terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Análise da pintura “My Family” de Joaquin Sorolla

Joaquin Sorolla y Bastida – My Family (Minha Família), 1901 – óleo sobre tela – 185 x 159 cm – Museo Sorolla, Valencia, Espanha


Análise da pintura “My Family” de Joaquin Sorolla


Durante muitas de suas viagens, Sorolla comprava roupas e acessórios para Clotilde, sua esposa, e para suas filhas, muitas vezes tendo em mente roupas que queria mostrar em futuras pinturas. Para Sorolla, sua esposa e filhos eram uma fonte constante de inspiração. Ele os retratou de muitas maneiras. Através de Clotilde. Sorolla refletia a vida familiar e também o mundo elegante da burguesia. Seus retratos de Clotilde também serviam como uma amostra para possíveis encomendas.

Embora o retrato formal não fosse o gênero de preferência de Sorolla, porque tendia a restringir sua criatividade e porque ele preferia pintar temas ao ar livre, a aceitação de encomendas de retratos se revelou rentável e a representação de sua família era irresistível. Às vezes, ele se rendia a influência de Diego Velázquez, como em “Minha Família”, uma referência a “Las Meninas” de Velázquez, onde agrupou sua esposa e filhos em primeiro plano, e se retratou refletido em um espelho.


Diego Velazquez – Las Meninas, 1656 – óleo sobre tela – 276 x 318 cm - Museo del Prado, Madrid, Spain

Esse blog possui um artigo sobre a pintura “Las Meninas” de Diego Velázquez. Clique sobre o link abaixo para ver:



Joaquín Sorolla y Bastida (Valencia, Espanha, 27 de fevereiro de 1863 - 10 de agosto de 1923) foi um pintor que se destacou na pintura de retratos, paisagens e obras monumentais de temas sociais e históricos. Suas obras mais típicas são caracterizadas por uma representação hábil do povo e da paisagem sob o sol brilhante de sua terra natal e água ensolarada. Ele começou a estudar arte aos 9 anos, e aos dezoito anos se mudou para Madrid, onde estudou vigorosamente as pinturas dos grandes mestres no Museo del Prado. Depois viajou para Roma e Paris para mais estudos. Em 1888, Sorolla retornou à Valência para se casar com Clotilde García del Castillo, que ele conheceu em 1879, enquanto trabalhava no estúdio de seu pai. Eles tiveram três filhos: Maria, Joaquín e Elena. Em 1890, eles se mudaram para Madri e, na década seguinte, Sorolla se concentrou principalmente sobre a produção de grandes telas de temas mitológicos, históricos e sociais, para exposição em salões e exposições internacionais em Madri, Paris, Veneza, Munique, Berlim e Chicago.

Ele logo ganhou fama e se tornou o chefe reconhecido da moderna escola espanhola de pintura. Seu retrato “O Retorno da Pesca” de 1894, foi muito admirado no Salon de Paris e foi adquirido pelo governo francês para o Musée du Luxembourg. Sorolla ganhou uma medalha de honra na Exposição Universal de Paris de 1900 e foi nomeado como Cavaleiro da Legião de Honra. Nos anos seguintes, Sorolla foi homenageado como um membro das Academias de Belas Artes de Paris, Lisboa e Valência, e como um Filho Favorito de Valência. Ele visitou os Estados Unidos duas vezes e pintou 14 magníficos murais (As Províncias da Espanha), instalados até hoje no edifício da Hispanic Society of America em Manhattan, New York.

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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Análise dos retratos de Elizabeth Taylor, de Andy Warhol

Andy Warhol – Liz #6, 1963 – tinta acrílica e tinta de serigrafia em linho – 101,6 x 101,6 cm – San Francisco Museum of Modern Art, San Francisco, CA, USA



Análise dos retratos de Elizabeth Taylor, de Andy Warhol


Andy Warhol – Liz #3, Early Colored Liz, 1963 – tinta acrílica e tinta de serigrafia em linho – 101,6 x 101,6 cm – Art Institute of Chicago, USA


Essa série de retratos da atriz extremamente bem-sucedida Elizabeth Taylor foi feito quando ela estava no auge de sua carreira. Nestes retratos, Warhol usou uma fotografia de publicidade para o filme protagonizado por Taylor, “Butterfly 8”, como base para a serigrafia. É típico do estilo pop de Warhol dos anos 1960, com blocos planos de cores vibrantes.

