Gustave
Caillebotte - The Orange Trees, 1878 – óleo sobre tela – 155 x 117 cm - Museum
of Fine Arts Houston, Houston, USA
Análise da pintura “The Orange Trees” de Gustave Caillebotte
Caillebotte pintou esta tela na propriedade rural de sua
família em Yerres, capturando o tema moderno de atividades de lazer refinadas.
A cena ensolarada, com o calor do verão quase palpável irradiando do caminho do
jardim, muito provavelmente foi pintada ao ar livre, de acordo com o estilo Impressionista.
As pinceladas curtas e esboçadas empregadas por Caillebotte incorporam seu
desejo de capturar um momento fugaz, aquele instante antes que as mudanças de
luz e o sentimento de delicioso repouso tranquilo pudessem ser interrompidos. No
entanto, mesmo esses aspectos impressionistas não são inteiramente responsáveis
pela natureza marcante dessa pintura. Inspirado pela fotografia, gravuras
japonesas, e a estética das avenidas recém-construídos do Barão Haussmann e
prédios de apartamentos uniformes da moderna Paris, Caillebotte explorou uma
nova maneira de ver e transpor essa visão em um plano bidimensional.
A imagem descreve uma cena diurna. O irmão de Caillebotte, Martial,
está lendo, sentado à sombra das laranjeiras, de costas para o espectador. A
prima deles, Zoé, está de pé, encostada em um dos grandes vasos de jardim, que
contêm as árvores. As poses de Martial e Zoé sugerem que eles estão apreciando
a tarde tranquilamente, imersos em seus pensamentos. As cadeiras de jardim no primeiro
plano aparecem em outras obras pintadas em Yerres. Ao fundo, a luz do sol
ilumina um canteiro circular cercado por um caminho curvo de cascalho, onde um
cão parece estar dormindo. Caillebotte emprega um nítido contraste entre o
primeiro plano de sombra, na parte inferior da imagem e o fundo brilhante. As
sombras são pintadas em verdes e roxos opacos, enquanto o gramado e as flores são
pintados em verdes, vermelhos e brancos brilhantes. Este contraste contribui
para uma sensação de calor da tarde.
Foto
do laranjal da propriedade Caillebotte em Yerres nos dias atuais
Gustave Caillebotte (19 de Agosto de 1848 - 21 de Fevereiro
de 1894) foi um pintor francês, membro e patrono dos artistas Impressionistas,
embora ele pintasse de uma forma muito mais realista do que os outros artistas
do grupo. Gustave Caillebotte nasceu em uma família parisiense de classe alta.
Seu pai, Martial Caillebotte (1799-1874), foi o herdeiro da empresa têxtil
militar da família e também era um juiz. Em 1860, o pai de Gustave comprou uma
grande propriedade em Yerres, ao sul de Paris e a família Caillebotte começou a
passar muitos de seus verões lá, uma cidade às margens do rio Yerres.
Provavelmente foi nessa época que Caillebotte começou a desenhar e pintar.
Por volta de 1874, Caillebotte conheceu e fez amizade com
vários artistas que trabalhavam fora da Academia Francesa oficial, incluindo
Edgar Degas e Giuseppe de Nittis. Os Impressionistas se separaram dos pintores
acadêmicos que exibiam nos Salons de Paris anuais. Caillebotte fez sua estreia
na segunda exposição Impressionista em 1876. Ele ficou entusiasmado com a visão
fresca e radical dos impressionistas. Durante os seis anos seguintes,
participou regularmente nas suas exposições, apresentando pinturas de pessoas e
lugares que ele encontrava em Paris e seus arredores. Caillebotte se estabeleceu como uma força artística do grupo, bem como um organizador
vital, que ajudou a curar e financiar as suas exposições, com dinheiro da
fortuna herdada de seus pais. Durante sua breve carreira, ele também se tornou
um patrono e mecenas significativo, acumulando uma coleção de mais de setenta obras,
incluindo obras-primas de Degas e Renoir, bem como de Paul Cézanne, Claude Monet,
Berthe Morisot, Camille Pissarro e Alfred Sisley. Ele legou sua coleção para o
estado, e esta tornou-se a pedra angular da arte impressionista em
museus nacionais franceses.
Foto da propriedade Caillebotte em Yerres nos dias atuais
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ResponderExcluirObrigada Julio.
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