Pablo Picasso - uma pequena homenagem
Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso, ou simplesmente Pablo Picasso (Málaga, 25 de outubro de 1881 — Mougins, 8 de abril de 1973), foi um pintor, escultor e desenhista espanhol. Foi reconhecidamente um dos mestres da arte do século XX.
É considerado um dos artistas mais famosos e versáteis de todo o mundo, tendo criado mais de 20.000 trabalhos, não somente pinturas, mas também esculturas, cerâmica, gravura, desenho, cenários de teatro, usando, todos os tipos de materiais. Ele também é conhecido como sendo o co-fundador do Cubismo, junto com Georges Braque.
Nasceu na cidade de Málaga, em Andaluzia, região da Espanha, e recebeu o nome completo de Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso, filho de María Picasso y López e José Ruiz Blasco. em 1897 instala-se em Madrid. Após iniciar como estudante de arte em Madrid, Picasso fez sua primeira viagem a Paris (1900), a capital artística da Europa. Foi um período de extrema pobreza, frio e desespero. Muitos de seus desenhos tiveram que ser utilizados como material combustível para o aquecimento do quarto. Em 1901 com Soler, um amigo, funda uma revista Arte Joven, na cidade de Madri. O primeiro número é todo ilustrado por ele. Foi a partir dessa data que Picasso passou a assinar os seus trabalhos simplesmente “Picasso”, anteriormente assinava “Pablo Ruiz y Picasso".
VIDA AMOROSA
Picasso viveu paixões intensas, era fascinado pelas mulheres
e elas o amavam. Foi um namorado amoroso, um amante infiel e um marido cruel.
Fernande Olivier conheceu o pintor em 1904, no
Bateau-Lavoir, como era chamado o cortiço de madeira que abrigou o primeiro
ateliê do artista em Paris. Com 23 anos, era quatro meses mais velha que ele.
Elegante, bonita e determinada, viveu com Picasso os anos de pobreza e boemia. Mesmo
sem influenciar diretamente a obra do artista, foi ela quem lhe proporcionou a
estabilidade para fazer a transição entre a chamada fase azul (1901-1904),
caracterizada pela tristeza, miséria e morte, e a fase rosa, mais lúdica e
alegre, repleta de figuras circenses. Separaram-se em 1912, quando Picasso já
se encontrava com Eva Gouel, uma jovem de 25 anos, casada, que havia conhecido
em um circo.
Marcelle Humbert , conhecida como Eva Gouel foi, ao que tudo
indica, o grande amor do pintor. O caso de amor foi interrompido
prematuramente: Eva morreu de tuberculose, em 1915, deixando o pintor arrasado.
Em 1917, Picasso conheceu a bailarina russa Olga Koklova,
com quem se casou um ano depois. A união com a jovem de 27 anos surpreendeu os
amigos mais próximos, pois era a primeira vez que o pintor se submetia aos
caprichos de uma mulher. Possessiva, ciumenta e fútil, Olga queria um universo
de luxo que Picasso sempre ridicularizou. Enquanto esteve com ela, o indomável
touro espanhol se acalmou, passou a freqüentar a alta sociedade parisiense e a
retratar condes, princesas e baronesas. Com brigas e reconciliações, a relação
durou até 1935, quando Picasso a deixou. Mas eles nunca se divorciaram. Olga
morreu de câncer em 1955.
Marie-Thérèse Walter entrou na vida do pintor numa tarde de
janeiro de 1927, quando passeava perto das Galeries Lafayette, lojas de
departamento parisienses. Com 17 anos e muito simples, não tinha a menor idéia
de quem era o artista. Era atraente e loira, com lindos olhos azuis. Nunca
moraram juntos, mas mantiveram uma relação pelo menos até 1943. Costumava
visitá-la toda semana, com o consentimento da mulher que estivesse ao seu lado
oficialmente. Escreveu-lhe cartas de amor diariamente, por longos períodos. Em
1935, tiveram uma filha, Maria de la Concepcion, apelidada de Maya e nunca
reconhecida. Marie-Thérèse enforcou-se em 20 de outubro de 1977, quatro anos
depois de Picasso morrer.
No inverno de 1936, uma mulher morena de cabelos pretos e
olhos verdes, sentada no Deux-Magots, restaurante que o pintor freqüentava, lhe
chamou a atenção. Dora Maar era atraente e não convencional. Pintora, fotógrafa
e inteligente, foi amante de Picasso por sete anos. Incentivou-o a assumir
posicões políticas contra os governos de força, e em 1937 teve papel
fundamental na execução da obra Guernica. Ela fotografou passo a passo a
produção, ajudou a concebê-lo e até a pintá-lo. Foi a amante que mais sofreu
com a separação. Trocada por Françoise Gilot, entrou em processo esquizofrênico
e foi internada num hospital para doentes mentais. Depois, passou anos reclusa
num convento. Morreu sozinha em seu apartamento, em Paris, aos 90 anos.
