quarta-feira, 24 de julho de 2019

Série Alphonse Mucha – The Arts, 1898

Alphonse Mucha – The Arts (As Artes), 1898 - litografias coloridas – impressor: F. Champenois, Paris


Série Alphonse Mucha – The Arts, 1898



Produzida no auge da fama de Mucha em 1898, esta série foi impressa em pergaminho em uma edição de 1000 cópias, com um adicional de 50 cópias de edição limitada impressas em cetim. Mucha descartou atributos tradicionais como instrumentos musicais, pincéis, etc. Em vez disso, ele enfatizou a inspiração criativa da beleza natural, dando a cada uma das artes um pano de fundo circular com um motivo da natureza que indica uma determinada hora do dia: para a Dança, folhas caídas sopradas por uma brisa matinal. Para a Pintura, uma flor vermelha rodeada de arco-íris em plena luz do dia. Para a Poesia, a estrela da noite brilhando no céu ao entardecer. Para a música, a canção dos pássaros no nascer da lua.


Alphonse Mucha – Music (The Arts series), 1898 - litografia colorida – 60 x 38 cm

Músico apaixonado, Mucha escolheu personificar a música como uma mulher com as duas mãos levantadas para os ouvidos, ouvindo um coro de rouxinóis, o mais criativo e espontâneo dos pássaros.


Alfons Maria Mucha - (Ivančice, 24 de julho de 1860 — Praga, 14 de julho de 1939) foi um pintor, ilustrador e designer gráfico checo e um dos principais expoentes do movimento Art Nouveau. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão os cartazes para os espetáculos de Sarah Bernhardt realizados na França, de 1894 a 1900, e uma série chamada Epopeia Eslava, elaborada entre 1912 e 1930.
Mucha se estabeleceu como um dos principais artistas de cartazes comerciais entre 1895 e 1900. Durante este período, seis cartazes de Mucha apareceram em Les Maîtres de l'Affiche, publicação mensal de Jules Chéret com os melhores cartazes da época, selecionados por ele. A partir desse momento, o estilo distintivo de Mucha foi chamado 'le style Mucha', tornando-se sinônimo do estilo Art Nouveau.



Alphonse Mucha – Poetry (The Arts series), 1898 - litografia colorida – 60 x 38 cm

A poesia é personificada por uma figura feminina contemplando a paisagem ao luar. Ela é enquadrada por um ramo de loureiros, o símbolo de adivinhação e poesia.


Ao ganhar um reconhecimento público mais amplo como o "Mestre do cartaz Art Nouveau", Mucha alcançou grande sucesso em um novo gênero: painéis decorativos ('panneaux décoratifs'). Painéis decorativos eram cartazes sem texto, projetados exclusivamente para apreciação artística ou decoração de paredes interiores. Foi o impressor Champenois quem inventou essa ideia do ponto de vista comercial: maximizar a oportunidade de negócios, reciclando os projetos de Mucha para muitas edições diferentes. No entanto, foi Mucha que os transformou em uma nova forma de arte, acessível e disponível para o público em geral, enquanto que, tradicionalmente, as obras de arte estavam disponíveis apenas para os poucos privilegiados. Mucha acreditava que, através da criação de belas obras de arte, a qualidade de vida poderia seria melhorada. Ele também acreditava que era seu dever como artista promover arte para pessoas comuns. Ele conseguiu cumprir ambos os objetivos por meio do seu conceito inovador de painéis decorativos produzidos em massa.


Alphonse Mucha – Painting (The Arts series), 1898 - litografia colorida – 60 x 38 cm

Uma garota com as mãos estendidas segura uma flor vermelha na mão direita. A flor simboliza a natureza como fonte de inspiração e admiração pelo artista.


Mucha produziu uma grande quantidade de pinturas, cartazes, propagandas e ilustrações de livros, esculturas, bem como desenhos para joias, tapetes, papéis de parede e cenários de teatro no que foi denominado inicialmente The Mucha Style, mas tornou-se conhecido como Art Nouveau (francês para "nova arte"). As obras de Mucha frequentemente incluíam belas mulheres jovens em vestes flutuantes, vagamente neoclássicas, muitas vezes cercadas por flores exuberantes que às vezes formavam halos atrás de suas cabeças.


Alphonse Mucha – Dance (The Arts series), 1898 - litografia colorida – 60 x 38 cm

Dança, a mais sensual da série, é a única figura em pé. Sua figura sinuosa e longos cabelos ruivos balançam com a brisa do outono.


O estilo de Mucha foi exposto internacionalmente na Exposição Universal de 1900 em Paris, da qual Mucha disse: "Acho que a Exposition Universelle contribuiu para trazer valores estéticos para as artes e ofícios. Ele declarou que a arte existia apenas para comunicar uma mensagem espiritual, e nada mais.

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sábado, 20 de julho de 2019

Dia da lua, em homenagem à Missão Apolo 11 que pousou na lua - veja vídeo

Norman Rockwell - "The Final Impossibility: Man's Tracks on the Moon" - óleo sobre tela

Norman Rockwell - "Man on the Moon" - 1967 - óleo sobre tela - Norman Rockwell Museum, Stockbridge, Massachusetts, USA


Dia da lua, em homenagem à Missão Apolo 11 que pousou na lua - veja vídeo 


No dia 16 julho de 1969, deixava a Terra a nave da missão que transformou em realidade um dos sonhos mais antigos da humanidade: a chegada do homem à Lua. Há 50 anos, a Apollo 11 foi lançada do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, na ponta do foguete Saturno V. Quatro dias depois, o Módulo Lunar pousou próximo ao Mar da Tranquilidade, na superfície do satélite da Terra. O feito, realizado pelo astronauta americano Neil Armstrong seguido do seu colega de missão Buzz Aldrin, no dia 20 de julho daquele ano, ficou marcado na história.

A espaçonave Apollo tinha três partes: o módulo de comando, a única parte que voltou à Terra; o módulo de serviço, que continha propulsor, sistema elétrico, oxigênio e água; e o módulo lunar, utilizado para pousar na Lua. Apesar de ser tripulada por três astronautas, a missão foi dividida de forma que Michael Collins permanecesse no módulo de comando, na órbita lunar, enquanto Buzz Aldrin e Neil Armstrong pousassem na Lua com o Módulo Lunar.


Primeira pegada de Neil Armstrong na Lua, 20 de Julho de 1969, Apolo 11


A Apollo 11, projetada pela agência espacial americana (Nasa) foi uma das sete missões - de um total de 17 do Programa Apollo - que conseguiu levar o homem à Lua. Após a Apollo 11, o programa fez outros cinco bem-sucedidos desembarques na Lua entre 1969 e 1972. Ao total, 12 homens pisaram na superfície lunar, todos americanos.


Assista um vídeo com reportagem sobre o evento:




Norman Rockwell (Nova Iorque, 3 de fevereiro de 1894 — Stockbridge, Massachusetts, 8 de novembro de 1978) era muito popular nos Estados Unidos, especialmente em razão das 322 capas da revista The Saturday Evening Post que realizou durante mais de quatro décadas, e das ilustrações de cenas da vida americana nas pequenas cidades. Pintou os retratos dos presidentes Eisenhower, John Kennedy, Lyndon Johnson e Richard Nixon, assim como de outras importantes figuras mundiais. Um de seus últimos trabalhos foi o retrato da cantora Judy Garland, em 1969.

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segunda-feira, 15 de julho de 2019

A história da pintura de Gustav Klimt - Portrait of Adele Bloch-Bauer I

Gustav Klimt - Portrait of Adele Bloch-Bauer I – 1907 – óleo, prata e ouro sobre tela – 138 x 138 cm – Neue Galerie, New York


A história da pintura de Gustav Klimt - Portrait of Adele Bloch-Bauer I


O Retrato de Adele Bloch-Bauer I é o primeiro de dois retratos de Bloch-Bauer pintados por Klimt e tem sido referido como o trabalho final e mais plenamente representativo de sua fase dourada. Adele Bloch-Bauer (1881-1925) era uma requintada senhora dos salões vienenses, amante das artes, uma cliente e amiga próxima de Gustav Klimt. Klimt levou três anos para concluir a pintura. Desenhos preliminares para ela datam a partir de 1903/4. O quadro foi pintado em Viena e encomendado pelo marido de Adele, Ferdinand Bloch-Bauer. Como um rico industrial que fez fortuna na indústria do açúcar, ele patrocinou as artes e favoreceu e apoiou Gustav Klimt. Adele Bloch-Bauer tornou-se a única modelo que foi pintada duas vezes por Klimt, quando ele completou um segundo retrato dela, Retrato de Adele Bloch-Bauer II, em 1912.