Warhol quis dar uma aparência de produção em massa feita de maneira mecânica em suas obras nessa época. Quando ele descobriu o processo e as implicações de trabalhar com a técnica de serigrafia, o conteúdo da produção de Warhol como pintor tornou-se inextricavelmente ligado ao processo pelo qual ele criou sua arte. Para Warhol, as imperfeições visíveis, não eram sinais de uma técnica mal executada, mas sim boas indicações de como o acaso influenciou seu trabalho. Warhol não estava atrás de um resultado de uma imagem perfeita, ele queria o imediatismo trashy de uma foto de tabloide.


Andy Warhol – Silver Liz, 1963 – tinta acrílica e tinta de serigrafia em linho – 101,6 x 101,6 cm – coleção particular


A dama Elizabeth Rosemond Taylor, DBE (27 de fevereiro de 1932 - 23 de março de 2011) foi uma atriz, empresária e humanitária britânico-americana. Ela começou sua carreira como atriz infantil no início da década de 1940 e foi uma das estrelas mais populares do cinema clássico de Hollywood a partir da década de 1950, permanecendo uma figura pública bem-sucedida pelo resto de sua vida. Liz, como era mais conhecida, foi considerada uma das mulheres mais bonitas de todos os tempos. Sua marca registrada são os traços delicados de seu rosto e seus olhos de cor azul-violeta, uma cor rara, emoldurados por sobrancelhas desenhadas e espessas, de cor negra. Ao longo de sua vida, os relacionamentos pessoais de Taylor receberam constante atenção da mídia. Ela foi casada oito vezes com sete homens, sofreu doenças graves e levou um estilo de vida “jet set”, incluindo a posse de uma das mais caras coleções privadas de joias. Foi uma celebridade cercada por intenso glamour, carinho de fãs e muito luxo. Seu talento e beleza impressionavam qualquer pessoa. Foi diva eterna dos anos de ouro do cinema norte-americano.

Andy Warhol, nascido Andrej Varhola, Jr. (Pittsburgh, 6 de agosto de 1928 — Nova Iorque, 22 de fevereiro de 1987), foi uma figura maior do movimento Pop Art. Além das serigrafias, Warhol também utilizava outras técnicas, como a colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte. As abordagens inovadoras do Ilustrador, cineasta, fotógrafo, pintor, modelo e até produtor musical Andy Warhol para fazer arte ainda influenciam a arte contemporânea e a cultura. Ele desafiou as fronteiras tradicionais entre arte e vida, arte e negócios e em todos os tipos de mídia. No processo, ele transformou a vida cotidiana em arte e a arte em uma maneira de viver o cotidiano. Obcecado com a celebridade e a cultura de consumo, Andy Warhol criou algumas das mais icônicas imagens do século 20. Ele também ficou famoso por suas frases, como: “No futuro, todos serão famosos por 15 minutos”. Algumas de suas obras mais célebres são: “32 Campbell´s Soup Can” de 1962 e retratos de Marilyn Monroe, usando a técnica de silkscreen. Ele também foi mentor dos artistas Keith Harring e Jean-Michel Basquiat. Seu estilo Pop-Art tem adeptos até os dias atuais, como Richard Prince, Takashi Murakami e Jeff Koons, entre outros.


Andy Warhol e Liz Taylor


Esse blog possui um artigo sobre gravuras, onde a técnica de silkscreen (ou serigrafia) é descrita. Para ver, clique sobre o link abaixo:



Andy Warhol – Liz #1, Early Colored Liz, 1963 – tinta acrílica e tinta de serigrafia em linho – 101,6 x 101,6 cm – coleção particular


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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

A história da pintura “White House at Night” de Vincent Van Gogh


Vincent Van Gogh - White House at Night (Casa Branca à Noite), Auvers-sur-Oise, Junho de 1890 – óleo sobre tela – 59 x 72,5 cm - Hermitage Museum, Saint Petersburg, Russia


A história da pintura “White House at Night” de Vincent Van Gogh


Em maio de 1890, Vincent van Gogh chegou a Auvers-sur-Oise e fez uma série de pinturas com casas. O período Auvers começou com a esperança de uma nova vida e da recuperação de sua saúde. Este sentimento de esperança foi expresso nas pinturas feitas em maio.


