domingo, 28 de agosto de 2016

O Livro das Flores de Edward Burne-Jones

Edward Burne-Jones - Rose of Heaven, 1882-1898 – 15,6 x 15,6 cm – British Museum

Rosa do Paraíso (Venus e suas pombas entre as estrelas), Venus segurando um espelho na mão esquerda, percorrendo um caminho através do céu coberto de estrelas, ladeada por pombas. Nome da flor: Silene coeli rosa


O Livro das Flores de Edward Burne-Jones


O Livro das Flores de Edward Burne-Jones é uma série de 42 aquarelas redondas, pintada entre 1882 e 1898. As pinturas não retratam flores, em vez disso, elas foram inspiradas por nomes de flores. Segundo Burne-Jones é uma série de ilustrações para os nomes de flores. De acordo com a esposa do artista, Georgiana, nem uma única flor aparece nas obras dessa série. Elas foram pintadas para seu prazer, muitas enquanto ele estava descansando em sua casa de verão em Rottingdean, e foram descritas por sua esposa como “o mais suave trabalho que ele já fez".


Edward Burne-Jones - Love in a Tangle, 1882-1898 – desenho sobre papel – 16,3 x 16,2 cm – British Museum

Amor em um Emaranhado (Fair Rosamond em seu labirinto), uma mulher, sentada em um banco de pedra, enrolando um carretel de linha, uma treliça florescendo por trás e um labirinto no fundo. Nome da flor: Selaginella uncinata


Os trabalhos foram feitos em aquarelas, guache e tinta de ouro. As pinturas refletem a paisagem ao redor Rottingdean e incluem os temas favoritos de Burne-Jones. Em uma carta para uma amiga, Eleanor Leighton, Lady Leighton Warren, que lhe forneceu o nome de muitas flores, ele escreveu: "Veja como eu quero lidar com eles (os nomes das flores): não é o suficiente ilustrá-los, isto seria um trabalho tão pobre. Eu quero adicionar a eles ou espremer deles o seu segredo".


Edward Burne-Jones - Venus' Looking Glass, 1882-1898 – 15,5 x 15,5 cm – British Museum

O Espelho de Venus (A lua cheia se fez seu espelho), Vênus, seminua, aparece suspensa sobre a água, rodeada por aves, com o olhar dirigido através da paisagem celeste para a lua cheia além. Nome da flor: Legousia speculum-veneris


Quando faleceu, Burne-Jones deixou o álbum para sua esposa Georgiana, e ela publicou uma edição fac-símile de 300 cópias em 1905, em cooperação com a Sociedade de Belas Artes, em Londres. Cópias do Flower Book estão nas coleções do Birmingham Museums and Art Gallery e do Delaware Art Museum. O British Museum comprou o álbum original de pinturas de Georgiana Burne-Jones em 1909.


Retrato de Georgiana Burne-Jones por Edward Burne-Jones, 1883, mostrando ela segurando um livro diferente de flores – óleo sobre tela - 76 × 53 cm – coleção particular


Assista um vídeo que mostra todas as obras do Livro das Flores:





Sir Edward Coley Burne-Jones (Birmingham, 28 de agosto de 1833 – Londres, 17 de junho de 1898) foi um artista e designer inglês, envolvido no rejuvenescimento da tradição de vitrais na Inglaterra. As suas obras incluem as janelas de Birmingham Cathedral, a igreja de St Martin's, em Brampton, Cumbria, entre outras. Integrado ao movimento pré-rafaelita formado na Inglaterra em 1848, com grande influência do pintor Dante Gabriel Rossetti. Depois disso, Sir Edward Burne-Jones tornou-se um dos grandes nomes de uma nova tendência surgida na década de 1860, designada por Aestheticism. Além de pintura e vitrais, Burne-Jones trabalhou em vários tipos de arte, incluindo o design de azulejos de cerâmica, joias, tapeçarias, mosaicos e ilustrações de livros.


Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada. 


sábado, 27 de agosto de 2016

Man Ray, sua arte e fotografia

Man Ray – Black and White, 1926 – fotografia

Esta fotografia da cabeça de Kiki de Montparnasse ao lado de uma máscara cerimonial africana carrega um título que faz referência ao processo em preto e branco da fotografia. Ela foi criada num momento em que a arte e a cultura africanas estavam na moda. Os rostos ovais dos dois parecem quase idênticos em suas expressões serenas, porém há um contraste entre o rosto pálido e macio, com a máscara preta e brilhante. Man Ray explora temas estéticos de iluminação e imagens: um oval ao lado de outro oval, um deitado de lado contrasta com outro que está ereto, um iluminado de cima e o outro de lado. 


