A Magia de Miró, Desenhos e Gravuras - e
Exposição de 69 obras sobre papel, entre gravuras e desenhos
com lápis e giz de cera de Joan Miró i Ferrà (Barcelona, 20 de Abril de 1893 —
Palma de Maiorca, 25 de dezembro de 1983), além de 23 fotografias em preto e
branco feitas por Alfredo Melgar, também curador da mostra, que propicia um
olhar mais intimo e pessoal da vida do artista catalão.
Quando jovem frequentou a Escola de Belas Artes da capital
catalã e a Academia de Gali. Em 1919, depois de completar os seus estudos,
visitou Paris, onde entrou em contato com as tendências modernistas como os
fauvismo e dadaísmo.
No início da década de 1920, conheceu o fundador do
movimento em que trabalharia toda a vida, André Breton, entre outros artistas
surrealistas. A pintura "O Carnaval de Arlequim", 1924-25, e
"Maternidade", 1924, inauguraram uma linguagem cujos símbolos remetem
a uma fantasia, sem as profundezas das questões psicanalistas surrealistas.
Participou na primeira exposição surrealista em 1925.
Em 1928, viajou para a Holanda, tendo pintado as duas obras
"Interiores Holandeses I" e "Interiores Holandeses II". Em
1937, trabalhou em pinturas-mural e, anos depois, em 1941, concebeu a sua mais
conhecida e radiante obra: "Números e Constelações em Amor com uma
Mulher". Mais tarde, em 1944, iniciou-se em cerâmica e escultura. Em suas
obras, principalmente nas esculturas, utiliza materiais surpreendentes, como a
sucata.
Três anos depois, rumou pela primeira vez aos Estados
Unidos. Já nos anos seguintes, durante um período muito produtivo, trabalhou
entre Paris e Barcelona.
No fim da sua vida reduziu os elementos de sua linguagem
artística a pontos, linhas, alguns símbolos e reduziu a cor, passando a usar
basicamente o branco e o preto.
Algumas obras revelam grande espontaneidade, enquanto em
outras se percebe a técnica feita com muito cuidado, e esse contraste também
aparece em suas esculturas. Miró tornou-se mundialmente famoso e expôs seus
trabalhos, inclusive ilustrações feitas para livros, em vários países.
Em 1954, ganhou o prêmio de gravura da Bienal de Veneza e,
quatro anos mais tarde, o mural que realizou para o edifício da UNESCO em Paris
ganhou o Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim. Em 1963, o Museu Nacional
de Arte Moderna de Paris realizou uma exposição de toda a sua obra.
Caixa Cultural São Paulo - Praça da Sé 111, São Paulo, Brasil - telefone: (11)
3321-4400
De terça a domingo, das 9h ás 19h - Até 20 de Abril de 2014
De São Paulo a exposição segue para Curitiba (Maio), Rio de
Janeiro (Julho), Recife (Outubro) e Salvador (Dezembro)
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