Gustav Klimt - Portrait of Adele Bloch-Bauer II – 1912 – óleo sobre tela – 190 x 120 cm – Österreichische Galerie Belvedere, Viena, Áustria


Adele indicou no seu testamento que os quadros de Klimt deveriam ser doados à Austrian State Gallery. Em 1925 Adele faleceu de meningite, e quando os nazistas ocuparam a Áustria, o seu viuvo exiliou-se na Suíça. Todas as suas propriedades foram confiscadas, incluída a coleçao Klimt. No seu testamento de 1945, Bauer-Bloch designou os seus sobrinhos e sobrinhas, incluindo Maria Altmann, como herdeiros do seu patrimônio. Depois de uma batalha legal nos Estados Unidos e na Áustria, determinou-se em 2006 que Maria Altmann era a proprietária legal desta e de outras quatro pinturas de Klimt. Em junho de 2006 o trabalho foi vendido por US $ 135 milhões a Ronald Lauder da Neue Galerie, em Nova York, na época um preço recorde para uma pintura. A pintura está exposta na Neue Galerie desde julho de 2006. Lauder tentou por muitos anos recuperar a arte que tinha sido propriedade da comunidade judaica, a maioria da Alemanha e Áustria, e que fora confiscada ou roubada pelo governo nazista e trabalhou para esta meta enquanto foi embaixador dos Estados Unidos na Áustria, membro da "World Jewish Restitution Organization", e da comissão designada por Bill Clinton para examinar casos de roubo nazista. É significativo o comentário de Lauder ao recuperar o Retrato de Adele Bloch-Bauer I: "Esta é a nossa Mona Lisa”.


Gustav Klimt (Baumgarten, Viena, 14 de julho de 1862 — Viena, 6 de fevereiro de 1918) foi um pintor austríaco. Associado ao simbolismo, destacou-se dentro do movimento Art Nouveau austríaco e foi um dos fundadores do movimento da Secessão de Viena, que recusava a tradição acadêmica nas artes, e fundador também do jornal do movimento, “Ver Sacrum”. Klimt também foi membro honorário das universidades de Munique e Viena. Ele produziu um dos mais importantes corpos de arte erótica do século. Inicialmente bem-sucedido como um pintor acadêmico convencional, seu encontro com tendências mais modernas na arte europeia o encorajou a desenvolver seu próprio estilo eclético e muitas vezes fantástico. Os seus maiores trabalhos incluem pinturas, murais, esboços e outros objetos de arte, muitos deles expostos na Galeria da Secessão de Viena. Klimt completou várias obras-primas, incluindo O Beijo, Danaë e o Retrato de Adele Bloch-Bauer I.

Klimt escreveu pouco sobre sua visão ou seus métodos. Em um raro escrito chamado "Comentário sobre um autorretrato inexistente", ele afirma: "Eu nunca pintei um autorretrato. Estou menos interessado em mim mesmo como um tema para uma pintura do que em outras pessoas, acima de tudo, mulheres. Não há nada especial sobre mim. Eu sou um pintor que pinta dia após dia, de manhã à noite. Quem quiser saber algo sobre mim deve olhar atentamente para as minhas pinturas."