Man Ray, sua arte e fotografia


Man Ray – Jazz, 1919 – tempera e tinta sobre papel – 55,8 x 71,2 cm - Columbus Museum of Art, Ohio, USA


Man Ray (Emmanuel Radnitzky, 27 de Agosto de 1890 - 18 de Novembro de 1976) cresceu em Nova Jersey e tornou-se um artista comercial em Nova York na década de 1910. Trabalhou em um escritório de publicidade e, em seguida, como desenhista para editores de livros sobre engenharia, atlas e mapas. Ele começou a assinar seu nome Man Ray em 1912, embora sua família não alterasse o seu sobrenome para Ray até os anos 1920.


Man Ray – Ingre´s Violin, 1924 – fotografia

Inspirado pela pintura La Grande Baigneuse de Jean-Auguste-Dominique Ingres, Ray posicionou Kiki de Montparnasse usando um turbante como a modelo para esta foto. Ele transformou o corpo feminino em um instrumento musical pintando buracos de violino nas costas dela, brincando com a ideia de objetivação de um corpo animado. As obras de Ingres eram admiradas por muitos artistas surrealistas, por sua representação de figuras femininas distorcidas. A paixão bem conhecida de Ingres pelo violino criou a gíria em francês "Violon d'Ingres", que significa um hobby. Muitos descrevem “Le Violon d'Ingres” como um trocadilho visual, que descreve sua musa, Kiki, como o “Violon d'Ingres” de Man Ray.


Ele colaborou significativamente com o Dadaísmo e o Surrealismo. Produziu grandes obras em uma variedade de mídia, mas considerava-se um pintor acima de tudo. Ele era mais conhecido por sua fotografia, e era um fotógrafo renomado de moda e de retratos. Man Ray também é conhecido por seu trabalho com fotogramas, que ele chamava de "rayographs", em referência a si mesmo.


Man Ray - Orchestra from the portfolio Revolving Doors, 1926 – gravura - 55,9 x 37,8 cm – The Museum of Modern Art, New York, USA


Man Ray - Woman with Long Hair, 1929 – fotografia


Inicialmente, ele aprendeu sozinho a fotografar, de modo a reproduzir suas próprias obras de arte, que incluíam pinturas e técnica mista. Em 1921 ele se mudou para Paris e montou um estúdio fotográfico para se sustentar. Na década de 1920, também começou a fazer filmes. Ele logo se estabeleceu no bairro de Montparnasse, onde moravam muitos artistas. Pouco depois de chegar em Paris, Man Ray conheceu e se apaixonou por Kiki de Montparnasse (Alice Prin), modelo de artistas e celebrada personagem dos círculos boêmios de Paris. Kiki foi companheira de Man Ray durante a maior parte da década de 1920. Ela foi a modelo de algumas de suas imagens fotográficas mais famosos e atuou em seus filmes experimentais, Le Retour à la Raison e L'Étoile de Mer. Em 1929, ele começou um caso de amor com a fotógrafa surrealista Lee Miller. Durante 20 anos em Montparnasse, Man Ray foi um fotógrafo renomado. Membros importantes do mundo da arte, como James Joyce, Gertrude Stein, Jean Cocteau e Antonin Artaud, posaram para sua câmera. Man Ray participou da primeira exposição surrealista com Jean Arp, Max Ernst, André Masson, Joan Miró e Pablo Picasso na Galerie Pierre, em Paris em 1925.


Man Ray – Les Larmes, 1932 – fotografia

Esta fotografia recortada demonstra o interesse de Man Ray na narrativa cinematográfica. Os olhos da modelo e os cílios revestidos com rímel estão olhando para cima, levando os espectadores a imaginar para onde ela está olhando e qual é a fonte de sua angústia. A obra foi criada logo após o rompimento do artista com sua assistente e amante, Lee Miller. Ray criou vários trabalhos em uma tentativa de vingança sobre uma amante que o deixou. A modelo está com lágrimas de contas de vidro nas bochechas. Aqui, mais uma vez, Man Ray está explorando o seu interesse no real e irreal, desafiando o significado da fotografia.


Pouco antes da Segunda Guerra Mundial, Man Ray voltou para os Estados Unidos e se estabeleceu em Los Angeles a partir de 1940, até 1951. Ele estava desapontado por ter sido reconhecido somente por sua fotografia nos Estados Unidos e não pelo cinema, pintura, escultura e outros meios de comunicação em que trabalhava. Em 1951 Man Ray retornou a Paris. Ele se concentrou principalmente na pintura até sua morte em 1976.


