James Tissot – The Hammock (A Rede), 1879 - óleo sobre tela
- 127 x 76.2 cm – coleção particular
A história da pintura de James Tissot – The Hammock (A Rede)
O cenário dessa pintura é o jardim do próprio Tissot em St.
John's Wood, Londres, com a sua lagoa e colunata de ferro fundido. A colunata,
que aparece frequentemente em suas pinturas, foi copiada de um original em
mármore no Parc Monceau, em Paris. Na Londres vitoriana, a manutenção de um
jardim tão elaborado era um sinal de riqueza. Uma das histórias contadas entre
os amigos de Tissot em Paris era que ele era tão bem-sucedido que tinha criados
com luvas brancas polindo as folhas de seus arbustos. Em The Hammock ele brinca
com a ideia de luxo, langor e amor.
Esse blog possui um artigo sobre Kathleen Newton. Clique
sobre o link abaixo para ler mais detalhes de sua história e ver mais pinturas:
Preguiçosamente lendo seu jornal, Newton provoca o
espectador masculino, com um vislumbre de sua anágua. O cachorro dormindo perto
de seus pés aparece como o alter-ego do artista (os cães estavam associados
tanto à fidelidade quanto ao desejo sexual). O livro que está sobre o tapete é
provavelmente francês, e isso também pode ser uma indicação simbólica da
própria presença de Tissot, como se ele estivesse sentado e lendo aos pés de
sua amante.
Como seus amigos e colegas artistas Manet, Degas e Whistler,
Tissot era fascinado pela arte e design japoneses. Ele foi um colecionador de
objetos japoneses desde o início de sua carreira em Paris, na década de 1860, e
o guarda-sol em The Hammock é um exemplo entre muitos em que ele os usava em
elementos decorativos em suas pinturas. Na década de 1870, o Japão passara a
representar a libertação dos modos do Ocidente, e os artistas de vanguarda do
Movimento Estético na Grã-Bretanha consideravam a graciosa simplicidade do
design japonês como um antídoto ao naturalismo afetado da maioria das pinturas
britânicas. A rede de Newton também é de uma cultura distante: é brasileira.
James Tissot fez mais uma obra com o mesmo tema e título:
James Tissot – The Hammock (A Rede), 1880 – água-forte
(gravura em metal) e ponta-seca sobre papel – 27,9 x 18,3 cm - The Art
Institute of Chicago, USA
James Joseph Jacques Tissot (Nantes, 15 de outubro de 1836 –
Buillon, 8 de agosto de 1902) foi um pintor francês. Tissot expôs no Salão de
Paris pela primeira vez aos 23 anos. A característica do seu primeiro período
foi como pintor dos charmes femininos. Demi-mondaine seria a forma mais acurada
de chamar uma série de estudos que ele chamou de La Femme a Paris (A mulher em
Paris). Lutou na Guerra Franco-Prussiana e, sob a suspeita de ser comunista,
deixou Paris em direção a Londres. Lá estudou com Seymour Haden, desenhou
caricaturas para a Revista Vanity Fair, pintou retratos e também telas
temáticas. Seu trabalho mais grandioso foi a produção de mais de 700 aquarelas
ilustrando a vida de Jesus e sobre o Velho Testamento.
Esse blog possui mais artigos sobre James Tissot. Clique
sobre os links abaixo para ver:
Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não
copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe,
usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário