domingo, 30 de dezembro de 2018

Feliz Ano Novo! Happy New Year!



Feliz Ano Novo! Happy New Year!

Joy, peace and achievements to all of you who follow us, like, comment and share our posts! Thank you!




segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Pinturas com bancos e duas figuras de Édouard Manet e Claude Monet



Pinturas com bancos e duas figuras de Édouard Manet e Claude Monet

Veja aqui abaixo as pinturas, suas histórias e biografias dos seus artistas.


Édouard Manet – In the Conservatory, 1878-1879 – óleo sobre tela – 115 x 150 cm - Alte Nationalgalerie, Berlin


Aqui, despojada de artifício, uma mulher medita enquanto é intensamente observada. Essa pintura é uma das obras mais encantadoras de Manet. Ele retrata uma cena da vida da sociedade de Paris. Manet gostava de fazer composições com duas figuras, porque isso proporcionava um diálogo interessante entre os personagens, algumas vezes com cenas dramáticas e situações psicológicas intrigantes.

Essa pintura é um retrato duplo do casal Jules Guillemet e sua esposa, e o cenário é a estufa de plantas do pintor Johann Georges Otto Rosen, que Manet usou como um estúdio por nove meses em 1878 e 1879. Esse local pode ter sido mais do que uma estufa, era luxuosamente decorado e privativo. É uma pintura importante de Manet, devido à sensibilidade com que ele usou as mais delicadas nuances de cores e contrastes para retratar a relação psicologicamente tensa das duas figuras. O tema da foto é a interação entre uma dama elegante, proprietária de uma loja de moda em Paris, e o cavalheiro se virando em sua direção.

A interação de linhas define o trabalho. A mulher tem uma postura ereta ecoada pelas ripas verticais do banco, e o homem, embora inclinado para a frente, não quebra essa vertical. O banco continua do lado direito, reforçando a horizontal e a separação do primeiro plano e o plano de fundo. As dobras diagonais no vestido da mulher proporcionam algum alívio da linearidade da composição. "Desenhar não é forma", disse Manet, "mas o modo como as formas são vistas" e "Mesmo com a natureza, a composição é necessária". Essas máximas especificam a divergência de Manet em relação à doutrina impressionista da fidelidade à natureza.

Édouard Manet (Paris, 23 de janeiro de 1832 — Paris, 30 de abril de 1883) foi um pintor e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX. Manet era filho de pais ricos. Ele estudou com Thomas Couture. Sua obra foi fundada sobre a oposição de luz e sombra, uma paleta restrita em que o preto era muito importante, e em pintar diretamente do modelo. O trabalho do espanhol Velázquez influenciou diretamente a sua adoção deste estilo. Manet nunca participou nas exposições dos Impressionistas, mas continuou a competir nos Salões de Paris. Seus temas não convencionais tirados da vida moderna, e sua preocupação com a liberdade do artista em lidar com tinta fez dele um importante precursor do Impressionismo. A obra de Manet se tornou famosa no Salon des Refusés, a exposição de pinturas rejeitadas pelo Salon oficial. Em 1863 e 1867, ele realizou exposições individuais. Na década de 1870, sob a influência de Monet e Renoir, ele produziu paisagens e cenas de rua inspiradas diretamente pelo impressionismo. Ele permaneceu relutante em expor com os Impressionistas, e procurou a aprovação do Salão de toda a sua vida.


Esse blog possui mais artigos sobre Édouard Manet. Clique sobre os links abaixo para ver:









Claude Monet - Camille Monet on a Garden Bench, 1873 – óleo sobre tela – 60,6 x 80,3 cm – Metropolitan Museum of Art, New York


A arte de Monet dependia da observação de seu ambiente e é sempre autobiográfica. Em suas pinturas, pode-se identificar as estações, o clima ou, como aqui, a aparência da moda feminina em 1873. A esposa de Monet, Camille Doncieux, é facilmente reconhecível, assim como seu traje de veludo e damasco, que lembra muito o visual da primavera de 1873, como publicado na edição de março do periódico de moda La Mode Illustré.

Camille Monet em um Banco de Jardim é a mais enigmática das raras pinturas de gênero de Monet. Numerosas interpretações foram geradas. A pista mais reveladora pode ser biográfica: a morte do pai de Camille em setembro de 1873. Camille era uma modelo impassível, mas aqui ela transparece a tristeza, enquanto segura um bilhete em sua mão enluvada. Mais tarde, Monet identificou o cavalheiro como um vizinho, talvez alguém que veio para oferecer suas condolências e um buquê consolador. É interessante observar que a pintura tem um fundo luminoso, com cores ensolaradas, enquanto a área do banco com Camille está mais escuro, sombreado, talvez assim evidenciando o contraste entre a vida das outras pessoas e o estado emocional de Camille.

Claude Monet (Paris, 14 de novembro de 1840 — Giverny, 5 de dezembro de 1926) foi em quase todos os sentidos o fundador da pintura impressionista francesa, o próprio termo vindo de uma de suas pinturas, “Impressão, Sol Nascente”. Aos 11 anos, ele entrou na escola secundária das artes Le Havre. Cinco anos mais tarde, ele conheceu o artista Eugène Boudin, que lhe ensinou as técnicas de pintura "plein air" e tornou-se seu mentor. Aos 16 anos, Monet deixou a escola, indo para Paris, onde em vez de estudar as obras de arte dos grandes mestres, sentava-se à janela e pintava o que via fora. Aos 28 anos, depois de sair do exército e da guerra na Algéria, de volta em Paris, estudou os métodos "en plein air", juntamente com Pierre-Auguste Renoir, Frederic Bazille e Alfred Sisley, e desenvolveu o estilo de pintura que logo seria conhecido como Impressionismo. Ele exibiu muitas de suas obras em 1874, na primeira exposição impressionista. A ambição de Monet de documentar a paisagem francesa o levou a adotar um método de pintar a mesma cena muitas vezes para capturar a mudança de luz e o passar das estações.

Após a morte de sua esposa Camille por tuberculose depois do nascimento de seu segundo filho, Monet resolveu nunca mais viver na pobreza novamente, e estava determinado a criar algumas das melhores obras de arte do século XIX. Em 1890, ele estava próspero o suficiente para comprar uma casa grande com jardim em Giverny, onde começou um vasto projeto de paisagismo que incluiu lagoas com lírios, e que se tornariam o tema de suas obras mais conhecidas. Em 1899 ele começou a pintar os nenúfares, primeiro em vistas verticais com uma ponte japonesa como um elemento central, e mais tarde numa série de pinturas em larga escala que iria ocupá-lo continuamente pelos próximos 20 anos de sua vida.


Esse blog possui mais artigos sobre Claude Monet. Clique sobre os links para ver:









Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Análise da pintura de Edvard Munch – “The Brooch. Eva Mudocci”

Edvard Munch – The Brooch. Eva Mudocci, 1903 – litogravura - 76 × 53.2 cm – Munch Museum, Oslo


Análise da pintura de Edvard Munch – “The Brooch. Eva Mudocci”


Eva Mudocci (Rose Lynton, 1883 a 1953) era uma jovem e talentosa violinista britânica que Munch conheceu em 1902. Juntamente com a pianista Bella Edwards, ela excursionou pela Europa dando concertos que lhe trouxeram renome e aclamação. Edward Munch a conheceu em Paris em 1903. Eva Mudocci foi apresentada a Munch por seu amigo compositor Frederick Delius. Munch ficou tão inspirado por ela que fez essa famosa litografia.

Os dois se tornaram amigos íntimos. Inicialmente, o relacionamento era de natureza erótica, mas com o tempo se tornou mais parecido com um relacionamento fraternal. De 1902 a 1908, ela foi uma das confidentes mais próximas de Munch. Mudocci tornou-se uma figura ideal e uma musa para o artista, e este retrato, com sua atmosfera lírica e ritmos musicais, é sem dúvida um dos melhores retratos femininos de Munch.

Na litografia, Mudocci está retratada a partir de um ângulo baixo. Seu cabelo solto e escuro flui livremente em torno de seu rosto pálido. Seu olhar é baixo e virado para um lado, para algo além da moldura e invisível para o espectador. O ponto focal para a imagem é o seu broche, que cria um bom equilíbrio na composição e realça o seu olhar enigmático. O broche foi um presente do historiador de arte norueguês Jens Thiis em 1901. Mudocci aparece em outros dois trabalhos que Munch finalizou no mesmo ano: Violin Concert e Salome.

Eva Mudocci declarou sobre essa litografia: "Ele queria fazer um retrato perfeito de mim, mas cada vez que ele começava uma pintura a óleo, ele a destruía, porque ele não estava feliz com ela. Ele teve mais sucesso com as litografias, e as pedras que ele usou foram enviadas para o nosso quarto no Hotel Sans Souci em Berlim acompanhadas por uma nota que dizia: "Aqui está a pedra que caiu do meu coração".


Eva Mudocci com seu violino Stradivarius: “The Emiliani”, que hoje é propriedade de outra famosa violinista: Anne Sophie Mutter!


Esse blog possui um artigo sobre gravuras, incluindo litografias. Clique sobre esse link abaixo para ver:

http://www.arteeblog.com/2015/06/gravuras-o-que-sao-os-tipos-e-exemplos_2.html


Edvard Munch (Løten, 12 de Dezembro de 1863 — Ekely, 23 de Janeiro de 1944) foi um pintor e gravurista norueguês, cujo tratamento intensamente evocativo de temas psicológicos foram construídos sobre alguns dos principais dogmas do Simbolismo do final do século 19, e exerceu grande influência no expressionismo alemão do início do século 20. Munch perdeu sua mãe e irmã favorita por tuberculose antes de seu décimo quarto aniversário. Tendo abandonado o estudo de engenharia devido a doenças frequentes, Munch decidiu se tornar um artista. Seus primeiros trabalhos revelaram a influência dos pintores plein-ar, como Monet e Renoir. Em 1889, Munch começou a passar longos períodos em Paris. Exposto ao trabalho de Gauguin e outros simbolistas franceses, Munch desenvolveu uma linguagem simplificada de cores ousadas e linha sinuosa para expressar sua visão do sofrimento humano, como a doença e a morte, depressão e alienação.

Como muitos artistas que amadureceram na esteira do impressionismo, Edvard Munch começou sua carreira pintando cenas estreitamente observadas do mundo em torno dele. Mas a obra de Munch assumiu uma ênfase cada vez mais profunda na subjetividade e uma rejeição ativa da realidade visível. O estilo único e altamente pessoal que ele desenvolveu para transmitir humor, emoção, ou memória influenciou fortemente o curso da arte do século XX e, em particular, o desenvolvimento do Expressionismo. Sobre sua arte, dizia: "Minha arte é realmente uma confissão voluntária e uma tentativa de explicar a mim mesmo minha relação com a vida. É, portanto, na verdade, uma espécie de egoísmo, mas eu constantemente espero que através desta, eu possa ajudar os outros a alcançar a clareza".


Esse blog possui mais artigos sobre Edvard Munch. Clique sobre os links abaixo para ver:

http://www.arteeblog.com/2017/10/analise-de-scream-o-grito-de-edvard.html

http://www.arteeblog.com/2015/09/a-historia-inspiracao-e-o-local-da.html

http://www.arteeblog.com/2016/06/serie-edvard-munch-estudio-em-ekely.html

http://www.arteeblog.com/2016/01/edvard-munch-o-friso-da-vida-um-poema.html


Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Análise da pintura de Georges Seurat – Bathers at Asnières

Georges Seurat - Bathers at Asnières, 1884 – óleo sobre tela – 201 x 300 cm – National Gallery of Art, London


Análise da pintura de Georges Seurat – Bathers at Asnières


Essa foi a primeira das composições em grande escala de Seurat e é sua tentativa inicial de conciliar o classicismo com abordagens modernas e quase científicas de cor e forma. Retrata uma área no rio Sena perto de Paris, perto das fábricas de Clichy que se pode ver à distância. Asnières é um subúrbio industrial a noroeste de Paris, no rio Sena. Essa pintura mostra um grupo de jovens trabalhadores aproveitando seu tempo de lazer, no seu dia de folga, junto ao rio. Os chapéus de palha e coco são pistas para o status desses homens, assim como suas poses casuais e postura relaxada. Bathers at Asnières possui um tamanho geralmente reservado para pinturas históricas, que retratam um momento crucial em eventos mundiais. Usando uma tela tão grande para retratar homens anônimos, Seurat rompeu com as convenções de uma maneira que confundiu os críticos.