Man Ray - La Fortune, 1938 – óleo sobre linho – 60,2 x 73,2 cm – The Whitney Museum of Art, New York, USA


"Registrar meus sonhos nunca foi meu objetivo, apenas a determinação para realizá-los." – Man Ray em catálogo da exposição Julien Levy, Abril de 1945.

"Criar é divino, reproduzir é humano." – Man Ray em "Originais Gráficos Múltiplos", por volta de 1968, publicado em Objets de Mon Affection, de 1983.

"Eu pinto o que não pode ser fotografado, o que vem da imaginação ou de sonhos, ou de um desejo inconsciente. Eu fotografo as coisas que eu não desejo pintar, as coisas que já têm uma existência." – Man Ray em entrevista sem data, por volta de 1970, publicada em “Man Ray: Fotógrafo”, de 1981.


Man Ray - Observatory Time: The Lovers, 1936 – óleo sobre tela – 100 x 250,4 cm – coleção particular

Quando Lee Miller deixou Man Ray em 1932, ele foi tomado por um desespero que expressou através da arte, fazendo algumas das obras mais memoráveis de sua carreira nesse período. Segundo ele, todos os dias, durante dois anos, ao acordar, a primeira coisa que fazia era continuar esta pintura, e isso o ajudou a superar a perda. Ele fez uma série de pinturas e objetos sobre os lábios de Lee Miller. 


Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Tom Jobim - Chovendo na Roseira



Tom Jobim - Chovendo na Roseira


Em 1967, Tom Jobim criou a valsa “Children´s Games” (Brincadeiras de Crianças), com arranjos de Eumir Deodato. Uma obra instrumental que faz o ouvinte se sentir num cenário, com personagens e enredo com início, meio e fim. Sete anos depois, a canção foi rebatizada como “Chovendo na Roseira” e recebeu a voz de Elis Regina, e um novo arranjo, do pianista César Camargo Mariano, para o disco “Elis e Tom”. A canção foi incluída no álbum duplo Terra Brasilis de 1980.

Olha! Está chovendo na roseira
Que só dá rosa mas não cheira
A frescura das gotas úmidas
Que é de Luisa, que é de Paulinho, que é de João
Que é de ninguém

Pétalas de rosa carregadas pelo vento
Um amor tão puro carregou meu pensamento

Olha! Um tico-tico mora ao lado
E passeando no molhado
Adivinhou a primavera

Olha! Que chuva boa prazenteira
Que vem molhar minha roseira
Chuva boa criadeira
Que molha a terra, que enche o rio, que limpa o céu
Que traz o azul

Olha! O jasmineiro está florido
E o riachinho de água esperta
Se lança em vasto rio de águas calmas

Ah! Você é de ninguém...

Clique sobre o vídeo abaixo:




Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1927 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1994), mais conhecido pelo seu nome artístico Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista brasileiro. É considerado o maior expoente de todos os tempos da música popular brasileira pela revista Rolling Stone e um dos criadores e principais forças do movimento da bossa nova.


Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945 — São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora conhecida por sua competência vocal, musicalidade, presença de palco, e é considerada por muitos críticos como a melhor cantora popular do Brasil entre os anos 1960 e o início dos anos 1980. Para muitos, foi a melhor cantora brasileira de todos os tempos, comparada a cantoras como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday. Foi casada com Ronaldo Bôscoli, com quem teve o músico João Marcelo Bôscoli (1970) e a partir de 1972, casou com o pianista César Camargo Mariano, com quem teve o músico Pedro Camargo Mariano (1975) e a cantora Maria Rita Camargo Mariano (1977). Aclamada no Brasil e no exterior, Elis Regina faleceu no auge de sua carreira, aos 36 anos de idade.




Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Análise da pintura “The Orange Trees” de Gustave Caillebotte

Gustave Caillebotte - The Orange Trees, 1878 – óleo sobre tela – 155 x 117 cm - Museum of Fine Arts Houston, Houston, USA


Análise da pintura “The Orange Trees” de Gustave Caillebotte

Caillebotte pintou esta tela na propriedade rural de sua família em Yerres, capturando o tema moderno de atividades de lazer refinadas. A cena ensolarada, com o calor do verão quase palpável irradiando do caminho do jardim, muito provavelmente foi pintada ao ar livre, de acordo com o estilo Impressionista. As pinceladas curtas e esboçadas empregadas por Caillebotte incorporam seu desejo de capturar um momento fugaz, aquele instante antes que as mudanças de luz e o sentimento de delicioso repouso tranquilo pudessem ser interrompidos. No entanto, mesmo esses aspectos impressionistas não são inteiramente responsáveis pela natureza marcante dessa pintura. Inspirado pela fotografia, gravuras japonesas, e a estética das avenidas recém-construídos do Barão Haussmann e prédios de apartamentos uniformes da moderna Paris, Caillebotte explorou uma nova maneira de ver e transpor essa visão em um plano bidimensional.

A imagem descreve uma cena diurna. O irmão de Caillebotte, Martial, está lendo, sentado à sombra das laranjeiras, de costas para o espectador. A prima deles, Zoé, está de pé, encostada em um dos grandes vasos de jardim, que contêm as árvores. As poses de Martial e Zoé sugerem que eles estão apreciando a tarde tranquilamente, imersos em seus pensamentos. As cadeiras de jardim no primeiro plano aparecem em outras obras pintadas em Yerres. Ao fundo, a luz do sol ilumina um canteiro circular cercado por um caminho curvo de cascalho, onde um cão parece estar dormindo. Caillebotte emprega um nítido contraste entre o primeiro plano de sombra, na parte inferior da imagem e o fundo brilhante. As sombras são pintadas em verdes e roxos opacos, enquanto o gramado e as flores são pintados em verdes, vermelhos e brancos brilhantes. Este contraste contribui para uma sensação de calor da tarde.

Foto do laranjal da propriedade Caillebotte em Yerres nos dias atuais


Gustave Caillebotte (19 de Agosto de 1848 - 21 de Fevereiro de 1894) foi um pintor francês, membro e patrono dos artistas Impressionistas, embora ele pintasse de uma forma muito mais realista do que os outros artistas do grupo. Gustave Caillebotte nasceu em uma família parisiense de classe alta. Seu pai, Martial Caillebotte (1799-1874), foi o herdeiro da empresa têxtil militar da família e também era um juiz. Em 1860, o pai de Gustave comprou uma grande propriedade em Yerres, ao sul de Paris e a família Caillebotte começou a passar muitos de seus verões lá, uma cidade às margens do rio Yerres. Provavelmente foi nessa época que Caillebotte começou a desenhar e pintar.

Por volta de 1874, Caillebotte conheceu e fez amizade com vários artistas que trabalhavam fora da Academia Francesa oficial, incluindo Edgar Degas e Giuseppe de Nittis. Os Impressionistas se separaram dos pintores acadêmicos que exibiam nos Salons de Paris anuais. Caillebotte fez sua estreia na segunda exposição Impressionista em 1876. Ele ficou entusiasmado com a visão fresca e radical dos impressionistas. Durante os seis anos seguintes, participou regularmente nas suas exposições, apresentando pinturas de pessoas e lugares que ele encontrava em Paris e seus arredores. Caillebotte se estabeleceu como uma força artística do grupo, bem como um organizador vital, que ajudou a curar e financiar as suas exposições, com dinheiro da fortuna herdada de seus pais. Durante sua breve carreira, ele também se tornou um patrono e mecenas significativo, acumulando uma coleção de mais de setenta obras, incluindo obras-primas de Degas e Renoir, bem como de Paul Cézanne, Claude Monet, Berthe Morisot, Camille Pissarro e Alfred Sisley. Ele legou sua coleção para o estado, e esta tornou-se a pedra angular da arte impressionista em museus nacionais franceses.


Foto da propriedade Caillebotte em Yerres nos dias atuais


Esse blog possui mais artigos sobre Gustave Caillebotte. Clique sobre esses links para ver:



Para mais informações e fotos sobre o Impressionismo, acesse o artigo “O Impressionismo é Impressionante” nesse blog, clicando sobre o link:



Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A história da pintura de Vincent van Gogh - Village Street and Steps in Auvers

Vincent van Gogh - Village Street and Steps in Auvers, Maio de 1890 – óleo sobre tela – 50 x 70 cm – Saint Louis Art Museum, USA


A história da pintura de Vincent van Gogh - Village Street and Steps in Auvers 

As expressivas linhas rodopiantes da rua em primeiro plano, se movem para trás, para o centro da composição e se juntam na base de uma escada em que um homem idoso com uma bengala, desce. Castanheiras estão em flor para a direita e a esquerda, e dois pares de mulheres caminham ao longo da rua. O trabalho é de uma densidade compacta, quase claustrofóbica e o céu quase não se vê. O local retratado é Rue de Sansonne, Auvers-sur-Oise, Ile-de-France, France.