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segunda-feira, 1 de julho de 2019

Análise da pintura “Seaside (July: Specimen of a Portrait)” de James Tissot

James Tissot – Seaside (July: Specimen of a Portrait), c. 1878 – óleo sobre tela – 87,5 x 61 cm - Cleveland Museum of Art, Cleveland, Ohio, USA


Análise da pintura “Seaside (July: Specimen of a Portrait)” ("À beira-mar - Julho: Espécime de um Retrato)" de James Tissot


Esta pintura pertence a uma série de alegorias representando vários meses do ano. A pose relaxada da modelo e a praia distante sugerem férias de verão à beira-mar. Tissot parece ter ficado indeciso quanto ao título da pintura e é provável que as legendas foram adicionadas na esperança de atrair encomendas de retratos. Esta imagem encantadora e elegante, o ápice do trabalho de Tissot no auge de sua carreira, mostra sua musa e amante Kathleen Newton reclinada em um divã, em um dia quente de verão. Ela é vista com a cabeça emoldurada por uma janela através da qual aparece uma visão da praia em Ramsgate, um famoso resort à beira-mar na costa de Kent.

Em “Seaside” Kathleen aparece em um vestido de musselina branca. Esse vestido aparece em vários trabalhos de Tissot desse período, e deve ter sido um dos itens mais usados regularmente em seu guarda-roupa. Quanto ao cenário, sabe-se que o casal visitou Ramsgate aproximadamente em 1876. Mas seria errado ver a pintura como um registro literal de um feriado à beira-mar. Ela é, na verdade, uma ficção altamente sofisticada. Embora a luz de Ramsgate figure ao fundo, ela parece projetada fora da janela do estúdio de Tissot, em sua casa em St. John's Wood, Londres. A visão é, sem dúvida, baseada em um dos estudos topográficos que ele fez exatamente para esse tipo de uso, misturada com a familiaridade da roupa de Kate Newton, as almofadas de veludo amarelo o estofamento florido, e outros objetos de estúdio que encontramos em outras pinturas. Não há dúvida que Tissot criou uma imagem de fontes diferentes, e a impressão que a imagem produz é essencialmente produto de habilidade e imaginação.

Existe outra versão da pintura em uma coleção particular. As duas imagens são quase idênticas em tamanho e algumas vezes foram confundidas nos registros. Existem duas diferenças principais entre as duas versões. A primeira, pela qual o próprio Tissot foi responsável, é a vista através da janela. Na pintura de Cleveland, vemos um pequeno trecho de praia, cercado por ondas quebradas, com um foco muito mais próximo do que na outra versão, com a vista panorâmica de Ramsgate, abraçando o mar, a parede do porto e o farol. A segunda diferença parece ser o resultado de um posterior retoque, feito por outra pessoa, no penteado de Kate, que foi modernizado na pintura de Cleveland.


James Tissot – Seaside (July: Specimen of a Portrait), c. 1878 – óleo sobre tela – 86,4 x 60,3 cm – coleção particular


Para ler a história completa de Kate Newton e James Tissot e ver mais pinturas, clique sobre o link:

http://www.arteeblog.com/2014/07/historias-da-historia-da-arte-kate.html


James Joseph Jacques Tissot (Nantes, 15 de outubro de 1836 – Buillon, 8 de agosto de 1902) foi um pintor francês. Tissot expôs no Salão de Paris pela primeira vez aos 23 anos. A característica do seu primeiro período foi como pintor dos charmes femininos. Demi-mondaine seria a forma mais acurada de chamar uma série de estudos que ele chamou de La Femme a Paris (A mulher em Paris). Lutou na Guerra Franco-Prussiana e, sob a suspeita de ser comunista, deixou Paris em direção a Londres. Lá estudou com Seymour Haden, desenhou caricaturas para a Revista Vanity Fair, pintou retratos e também telas temáticas. Seu trabalho mais grandioso foi a produção de mais de 700 aquarelas ilustrando a vida de Jesus e sobre o Velho Testamento.


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http://www.arteeblog.com/2018/10/a-historia-da-pintura-de-james-tissot.html

http://www.arteeblog.com/2018/06/a-historia-da-pintura-de-james-tissot.html

http://www.arteeblog.com/2017/10/analise-da-pintura-last-evening-de.html

http://www.arteeblog.com/2015/04/a-historia-da-obra-de-james-tissot-in.html

http://www.arteeblog.com/2017/02/analise-da-pintura-de-edgar-degas.html


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