Nas pinturas de junho, o tema da casa permaneceu no centro da atenção do artista, mas seu alcance emocional se expandiu muito (desde pressentimentos sombrios até conciliação). Como as emoções foram expressas pelo artista, não pelos próprios temas das pinturas, mas através da manipulação dos métodos de pintura, a estrutura de suas composições foi se alterando.

Nessa pintura, feita seis semanas antes de seu falecimento, uma qualidade congelada prevalece, e as linhas principais são horizontais e verticais estáveis. Elas são necessárias para desenhar uma casa, mas podem transformá-la em uma prisão. O artista dá muita atenção às janelas, os "olhos" de uma casa. Os salpicos vermelhos das janelas à direita são alarmantes. Van Gogh desenhou uma estrela, um sinal de destino, em momento de grande angústia. A pintura expressa a grande tensão psicológica sob a qual Van Gogh se encontrava.

Provavelmente Van Gogh pintou “Casa Branca à Noite” por volta das 20:00 horas, devido à posição da estrela na pintura. Os astrónomos Donald Olson e Russell Doescher, da Texas State University-San Marcos, calcularam que a estrela na pintura seja Vênus, que estava brilhando no céu noturno em junho de 1890. A casa é a mesma retratada na pintura “Blossoming Chestnut Tree”.


Vincent Van Gogh - Blossoming Chestnut Tree, Auvers-sur-Oise, Maio de 1890 – óleo sobre tela – 63 x 50,5 cm – Kröller-Müller Museum, Otterlo, Holanda


“White House at Night” tem uma história turbulenta. Foi exposta na Suíça várias vezes durante a década de 1920, mas no final dessa década, desapareceu na coleção particular do industrial alemão Otto Krebs. Muitas das aquisições desse industrial eram de um estilo que logo seria rotulado como "arte degenerada" pelos nazistas, o que contribuiu para que Krebs, que era discreto, mantivesse sua coleção secreta.


Vincent Van Gogh - Landscape with House and Ploughman, Saint-Rémy, Dezembro de 1889 – óleo sobre tela – 33 x 41,4 cm - Hermitage Museum, Saint Petersburg, Russia


Supostamente perdida após a Segunda Guerra Mundial, a pintura permaneceu nos arquivos do Hermitage Museum por cinquenta anos antes de ressurgir em 1995 como parte de uma exposição de obras de arte saqueadas pelos soviéticos no final da guerra. Outras três pinturas de Van Gogh da coleção de Krebs também foram expostas: “Landscape with House and Ploughman”, “Morning: Going out to Work (After Millet)”, e “Portrait of Madame Trabuc”.


Vincent van Gogh - Portrait de Madame Trabuc, Saint-Rémy, Setembro de 1889 – óleo sobre tela, sobre madeira – 63,7 x 48 cm - Hermitage Museum, Saint Petersburg, Russia


Vincent van Gogh - Morning, going out to Work (after Millet), Saint-Rémy, Janeiro de 1890 – óleo sobre tela – 73 x 92 cm - Hermitage Museum, Saint Petersburg, Russia


Vincent Willem van Gogh (Zundert, 30 de Março de 1853 — Auvers-sur-Oise, 29 de Julho de 1890) foi um pintor pós-impressionista holandês. Seu trabalho teve uma grande influência na arte do século 20. Sua produção inclui retratos, autorretratos, paisagens e naturezas-mortas de ciprestes, campos de trigo e girassóis. Ele completou muitas de suas obras mais conhecidas durante os dois últimos anos de sua vida. Em pouco mais de uma década, produziu mais de 2.100 obras de arte, incluindo 860 pinturas a óleo e mais de 1.300 aquarelas, desenhos, esboços e gravuras.


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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

"Rio" - Roberto Menescal e Márcia Salomon




“Rio” - Roberto Menescal e Márcia Salomon


A canção “Rio” foi composta por Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli para o IV centenário do Rio de Janeiro, em1965. Essa apresentação foi feita para a gravação do DVD Bossa Nova 50 anos na Sala São Paulo, em São Paulo, Brasil, em 2010.