A vida de Vincent van Gogh foi curta, mas sua luta por amor e reconhecimento foi longa e no final, insuportável. Porém, como muitas pessoas com problemas mentais, sua imaginação desempenhou um papel proeminente na forma como ele acreditava que outras pessoas pensavam sobre ele e sua arte. Vincent Willem van Gogh (Zundert, Holanda, 30 de Março de 1853 — Auvers-sur-Oise, França, 29 de Julho de 1890) foi um pintor pós-impressionista holandês. Seu trabalho teve uma grande influência na arte do século 20. Sua produção inclui retratos, autorretratos, paisagens e naturezas-mortas de ciprestes, campos de trigo e girassóis. Ele completou muitas de suas obras mais conhecidas durante os dois últimos anos de sua vida.

Durante sua breve carreira artística de dez anos, de 1880 a 1890, Van Gogh produziu mais de 2.100 obras de arte, incluindo 860 pinturas a óleo e mais de 1.300 aquarelas, desenhos, esboços e gravuras. Ele iniciou na Holanda, até que a França exerceu irresistível apelo, como para tantos artistas antes e depois dele. De 1886 a 1888, ele morou em Paris, de 1888 a 1889, em Arles, de 1889 a 1890, em Saint-Rémy, onde tentou se recuperar de uma doença mental e, finalmente, a partir de 20 de Maio de 1890 até sua morte, em 29 de Julho de 1890, ele morou em Auvers-sur-Oise, para tentar se recuperar completamente.




Auvers-sur-Oise é uma pequena aldeia à beira do rio Oise, cerca de 30 km de Paris. Era a cidade onde o Dr. Paul-Ferdinand Gachet, um médico, artista e colecionador, morava. Van Gogh recebeu tratamento dele e fez uma série de retratos do médico, algumas pinturas e uma gravura. Vincent mudou para um pequeno quarto em uma pousada de propriedade de Arthur Gustave Ravoux e imediatamente começou a pintar os arredores de Auvers-sur-Oise. Ele escreveu a seu irmão, Theo: "Auvers é muito bonita, é uma área rural, típica e pitoresca." Auvers era uma aldeia de artistas, onde pintores como Armand Guillaumin, Camille Pissarro, Charles-François Daubigny, Jean-Baptiste-Camille Corot e Paul Cézanne já haviam trabalhado. Em Auvers, Van Gogh pintou mais de 70 telas. Durante estas últimas semanas de sua vida, foi apenas devido ao seu trabalho que ele pôde esquecer sua doença.

O local da pintura, nos dias atuais


Ao entardecer de 27 de Julho de 1890, Van Gogh entrou nos campos de Auvers-sur-Oise e se matou com um tiro (há dúvidas se ele cometeu suicídio, ou se houve um acidente). Ele conseguiu se arrastar de volta para a pousada, onde morreu dois dias depois nos braços de seu irmão Theo. Além dele e do Dr. Gachet, alguns amigos de Paris, entre eles Bernard e "Père" Tanguy, participaram do funeral. A morte de Van Gogh provocou uma onda de condolências e discussões que revelaram o seu lugar no mundo da arte de seu tempo. A grande quantidade de literatura publicada posteriormente sobre a vida e obra de Van Gogh mostra que Theo estava certo quando disse: "Ele certamente não será esquecido".

Esse blog possui mais artigos sobre Van Gogh. Clique sobre os links abaixo para ver:








Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


terça-feira, 16 de agosto de 2016

Série Gustave Caillebotte – remadores

Gustave Caillebotte – Boaters Rowing on the Yerres, 1877-1879 – óleo sobre tela – 116 x 81 cm - coleção particular


Série Gustave Caillebotte – remadores


Gustave Caillebotte (19 de Agosto de 1848 - 21 de Fevereiro de 1894) foi um pintor francês, membro e patrono dos artistas Impressionistas, embora ele pintasse de uma forma muito mais realista do que os outros artistas do grupo.


Gustave Caillebotte – Boaters on the Yerres, 1877 – crayon – 86 x 52 cm – coleção particular


Gustave Caillebotte nasceu em uma família parisiense de classe alta. Seu pai, Martial Caillebotte (1799-1874), foi o herdeiro da empresa têxtil militar da família e também era um juiz. Em 1860, o pai de Gustave comprou uma grande propriedade em Yerres, ao sul de Paris e a família Caillebotte começou a passar muitos de seus verões lá, uma cidade às margens do rio Yerres. Provavelmente foi nessa época que Caillebotte começou a desenhar e pintar. Caillebotte se formou em Direito em 1868 e ele também era um engenheiro. Pouco depois de se formar, ele foi convocado para lutar na guerra franco-prussiana, e serviu de Julho de 1870 a Março de 1871 na Garde Nationale Mobile de la Seine. Após a guerra, Caillebotte começou a visitar o estúdio do pintor Léon Bonnat, onde começou a estudar pintura a sério. Desenvolveu rapidamente um estilo próprio. Em 1873, Caillebotte entrou na École des Beaux-Arts, mas, aparentemente, não passou muito tempo lá. Ele herdou a fortuna de seus pais entre 1874 e 1878.


Gustave Caillebotte – Boating on the Yerres, 1877 – óleo sobre tela – 156 x 103 cm - coleção particular


Por volta de 1874, Caillebotte conheceu e fez amizade com vários artistas que trabalhavam fora da Academia Francesa oficial, incluindo Edgar Degas e Giuseppe de Nittis. Os Impressionistas se separaram dos pintores acadêmicos que exibiam nos Salons de Paris anuais. Caillebotte fez sua estreia na segunda exposição Impressionista em 1876. Ele ficou entusiasmado com a visão fresca e radical dos impressionistas. Durante os seis anos seguintes, participou regularmente nas suas exposições, apresentando pinturas de pessoas e lugares que ele encontrava em Paris e seus arredores. Apresentando perspectivas distorcidas e temas modernos, as telas refletem o drama visual da capital, então sofrendo uma transformação radical em uma metrópole moderna, com imagens espetaculares dos novos espaços públicos desenhados no tempo de Napoleão III por seu prefeito Barão Haussmann, além de registros visuais de atividades de lazer em torno de Paris.


Gustave Caillebotte – Périssoires sur L’Yerres – óleo sobre tela – Milwaukee Art Museum


A abastada pensão que Caillebotte recebia, somada à herança que ele recebeu após a morte de seus pais, permitiram a ele pintar sem a pressão de vender seus trabalhos. Isso também o permitiu ajudar a financiar exibições Impressionistas e a dar suporte a companheiros artistas e amigos (incluindo Claude Monet, Auguste Renoir, e Camille Pissarro, dentre outros), ao comprar seus trabalhos e, pelo menos no caso de Monet, pagar o aluguel de seus estúdios. Além disso, Caillebotte usou sua fortuna para financiar vários hobbies pelos quais ele era apaixonado, incluindo colecionar selos, cultivo de orquídeas, construção de iates e design têxtil. Como um remador e iatista apaixonado, Caillebotte abordou seus temas com os olhos treinados e a mão de um engenheiro e desportista.


Gustave Caillebotte – Skiffs – 1877 – óleo sobre tela – 88.9 x 116.2 cm - National Gallery of Art, Washington, DC, USA


Caillebotte estabeleceu-se como uma força artística do grupo, bem como um organizador vital, que ajudou a curar e financiar as suas exposições. Durante sua breve carreira, ele também se tornou um patrono significativo, acumulando uma coleção de mais de setenta obras, incluindo obras-primas de Degas e Renoir, bem como Paul Cézanne, Claude Monet, Berthe Morisot, Camille Pissarro e Alfred Sisley.


Gustave Caillebotte – The Canoes – óleo sobre tela – 109 x 156 cm - Musée des Beaux-Arts, Rennes, France


Apesar destas realizações, Caillebotte permanece talvez o menos conhecido dos impressionistas franceses. Por causa de suas sólidas finanças, derivadas do bem-sucedido negócio do ramo têxtil de seu pai, ele não tinha necessidade de ganhar uma renda de sua arte. Portanto ele não vendeu seus quadros, e poucos entraram em coleções públicas. Depois que ele legou sua coleção para o estado, esta tornou-se a pedra angular da arte impressionista em museus nacionais franceses. Mas o legado impressionante, que incluiu apenas duas das suas próprias obras, ofuscou suas realizações artísticas e contribuiu ainda mais para sua obscuridade.