A paleta de Seurat é um pouco impressionista em seu brilho, mas sua abordagem meticulosa está muito distante desse estilo. As figuras da classe trabalhadora que povoam essa cena marcam um contraste agudo com os tipos burgueses ociosos retratados por artistas como Monet e Renoir na década de 1870. Embora a pintura não tenha sido executada usando a técnica pontilhista de Seurat, que ele ainda não havia inventado, o artista depois retrabalhou áreas dessa imagem usando pontos de cores contrastantes para criar um efeito vibrante e luminoso. Por exemplo, pontos de laranja e azul foram adicionados ao chapéu do menino.

Seurat fez estudos em crayon para as figuras individuais, usando modelos vivos e também fez pequenos esboços a óleo no local, para ajudar a projetar a composição e registrar os efeitos da luz e da atmosfera. Cerca de 14 esboços a óleo e 10 desenhos sobrevivem. A composição final, pintada no estúdio, combina informações de ambas mídias.

Bathers at Asnières retrata a classe trabalhadora na margem esquerda do rio Sena. Seurat realizou outra pintura, que hoje é uma das mais famosas do mundo, “A Sunday Afternoon on the Island of La Grande Jatte” em seguida dessa, em que retrata pessoas da classe média desfrutando uma tarde de lazer na margem direita do rio Sena. Talvez Seurat quis destacar o contraste entre os dois grupos de pessoas, fazendo algum tipo de manifesto social.


Georges Seurat - A Sunday Afternoon on the Island of La Grande Jatte, 1884-86 – óleo sobre tela - 207.5 x 308.1 cm – Art Institute of Chicago, Chicago, USA

Esse blog possui um artigo sobre a pintura de Georges Seurat - A Sunday Afternoon on the Island of La Grande Jatte. Clique sobre o link abaixo para ver:



Georges-Pierre Seurat (2 de dezembro de 1859 - 29 de março de 1891) foi um pintor e desenhista francês, pós-impressionista. Ele é reconhecido principalmente como o pioneiro da técnica Neoimpressionista comumente conhecida como Divisionismo, ou Pontilhismo. Georges Seurat registrou paisagens e outros temas calmos, simplificando-os em formas geométricas e convertendo todas as cores e formas em pequenos pontos. Isso foi radical, para o desenvolvimento da arte moderna e abstrata. O uso por Seurat desta técnica altamente sistemática e "científica", posteriormente chamada pontilhismo, distinguiu sua arte da abordagem mais intuitiva à pintura usada pelos impressionistas. Embora Seurat abraçasse o tema da vida moderna, preferido por artistas como Claude Monet e Pierre-Auguste Renoir, ele foi além de sua preocupação em capturar as qualidades acidentais e instantâneas da luz na natureza.

Inspirado pelos efeitos ópticos e pela percepção inerentes às teorias da cor de Michel Eugène Chevreul, Ogden Rood e outros, Seurat adaptou esta pesquisa científica à sua pintura. Seurat contrastava pontos em miniatura ou pequenas pinceladas de cores que, quando unificadas opticamente no olho humano, eram percebidas como uma única sombra ou tonalidade. Ele acreditava que essa forma de pintura, chamada divisionismo na época, mas agora conhecida como pontilhismo, tornaria as cores mais brilhantes e poderosas do que pinceladas padrão. O uso de pontos de tamanho quase uniforme veio no segundo ano de seu trabalho na pintura, 1885-86.

Seu sucesso o levou rapidamente à frente da avant-garde parisiense. Seu triunfo foi de curta duração, uma vez que após apenas uma década de trabalho maduro ele faleceu com apenas 31 anos. Mas suas inovações seriam altamente influentes, moldando o trabalho de artistas tão diversos como Vincent Van Gogh e os Futuristas italianos.


Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.