Rio
Roberto Menescal

Rio que mora no mar
Sorrio pro meu Rio
Que tem no seu mar
Lindas flores que nascem morenas
Em jardins de sol

Rio, serras de veludo
Sorrio pro meu Rio
Que sorri de tudo
Que é dourado quase todo dia
E alegre como a luz

Rio é mar, eterno se fazer amar
O meu Rio é lua
Amiga branca e nua
É sol, é sal, é sul
São mãos se descobrindo em todo azul
Por isso é que meu Rio da mulher beleza
Acaba num instante com qualquer tristeza
Meu Rio que não dorme porque não se cansa
Meu Rio que balança

Sou Rio, sorrio
Sou Rio, sorrio
Sou Rio, sorrio
Sou Rio, sorrio
Sou Rio, sorrio

Roberto Menescal nasceu em Vitória (ES), em 1937. Aos 18 anos, estreou na música profissionalmente acompanhando artistas como Silvinha Telles, Maysa, Elis Regina e outros. Já em 1958, estourou com uma brilhante carreira de compositor criando ao lado de nomes como Carlos Lyra, Tom Jobim e Ronaldo Bôscoli, a Bossa Nova. A partir daí, a “batida diferente” do seu violão afinado tornou-se mundialmente conhecida. Autor de canções como “O Barquinho”, “Você”, “Nós e o Mar”, “Bye, bye Brasil”, “Telefone” e outros clássicos, Menescal ajudou a levantar a bandeira do Brasil em todo o mundo. Enquanto nos EUA se produzia jazz, o Brasil exportava o swing da Bossa Nova. Em 1962, Menescal participou do famoso Concerto de Bossa Nova no Carnegie Hall, em New York, ao lado de nomes como Tom Jobim, Carlos Lyra, João Gilberto, dentre outros. Este Concerto significou a entrada oficial da bossa nova no exterior. Nesses mais de 50 anos de carreira, Menescal vem apresentando trabalhos de altíssima qualidade. Além de gravar com importantes nomes como Paul Winter, Toots Thielemans e Herbie Mann, e orquestrar discos de inúmeros artistas, como Maysa, Silvinha Telles, Lúcio Alves, Caetano Veloso, João Bosco e Alcione, desenvolveu trabalhos como produtor de discos com Elis Regina, com quem trabalhou também como músico e arranjador, Leila Pinheiro, Emílio Santiago, Nara Leão, Joana, Ivan Lins e outros artistas.

Ronaldo Fernando Esquerdo e Bôscoli (Rio de Janeiro, 28 de outubro de 1928 — 18 de novembro de 1994) foi um compositor, produtor musical e jornalista brasileiro. Nascido numa família de artistas, é bisneto da compositora Chiquinha Gonzaga e primo do ator Jardel Filho. Compunha com outros artistas as canções que ficariam conhecidas como estilo bossa nova. Um dos grandes nomes do movimento, compôs, com Roberto Menescal, as célebres "O Barquinho", "Nós e o Mar", "Telefone" e "Balançamba". Escreveu com Carlos Lyra duas canções ("Lobo Bobo" e "Saudade Fez Um Samba") para o histórico disco "Chega de Saudade", de João Gilberto, lançado em 1959. Com Luís Carlos Miele produziu diversos espetáculos, o primeiro pocket-show, expressão criada por ele, apresentando, no Little Club, Odete Lara com Sergio Mendes e Conjunto. Organizou e dirigiu dezenas de shows em boates no lendário Beco das Garrafas. Também a produção televisiva de "O Fino da Bossa", apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues. Ronaldo Bôscoli se casou com Elis Regina em 1967, depois de uma vida amorosa com várias artistas famosas como Nara Leão e Maysa Monjardim. Ele é pai do produtor musical João Marcelo Bôscoli, filho que teve com Elis Regina.

Márcia Salomon Silva Lefevre (Piraju, SP, 1 de junho de 1961) é uma intérprete de alta sensibilidade, uma voz procurada por compositores já reconhecidos no meio artístico e por novos autores e tendo lançado quatro álbuns.



domingo, 18 de fevereiro de 2018

Análise da pintura de Anders Zorn – Summer Entertainment


Anders Zorn – Summer Entertainment (Diversão de Verão), 1886 – aquarela sobre papel - 76 × 54 cm – coleção particular


Análise da pintura de Anders Zorn – Summer Entertainment


A pintura mostra Emma Zorn, a esposa do artista, esperando em uma doca, em Dalarö ström, sudeste de Estocolmo, por um barco que se aproxima. A água rodeia esta bela mulher com seu vestido de verão e chapéu muito luxuosos. O próprio barco é uma obra-prima de representação precisa. O barco e o barqueiro (Carl Gustav Dahlström) foram pintados com tantos detalhes que parecem quase como precursores das pinturas foto realistas americanas do final do século XX.

