Gustave
Caillebotte – Boaters Rowing on the Yerres, 1877-1879 – óleo sobre tela – 116 x
81 cm - coleção particular
Série Gustave Caillebotte – remadores
Gustave Caillebotte (19 de Agosto de 1848 - 21 de Fevereiro
de 1894) foi um pintor francês, membro e patrono dos artistas Impressionistas,
embora ele pintasse de uma forma muito mais realista do que os outros artistas
do grupo.
Gustave
Caillebotte – Boaters on the Yerres, 1877 – crayon – 86 x 52 cm – coleção particular
Gustave Caillebotte nasceu em uma família parisiense de
classe alta. Seu pai, Martial Caillebotte (1799-1874), foi o herdeiro da
empresa têxtil militar da família e também era um juiz. Em 1860, o pai de
Gustave comprou uma grande propriedade em Yerres, ao sul de Paris e a família
Caillebotte começou a passar muitos de seus verões lá, uma cidade às margens do
rio Yerres. Provavelmente foi nessa época que Caillebotte começou a desenhar e
pintar. Caillebotte se formou em Direito em 1868 e ele também era um engenheiro.
Pouco depois de se formar, ele foi convocado para lutar na guerra franco-prussiana,
e serviu de Julho de 1870 a Março de 1871 na Garde Nationale Mobile de la Seine.
Após a guerra, Caillebotte começou a visitar o estúdio do pintor Léon Bonnat,
onde começou a estudar pintura a sério. Desenvolveu rapidamente um estilo
próprio. Em 1873, Caillebotte entrou na École des Beaux-Arts, mas,
aparentemente, não passou muito tempo lá. Ele herdou a fortuna de seus pais
entre 1874 e 1878.
Gustave
Caillebotte – Boating on the Yerres, 1877 – óleo sobre tela – 156 x 103 cm - coleção
particular
Por volta de 1874, Caillebotte conheceu e fez amizade com
vários artistas que trabalhavam fora da Academia Francesa oficial, incluindo
Edgar Degas e Giuseppe de Nittis. Os Impressionistas se separaram dos pintores
acadêmicos que exibiam nos Salons de Paris anuais. Caillebotte fez sua estreia
na segunda exposição Impressionista em 1876. Ele ficou entusiasmado com a visão
fresca e radical dos impressionistas. Durante os seis anos seguintes, participou
regularmente nas suas exposições, apresentando pinturas de pessoas e lugares
que ele encontrava em Paris e seus arredores. Apresentando perspectivas
distorcidas e temas modernos, as telas refletem o drama visual da capital,
então sofrendo uma transformação radical em uma metrópole moderna, com imagens
espetaculares dos novos espaços públicos desenhados no tempo de Napoleão III
por seu prefeito Barão Haussmann, além de registros visuais de atividades de
lazer em torno de Paris.
Gustave
Caillebotte – Périssoires sur L’Yerres – óleo sobre tela – Milwaukee Art Museum
A abastada pensão que Caillebotte recebia, somada à herança
que ele recebeu após a morte de seus pais, permitiram a ele pintar sem a
pressão de vender seus trabalhos. Isso também o permitiu ajudar a financiar
exibições Impressionistas e a dar suporte a companheiros artistas e amigos
(incluindo Claude Monet, Auguste Renoir, e Camille Pissarro, dentre outros), ao
comprar seus trabalhos e, pelo menos no caso de Monet, pagar o aluguel de seus
estúdios. Além disso, Caillebotte usou sua fortuna para financiar vários
hobbies pelos quais ele era apaixonado, incluindo colecionar selos, cultivo de
orquídeas, construção de iates e design têxtil. Como um remador e iatista
apaixonado, Caillebotte abordou seus temas com os olhos treinados e a mão de um
engenheiro e desportista.
Gustave
Caillebotte – Skiffs – 1877 – óleo sobre tela – 88.9 x 116.2 cm - National
Gallery of Art, Washington, DC, USA
Caillebotte estabeleceu-se como uma força artística do grupo,
bem como um organizador vital, que ajudou a curar e financiar as suas exposições.
Durante sua breve carreira, ele também se tornou um patrono significativo,
acumulando uma coleção de mais de setenta obras, incluindo obras-primas de
Degas e Renoir, bem como Paul Cézanne, Claude Monet, Berthe Morisot, Camille
Pissarro e Alfred Sisley.
Gustave
Caillebotte – The Canoes – óleo sobre tela – 109 x 156 cm - Musée des
Beaux-Arts, Rennes, France
Apesar destas realizações, Caillebotte permanece talvez o
menos conhecido dos impressionistas franceses. Por causa de suas sólidas
finanças, derivadas do bem-sucedido negócio do ramo têxtil de seu pai, ele não
tinha necessidade de ganhar uma renda de sua arte. Portanto ele não vendeu seus
quadros, e poucos entraram em coleções públicas. Depois que ele legou sua
coleção para o estado, esta tornou-se a pedra angular da arte impressionista em
museus nacionais franceses. Mas o legado impressionante, que incluiu apenas
duas das suas próprias obras, ofuscou suas realizações artísticas e contribuiu
ainda mais para sua obscuridade.
Gustave
Caillebotte - Rower In A Top Hat - 1877–1878 - óleo sobre tela - 117 x 90 cm - coleção
particular
Para mais informações e fotos sobre o Impressionismo, acesse
o artigo “O Impressionismo é Impressionante” nesse blog, clicando sobre o link:
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