serigrafia - 50 x 38 cm


 Cândido Portinari - Futebol em Brodowski, 1935 – óleo sobre tela – 97 x 130 cm – Museu Casa de Portinari, Brodowski, SP, Brasil


Francisco Rebolo – Futebol, 1936 – óleo sobre tela – 86 x 36 cm – coleção particular


Mario Zanini – Futebol – óleo sobre tela – 59,5 x 73 cm – coleção particular


Gustavo Rosa – Pelé, 2006 - gravura