Os Zorns tinham acabado de voltar da lua de mel na época. A família de Emma Zorn possuía há muito tempo uma casa de verão em Dalarö. Zorn capturou o movimento e a luz na água de forma excepcional, se destacando com suas técnicas de aquarela, numa execução inteligente. É uma imagem com uma atmosfera muito bonita, mostrando que o artista está apaixonado pela mulher que ele pinta.

Essa obra foi leiloada por um preço recorde para uma pintura sueca, em um leilão em Estocolmo em 2010, por 26 milhões de coroas suecas (US $ 3,35 milhões).

Anders Leonard Zorn (18 de fevereiro de 1860 - 22 de agosto de 1920) foi um dos artistas mais importantes da Suécia. Ele obteve sucesso internacional como pintor, escultor e gravador. Zorn retratou, entre muitos outros, o rei Oscar II da Suécia, e três presidentes americanos, Grover Cleveland, William H. Taft e Theodore Roosevelt. Zorn iniciou seus estudos na Royal Swedish Academy of Arts em Stockholm, onde seu talento se destacou e assim começou a receber encomendas de retratos da sociedade local. Entre essas pessoas, ele conheceu sua futura esposa, Emma Lamm. Zorn viajou muito, para Londres, Paris, os Balcãs, a Espanha, a Itália e os Estados Unidos, tornando-se um sucesso internacional como um dos pintores mais aclamados de sua era, principalmente por sua habilidade como pintor de retratos, por sua grande habilidade para retratar a personalidade individual de seus modelos. Aos 29 anos, ele se tornou Chevalier de la Légion d'honneur na Exposição Universelle 1889, em Paris.

As pinturas de Zorn têm a liberdade e a energia dos esboços, com áreas contrastantes de tons quentes e frios. A maestria de Zorn permitiu que as formas e a textura dos temas pintados, reflitam e transmitam a luz. Além de retratos e nus, Zorn se destacou em representações realistas de água, além de cenas retratando vida e costumes rústicos. Algumas das suas obras mais importantes podem ser vistas no Museu Nacional de Belas Artes Sueco, o Nationalmuseum, em Estocolmo, no Musée d'Orsay em Paris, no Metropolitan Museum of Art em Nova York e no Museum of Fine Arts de Boston, além de quatro museus dedicados à vida e às obras de Anders Zorn, localizados em Mora e Garberg, Älvdalen, na Suécia.  


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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Pinturas de esportes de inverno

Alex Colville – Skater, 1964 - polímero acrílico sobre cartão - 113 x 69,8 cm - The Museum of Modern Art, New York


Pinturas de esportes de inverno


Gilbert Stuart - The Skater (Portrait of William Grant), 1782 – óleo sobre tela - 245.5 x 147.4 cm – National Gallery of Art, Washington, DC, USA

Gilbert Stuart relatou que quando William Grant chegou de Edinburg, Escócia em Londres para posar para seu retrato, ele disse que "por causa da excessiva frieza do clima, o dia estava mais adequado para patinar do que posar para um retrato". Assim, artista e modelo foram patinar no rio Serpentine, no Hyde Park. Quando voltaram ao estúdio, Stuart concebeu a ideia de retratar seu modelo com patins de gelo, em uma paisagem de inverno, com as torres gêmeas da Abadia de Westminster, na distância.



Esaias van de Velde – A Frozen River with Skaters, 1619 – óleo sobre madeira – 42,5 × 28 cm – coleção particular



Nikolay Bogdanov-Belsky – Skating from Mountain, c. 1941 – óleo sobre tela – coleção particular



Pierre-Auguste Renoir - Skaters in the Bois de Boulogne, 1868 – óleo sobre tela – 72,1 x 89,9 cm – coleção particular



Childe Hassam – Skating, 1886 - Aquarela e guache en grisaille sobre papel – 33 x 22,8 cm – coleção particular


Esse blog possui um artigo sobre Childe Hassam. Clique sobre o link abaixo para ver:

http://www.arteeblog.com/2016/10/childe-hassam-um-impressionista.html


Konstantin Somov - Winter. the Skating Rink, 1915 – óleo sobre tela - The State Russian Museum, Saint Petersburg, Russia



