Gustav Klimt -
Portrait of Adele Bloch-Bauer I – 1907 – óleo, prata e ouro sobre tela – 138 x
138 cm – Neue Galerie, New York
A história da pintura de Gustav Klimt - Portrait of Adele
Bloch-Bauer I
O Retrato de Adele Bloch-Bauer I é o primeiro de dois
retratos de Bloch-Bauer pintados por Klimt e tem sido referido como o trabalho
final e mais plenamente representativo de sua fase dourada. Adele Bloch-Bauer
(1881-1925) era uma requintada senhora dos salões vienenses, amante das artes,
uma cliente e amiga próxima de Gustav Klimt. Klimt levou três anos para
concluir a pintura. Desenhos preliminares para ela datam a partir de 1903/4. O
quadro foi pintado em Viena e encomendado pelo marido de Adele, Ferdinand
Bloch-Bauer. Como um rico industrial que fez fortuna na indústria do açúcar,
ele patrocinou as artes e favoreceu e apoiou Gustav Klimt. Adele Bloch-Bauer
tornou-se a única modelo que foi pintada duas vezes por Klimt, quando ele
completou um segundo retrato dela, Retrato de Adele Bloch-Bauer II, em 1912.
Gustav Klimt - Portrait of Adele Bloch-Bauer II – 1912 –
óleo sobre tela – 190 x 120 cm – Österreichische Galerie Belvedere, Viena, Áustria
Adele indicou no seu testamento que os quadros de Klimt
deveriam ser doados à Austrian State Gallery. Em 1925 Adele faleceu de
meningite, e quando os nazistas ocuparam a Áustria, o seu viuvo exiliou-se na
Suíça. Todas as suas propriedades foram confiscadas, incluída a coleçao Klimt.
No seu testamento de 1945, Bauer-Bloch designou os seus sobrinhos e sobrinhas,
incluindo Maria Altmann, como herdeiros do seu patrimônio. Depois de uma
batalha legal nos Estados Unidos e na Áustria, determinou-se em 2006 que Maria
Altmann era a proprietária legal desta e de outras quatro pinturas de Klimt. Em
junho de 2006 o trabalho foi vendido por US $ 135 milhões a Ronald Lauder da
Neue Galerie, em Nova York, na época um preço recorde para uma pintura. A
pintura está exposta na Neue Galerie desde julho de 2006. Lauder tentou por
muitos anos recuperar a arte que tinha sido propriedade da comunidade judaica,
a maioria da Alemanha e Áustria, e que fora confiscada ou roubada pelo governo
nazista e trabalhou para esta meta enquanto foi embaixador dos Estados Unidos
na Áustria, membro da "World Jewish Restitution Organization", e da
comissão designada por Bill Clinton para examinar casos de roubo nazista. É
significativo o comentário de Lauder ao recuperar o Retrato de Adele
Bloch-Bauer I: "Esta é a nossa Mona Lisa”.
Gustav Klimt (Baumgarten, Viena, 14 de julho de 1862 —
Viena, 6 de fevereiro de 1918) foi um pintor austríaco. Associado ao
simbolismo, destacou-se dentro do movimento Art Nouveau austríaco e foi um dos
fundadores do movimento da Secessão de Viena, que recusava a tradição acadêmica
nas artes, e fundador também do jornal do movimento, “Ver Sacrum”. Klimt também
foi membro honorário das universidades de Munique e Viena. Ele produziu um dos
mais importantes corpos de arte erótica do século. Inicialmente bem-sucedido
como um pintor acadêmico convencional, seu encontro com tendências mais
modernas na arte europeia o encorajou a desenvolver seu próprio estilo eclético
e muitas vezes fantástico. Os seus maiores trabalhos incluem pinturas, murais,
esboços e outros objetos de arte, muitos deles expostos na Galeria da Secessão
de Viena. Klimt completou várias obras-primas, incluindo O Beijo, Danaë e o
Retrato de Adele Bloch-Bauer I.
Klimt escreveu pouco sobre sua visão ou seus métodos. Em um
raro escrito chamado "Comentário sobre um autorretrato inexistente",
ele afirma: "Eu nunca pintei um autorretrato. Estou menos interessado em
mim mesmo como um tema para uma pintura do que em outras pessoas, acima de
tudo, mulheres. Não há nada especial sobre mim. Eu sou um pintor que pinta dia
após dia, de manhã à noite. Quem quiser saber algo sobre mim deve olhar
atentamente para as minhas pinturas."
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