Picasso conheceu Françoise Gilot, em 1943, no restaurante La
Catalan, enquanto jantava com Dora. Encantou-se com a estudante de cabelos
ruivos e grandes olhos verdes. Ela tinha 21 anos. Picasso, 62. Tiveram dois
filhos, Claude, nascido em 1947, e Paloma, em 1949. Retratada como a
mulher-flor, Françoise era sua nova modelo, a deusa da luz e da fecundidade. A
vida com Picasso trouxe momentos apaixonantes e extremamente criativos, mas
também lhe apresentou a angústia e a frustração. Dominador, possessivo e
mulherengo, continuava pregando o amor livre. Ela conviveu com as visitas
semanais de Picasso à Marie-Thérèse, com as loucuras de Olga e a autodestruição
de Dora Maar. A crescente indiferença do pintor e a tensão entre o casal
colocaram um ponto final no relacionamento de dez anos. Em 1953, fez as malas e
partiu com as crianças, deixando um Picasso perplexo. Foi a única mulher que
mostrou determinação para abandoná-lo.
Jacqueline Roque foi a última mulher de Picasso. Moraram
juntos por 20 anos, até a morte do pintor, em 1973. Conheceram-se quando
Picasso ainda vivia com Françoise, em 1952. Era jovem e bonita, como todas as
musas do artista.Tinha cabelos negros, olhos azuis e feições marcadas por
traços fortes. Em 1961, casaram-se. Jacqueline tornou-se secretária, agente,
enfermeira, protetora e controlou a vida do pintor, isolando-o de amigos e
familiares. Cultivava uma veneração doentia pelo marido, tratando-o
respeitosamente de monseigneur (meu senhor). Musa dos últimos anos, foi a
mulher que Picasso retratou de forma mais obsessiva. Matou-se em 1986, com um
tiro na cabeça.
Picasso exercia um magnetismo tão grande sobre suas amantes
que a vida para elas deixava de fazer sentido sem ele. Costumava se retratar
como um minotauro, um ser monstruoso, fruto de amores que vão além do
entendimento. Na Paris do século passado, Picasso devorou pessoas e eventos com
grande paixão, e transformou-as em arte.
Período Azul (1901-1904)
Consiste em obras sombrias em tons de azul e verde azulado, ocasionalmente usando outras cores. Desenhava prostitutas e mendigos e sua influência veio de viagens pela Espanha e do suicídio de seu amigo Carlos Casagemas. A cegueira é um tema recorrente no período. Outros temas frequentes são artistas, acrobatas e arlequins. O arlequim se tornou um símbolo pessoal para Picasso.
Pablo Picasso - "The Old Guitarist", 1904 - fase azul
Período Rosa (1905-1907)
O Período Rosa (1905–1907) é caracterizado por um estilo mais alegre com as cores rosa e laranja, e novamente com muitos arlequins. Muitas das pinturas são influenciadas por Fernande Olivier, sua modelo e seu amor na época.
Pablo Picasso - "Garcon à la Pipe", 1905 - fase rosa
Período Africano (1908-1909)
Pablo Picasso - "Les_Demoiselles_d'Avignon", 1907 - período africano
Cubismo analítico (1909-1912)
Pablo Picasso - "Still Life With Chain Caning", 1912 - período cubista
Cubismo sintético (1912-1919)
Pablo Picasso - "Guernica", 1937
Classicismo e surrealismo
Durante os anos 30, o minotauro substituiu o arlequim como motivação que ele usou em seu trabalho. Seu uso do minotauro veio parcialmente de seu contato com os surrealistas, que normalmente o usavam como símbolo, e aparece em Guernica.
Possivelmente o trabalho mais importante de Picasso é sua visão do bombardeio alemão em Guernica, Espanha — Guernica. Esta pintura representa para muitos a brutalidade e desesperança da guerra. Guernica esteve em exposição no Museu de Arte Moderna de Nova York por vários anos. Em 1981, Guernica voltou para a Espanha e foi exibida no Casón del Buen Retiro. Em 1992, a pintura ficou em exposição no Museu de Reina Sofia em Madri quando ele abriu.
Entre o começo e o fim da Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), dedica-se também à escultura, gravação e cerâmica. Como gravador, domina as diversas técnicas: água-forte, água-tinta, ponta-seca, litogravura e gravura sobre linóleo colorido. Além disso, sua dedicação à arte escultórica era esporádica. É considerado um dos pioneiros em realizar esculturas a partir de junção de diferentes materiais.
Em 1968, aos 87 anos, produziu em sete meses uma série de 347 gravuras recuperando os temas da juventude: o circo, as touradas, o teatro, as situações eróticas. Anos mais tarde, uma operação da próstata e da vesícula, além da visão deficiente, põe fim às suas atividades. Como uma honra especial, seu 90.º aniversário foi comemorados com exposição na grande galeria do Museu do Louvre. Torna-se assim o primeiro artista vivo a expor os seus trabalhos no famoso museu francês.
Pablo Picasso - Primeira pomba da Paz, escolhida como símbolo da Primeira Conferência Internacional da Paz em Paris em 1949
Pablo Picasso - Prato em cerâmica
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ResponderExcluirThank you, Hendrik Friedheim!
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