Rembrandt van Rijn - The Skater, c. 1639 - gravura a água forte e ponta-seca – 61 x 59 mm - National Gallery of Art, Washington, DC, USA



Sir Henry Raeburn - The Skating Minister (Reverend Robert Walker Skating on Duddingston Loch), c. 1795 – óleo sobre tela - 76.20 x 63.50 cm – National Galleries Scotland, Edinburgh, Escócia

Na sua combinação de uma imagem esportiva com um retrato, Raeburn conseguiu criar uma imagem dinâmica e ao mesmo tempo serena. Este patinador sereno é o Reverendo Robert Walker, um membro da Edinburgh Skating Society. A pose de Walker, enquanto ele se desliza pelo gelo, parece sem esforço, mas teria sido reconhecida por outros patinadores como uma manobra difícil e sofisticada.


Pieter Bruegel, the Elder - Winter Landscape with Skaters and Bird Trap, 1565 – óleo sobre madeira - 37 x 55,5 cm - Musées Royaux des Beaux-Arts, Brussels



Jean Béraud - Skating Lesson, 1892 – óleo sobre tela – 60 x 42 cm – coleção particular


Henri de Toulouse-Lautrec - Skating, from La Rire, 1896 - foto-litografia sobre papel de jornal - 22.8 x 21.1 cm – Brooklyn Museum, New York


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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

A história da pintura “The Painter´s Honeymoon” de Sir Frederic Leighton


Sir Frederic Leighton - “The Painter´s Honeymoon” (A Lua de Mel do Pintor), 1864 – óleo sobre tela - 83.8 x 76.8 cm - Museum of Fine Arts, Boston, USA


A história da pintura “The Painter´s Honeymoon” de Sir Frederic Leighton


Esta é uma composição interessante para Leighton, que costumava favorecer as imagens clássicas. O amor é equiparado à arte nesta imagem romântica que em sua evocação do passado e seu estilo preciso e controlado, simboliza a prática acadêmica oficialmente sancionada no final do século XIX. Leighton, que foi eleito presidente da Royal Academy de Londres, em 1879, passou muitos anos estudando na Alemanha, na França e na Itália. A composição e a cor incandescente da pintura refletem a influência de pintores venezianos do século XVI como Giorgione e Tiziano.

O modelo para o pintor recém-casado foi um italiano que frequentemente posava para Leighton, sendo aparentemente um dos modelos favoritos do artista. Nessa pintura, suas mãos foram retratadas com finos detalhes, enfatizando o quão crucial elas são para o trabalho dos pintores. Os tons suaves e a precisão com que Leighton pintou o casal contrastam com a rigidez da laranjeira atrás deles. Leighton parece ter tido dificuldade em pintá-la. As laranjas parecem estar esmaltadas.

Essa pintura foi exposta pela primeira vez na Royal Academy de Londres em 1866. Leighton evitou deliberadamente que ela fosse exposta publicamente nos anos seguintes após sua conclusão.  Como Leighton era conhecido por sua falta de confiança e timidez, muitos de seus contemporâneos acreditavam que ele sentia ter exposto demais sua própria emoção para se sentir confortável expondo a imagem.

Sir Frederic Leighton, 1.º Barão Leighton, (Scarborough, 3 de dezembro de 1830 - Londres, 25 de janeiro de 1896) foi pintor e escultor. Estudou na University College School em Londres, e foi buscar aperfeiçoamento na Europa. Passou alguns anos em Paris, com Ingres, Delacroix, Corot e Millet. Voltou a Londres em 1860, passando a fazer parte do grupo dos Pré-Rafaelitas. Em 1864 ingressou na Royal Academy, e desde então se tornou um artista celebrado. Seus temas eram históricos, bíblicos e clássicos. Sua casa é hoje um museu. Também foi membro do Institute de France e recebeu a Legião de Honra no grau de cavaleiro.