Gustave Caillebotte - Rower In A Top Hat - 1877–1878 - óleo sobre tela - 117 x 90 cm - coleção particular


Para mais informações e fotos sobre o Impressionismo, acesse o artigo “O Impressionismo é Impressionante” nesse blog, clicando sobre o link:



Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Frank Sinatra and Antonio Carlos Jobim - The Girl from Ipanema



Frank Sinatra and Antonio Carlos Jobim - The Girl from Ipanema

"Garota de Ipanema" foi composta em 1962 por Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim. Em 19 de março de 1963 foi lançada pela Verve Records e no ano seguinte, saiu no LP Getz/Gilberto, interpretada por Astrud Gilberto em conjunto com João Gilberto e Stan Getz, com a participação de Tom Jobim ao piano. A letra de Vinicius, foi inspirada em Helô Pinheiro, que passava frequentemente em frente ao Bar Veloso (hoje Garota de Ipanema), em Ipanema. Tom e Vinicius frequentavam assiduamente o bar, que dispunha de pequenas mesas na calçada. A Garota de Ipanema, Heloísa, morava perto e somente dois anos e meio depois, ficou sabendo que era a inspiração da canção. A versão em inglês desta canção é "The Girl from Ipanema", com letra escrita por Norman Gimbel em 1963. Já foi cantada por Frank Sinatra, Cher, Mariza, Madonna, Sepultura, Amy Winehouse e vários outros artistas.

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1927 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1994), mais conhecido pelo seu nome artístico Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista brasileiro. É considerado o maior expoente de todos os tempos da música popular brasileira pela revista Rolling Stone e um dos criadores e principais forças do movimento da bossa nova.

Francis Albert "Frank" Sinatra (Hoboken, 12 de dezembro de 1915 — Los Angeles, 14 de maio de 1998) foi um cantor e ator norte-americano. Lançou vários álbuns com aclamação crítica, realizou tours internacionais, e foi um dos fundadores do Rat Pack, além de fraternizar com celebridades e homens de estado, incluindo John F. Kennedy. Sinatra também forjou uma bem-sucedida carreira como ator, vencendo um Óscar de melhor ator secundário, uma nomeação para Oscar de melhor ator e aclamação crítica por sua performance. Sinatra foi homenageado no Prêmio Kennedy em 1983 e recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade de Ronald Reagan em 1985 e a Medalha de Ouro do Congresso em 1997. Sinatra também recebeu 11 Grammy Awards, incluindo o Grammy Trustees Award, Grammy Legend Award e o Grammy Lifetime Achievement Award. Possui duas estrelas na Calçada da Fama, uma por seu trabalho na música e outra por seu trabalho na TV norte-americana. É considerado um dos maiores intérpretes da música na década de 1950.



Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


terça-feira, 9 de agosto de 2016

John William Godward, sua arte e sua história

John William Godward – Dolce far Niente, 1904 – óleo sobre tela – 50,8 x 76,2 cm – coleção particular

Uma de suas pinturas mais conhecidas é Dolce far Niente (1904), que foi adquirida para a coleção de Andrew Lloyd Webber em 1995. Como no caso de várias outras pinturas, Godward pintou mais de uma versão: uma anterior (e menos conhecida) em 1897 e outra versão em 1906.


John William Godward, sua arte e sua história


John William Godward – Nerissa, 1906 – óleo sobre tela - 152.4 x 82.6 cm – coleção particular


John William Godward (Wimbledon, 09 de Agosto de 1861 - 13 de Dezembro de 1922) foi um pintor Inglês do final da era Neoclássica. Ele era um protegido de Sir Lawrence Alma-Tadema. Ele expôs na Royal Academy a partir de 1887. Quando Godward se mudou para a Itália com uma de suas modelos em 1912, sua família interrompeu todo o contato com ele. Godward voltou para a Inglaterra em 1921 e faleceu em 1922. Seu estilo de pintura saiu de moda com a chegada de pintores como Picasso. Ele cometeu suicídio aos 61 anos e supostamente escreveu em sua nota de suicídio que "o mundo não é suficientemente grande para eu e Picasso". Sua família já distante, que tinha desaprovado ele se tornar um artista, se sentiu humilhada por seu suicídio e queimou seus papéis e fotos.


John William Godward – The Sweet Siesta Of A Summer Day, 1891 – óleo sobre tela – 50,8 x 40,6 cm – coleção particular


John William Godward – Venus Binding Her Hair, 1913 – óleo sobre tela – coleção particular


Godward era um Neoclássico vitoriano, e, portanto, um seguidor da teoria de Frederic Leighton, porém mais estreitamente aliado estilisticamente, a Sir Lawrence Alma-Tadema. Godward é conhecido por suas representações de objetos retirados de vida antiga grega e romana colocados em ambientes elaborados, com o detalhamento especialmente cuidadoso e realista de peças arquitetônicas em mármore e de flores. A grande maioria das pinturas existentes de Godward apresentam mulheres em traje clássico, colocados nessas ambientações, embora hajam algumas figuras seminuas ou totalmente nuas.