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sábado, 10 de fevereiro de 2018

Pinturas de Carnaval

Tarsila do Amaral - Carnaval em Madureira – 1924 – óleo sobre tela – 76 x 63 cm - Acervo Fundação José e Paulina Nemirovsky, São Paulo, Brasil


Pinturas de Carnaval


Jean-Antoine Watteau - Pierrot (antigo nome Gilles), 1718-19 - óleo sobre tela - 185 x 150 cm – Musée du Louvre, Paris

Esse blog possui um artigo sobre a pintura acima. Clique sobre esse link para ver:



Heitor dos Prazeres (1898, Rio de Janeiro, RJ - 1966) – Carnaval nos Arcos, 1965 – óleo sobre tela – coleção particular


Henri Rousseau – Carnival Evening, 1886 – óleo sobre tela – 117,3 x 89,5 cm – Philadelphia Museum of Art, Philadelphia, PA. USA


Charles Hermans - At the Masquerade, 1880 - óleo sobre tela – 321,3 x 401,3 cm – Chimei Museum, Tainan City, Taiwan

Esse blog possui um artigo sobre a pintura acima. Clique sobre esse link para ver:



Édouard Manet –Masked Ball at the Opera, 1873-74 – óleo sobre tela – 60 x 73 cm – The National Gallery of Art, Washington, DC


Pierre-Auguste Renoir - The White Pierrot (Jean Renoir), 1901-1902 - óleo sobre tela – 79,1 x 61,9 cm – Detroit Institute of Art, Detroit, USA

Esse blog possui um artigo sobre a pintura acima. Clique aqui para ver:



Jean-Baptiste Debret - O entrudo no Rio de Janeiro, 1823 - aquarela sobre papel - 18 x 23 cm - Acervo Museu Chácara do Céu


fragmento de Christoffer Wilhelm Eckersberg (1783-1853) - Carnival in Rome, 1828 – óleo sobre tela - 29x31 cm - Statens Museum for Kunst, Copenhagen, Denmark


Jose Benlliure Gil - The Carnival in Rome, 1881 – óleo sobre madeira – 38,8 x 54,4 cm – Museo Carmen Thyssen Málaga, Málaga, Spain


Joan Miro - Harlequin's Carnival, 1924 – 1925 – óleo sobre tela – 66 x 93 cm - Albright-Knox Art Gallery, Buffalo, NY, USA


Di Cavalcanti – Carnaval – 1965 - óleo sobre tela – 114 x 146 cm – coleção particular


Maxfield Parrish - The Lantern Bearers, 1908 – óleo sobre tela colada em cartão - 101.6 × 81.3 cm - Crystal Bridges Museum of American Art, Bentonville, Arkansas, USA


Esse blog possui mais um artigo com muitas outras pinturas de carnaval. Clique sobre o link abaixo para ver:



terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Pinturas que retratam neve

Gustave Caillebotte - Boulevard Haussmann in the Snow, c.1879-c.1881 – óleo sobre tela - 65 x 82 cm – coleção particular


Pinturas que retratam neve


Vincent van Gogh - Snowy Landscape with Arles in the Background, 1888 – óleo sobre tela – 50 x 60 cm – coleção particular


Childe Hassam - Snow Storm, Fifth Avenue, 1907 = óleo sobre tela - 30.5 x 41.3 cm – coleção particular


Nikolai Bogdanov-Belsky - Children carrying the Wood in the Snow, Winter, c. 1941 - óleo sobre tela – 68,5 xs 80,5 cm – coleção particular


Edvard Munch - Building Workers in the Snow, 1920 – óleo sobre tela – 71 x 100 cm – Munch Museum, Oslo, Noruega


Édouard Cortes – Porte St.Denis, Winter – c. 1950 - óleo sobre tela – 33 x 45,7 cm – coleção particular


Claude Monet - View of Argenteuil-Snow, 1874 – 1875 – óleo sobre tela – 54,6 x 65,1 cm – The Nelson Atkins Museum of art, Kansas City, MO, USA


Vincent van Gogh - People Walking in Front of Snow-Covered Cottage (Saint-Rémy-de-Provence, France), 1890 – lápis sobre papel - Van Gogh Museum, Amsterdam, Netherlands


Camille Pissarro - The Tuileries Gardens Snow Effect, 1900 – óleo sobre tela – 65 x 81 cm – coleção particular


Marc Chagall - A village in Winter, 1930 – guache sobre cartão - 62 x 50 cm – coleção particular


Childe Hassam - Shoveling Snow, New England, 1905 – óleo sobre tela – 45,7 x 55,8 cm - Huntington Museum of Art, West Virginia, USA