John William Godward – Girl In Yellow Drapery, 1901 – óleo sobre tela – 61 x 30,5 cm - coleção particular


Alma-Tadema era, além de pintor, um arqueólogo, que visitou locais históricos e recolheu artefatos, mais tarde utilizados em suas pinturas. Godward, também, estudou detalhes como arquitetura e trajes, para assegurar que as suas obras tivessem autenticidade. Algumas pessoas o caracterizam equivocadamente como Pré-Rafaelita, pela aparência de mulheres bonitas em poses estudadas e por sua paleta de cores vibrantes em muitas de suas telas. A escolha dos seus temas (antiga civilização), contrasta com os temas Pré-Rafaelitas (por exemplo, a lenda do rei Arthur).


John William Godward – His Birthday Gift, 1889 – óleo sobre tela – 25,5 x 50,8 cm – coleção particular


Godward estabeleceu rapidamente uma reputação por suas pinturas de mulheres jovens em um ambiente clássico e por sua capacidade de transmitir com sensibilidade e domínio técnico a sensação de texturas contrastantes, como as de corpos humanos, mármore, peles de animais, flores e tecidos.


John William Godward – Summer Flowers, 1903 – óleo sobre tela – coleção particular


Veja pinturas com personagens musicais de John William Godward, clicando sobre esse link:



Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada. 


segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Pinturas com gatos

Pierre-Auguste Renoir - Child With Cat (Julie Manet), 1887 – óleo sobre tela - 65 x 54 cm - Musée d'Orsay, Paris, France


 Pinturas com gatos


Nikolaj Bogdanov-Belskij - Open window onto a garden, 1911 – óleo sobre tela - 165.2 x 117.2 cm – coleção particular


Mary Cassatt - Sara Holding a Cat, 1908 – óleo sobre tela - 40.6 x 33 cm – coleção particular


Suzanne Valadon - Bouquet and a Cat, 1919 – óleo sobre tela - 66.5 x 35 cm – coleção particular


Aldemir Martins - Yellow Cat and Flowers, 2002 – acrílico sobre tela – 80 x 100 cm – coleção particular


Pierre-Auguste Renoir - Sleeping Girl (Girl with a Cat), 1880 – óleo sobre tela – Sterling and Francine Clark Art Institute at Williamstown, MA, USA


 Franz Marc – Girl with Cat II, 1912 - óleo sobre tela - 66.5 x 71,5 cm – coleção particular


Pierre-Auguste Renoir - Geraniums and Cats, 1881 – óleo sobre tela - 92.7 x 73.7 cm – coleção particular


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Pinturas sobre esportes

Norman Rockwell (Estados Unidos 1894 – 1978) - Boy on High Dive

Esse blog possui um artigo que inclui essa pintura. Clique sobre esse link para ver:



Pinturas sobre esportes


Thomas Eakins (Estados Unidos 1844 – 1916) - The Biglin Brothers Racing, 1873



Paul Signac (França 1863 – 1935) - The Velodrome, 1899


Francisco Rebolo (São Paulo, Brasil 1902 – 1980) - Futebol – 1936


Raoul Dufy (França 1877 – 1953) - Regatta at Cowes, 1934


Gustavo Rosa (São Paulo, Brasil 1946 – 2013) - Pelé


Joaquín Sorolla y Bastida (Espanha 1863 – 1923) - In the Racing Shell, 1910


James Tissot - Croquet, 1878 - óleo sobre tela - 89,8 x 50,8 cm - Art Gallery of Hamilton, Ontario, Canada


Cândido Portinari (Brodowski 1903 – Rio de Janeiro 1962) - Futebol em Brodósqui


Theodore Gericault (França 1791 – 1824) – Boxers, 1818


Henri Rousseau - The Football Players, 1908 – óleo sobre tela - Solomon R. Guggenheim Museum, New York

Esse blog possui um artigo sobre Henri Rousseau. Clique sobre esse link para ver:



Norman Rockwell (Estados Unidos 1894 – 1978) - Choosin Up


Orlando Teruz (Rio de Janeiro 1902 – 1984) – Futebol


Max Liebermann (Alemanha 1847 – 1935) - Tennis Game by the Sea, 1901


Thomas Eakins (Estados Unidos 1844 – 1916) - Baseball Players Practicing, 1875


Inos Corradin (Itália / Brasil 1929) – Jogador de Futebol