quarta-feira, 29 de abril de 2015

12 Pinturas de Galerias de Arte

Norman Rockwell – “The Connoisseur” – 1962 – óleo sobre tela

Em 1962, os críticos de arte aclamavam Jackson Pollock e sua "action painting" e Norman Rockwell pintou essa tela, como a dizer: "É disso que vocês gostam agora?"

12 Pinturas de Galerias de Arte


Alexandre Brun – “View of the Salon Carré at the Louvre” - c.1880 – óleo sobre tela – Louvre Museum


Sir Lawrence Alma-Tadema – “A Sculpture Gallery in Rome at the Time of Agrippa” – 1867 – óleo sobre tela - 62.2 x 47 cm


John Lavery – “The Opening of the Modern Foreign and Sargent Galleries at the Tate Gallery, 26 June 1926” – óleo sobre tela - 1926


David Teniers the Younger – “The Picture Gallery of Archduke Leopold Wilhelm” – 1640 – óleo sobre tela - 128 x 96 cm - Altes Schloss Schleissheim, Oberschleissheim, Germany

Veja mais obras da Galeria do Archduke Leopold Wilhelm por David Teniers the Younger e a histórias das obras além de acessar uma delas de maneira interativa, em outro artigo desse blog, clicando sobre o link abaixo:



Giovanni Paolo Panini – “Gallery of Views of Modern Rome” – 1759 – óleo sobre tela


Norman Rockwell – “The Art Critic” – 1955 – óleo sobre tela – 100,3 x 92 cm – Norman Rockwell Museum


Juarez Machado – “Vernissage Elegante” – 2005 – óleo sobre tela - 99.1 x 132.1 cm


Alfred Joseph Woolmer  – “Interior of the British Institution (Old Master Exhibition, Summer 1832)” – 1833 – óleo sobre tela - 71.8 x 92.1 cm - Yale Center for British Art


Edward Petrovich Hau – “Interiors of The New Hermitage, The Room of the Russian School” – 1855 – aquarela - 30.8 x 37 cm – Hermitage Museum


Carl Larsson – “Interior of the gallery Furstengerg in Gooteborg” – 1885 – aquarela sobre papel


Norman Rockwell – “Picasso vs Sargent” - 1966



terça-feira, 28 de abril de 2015

John Pizzarelli - The girl from Ipanema



John Pizzarelli - The girl from Ipanema

John Pizzarelli está se apresentando novamente com Daniel Jobim (neto de Tom Jobim) no Cafe Carlyle, em New York até 2 de Maio de 2015. Assista um trecho do show de 2014:





segunda-feira, 27 de abril de 2015

Exposição: Arte do Brasil no Século 20

Di Cavalvanti – “Cinco Moças de Guaratinguetá”

Exposição: Arte do Brasil no Século 20


Alfredo Volpi - "Fachada com bandeiras" - 1959


Cândido Portinari – “O lavrador de café”

Arte do Brasil no século 20 apresenta uma seleção de obras da coleção do MASP, em diálogo inédito com documentos do arquivo histórico e fotográfico do museu. O recorte não pretende construir uma história abrangente da arte do século 20. Ao contrário, o conjunto é fragmentado, e, se há uma história que ele revela, é a do próprio museu e de seu acervo. Ao lado das obras, são expostos documentos referentes a elas, como correspondências, fotografias, folhetos, catálogos e textos diversos. Ao trazê-los a público, é possível conectar cada trabalho com os contextos sociais e políticos em que foram produzidos, exibidos e adquiridos. Nesse sentido, tanto Arte do Brasil no século 20 como a exposição que a complementa, Arte do Brasil até 1900, no segundo subsolo, são uma oportunidade para compreender o acervo de arte brasileira do MASP – seu passado e suas possibilidades futuras.


Maria Auxiliadora Silva – “Capoeira”


Liane Chammas – “Christiane e Annabella”

As obras estão ordenadas cronologicamente por sua datação, com agrupamentos de trabalhos do mesmo autor. Com isso, abandona-se a perspectiva tradicional da história da arte, com seus movimentos, gerações e períodos, sua ideia de progresso e linearidade.

Carybé – “Briga de cachorros”


Anita Malfatti - "A Estudante" - 1915-1916

O acervo do MASP revela o grande ímpeto dos primeiros dez anos de aquisições (1947-57), que resultou num extraordinário conjunto de obras de pintores modernistas, como Anita Malfatti, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Lasar Segall e Vicente do Rego Monteiro. Já nas décadas seguintes, o museu passa a fazer aquisições mais pontuais. 


Rafael Borjes – “Vista de Salvador”


Flávio de Carvalho - "Retrato da Pintora Tarsila" - 1971


Há uma forte presença da arte figurativa, em oposição ao abstracionismo. Nas décadas de 1940 e 1950, a abstração era promovida pelo empresário norte-americano Nelson Rockefeller (1908-1979) e pelo Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York no contexto da “política de boa vizinhança” dos Estados Unidos com o Brasil. O foco na figuração é reflexo do próprio interesse de Pietro Maria Bardi (1900-1999), diretor do MASP desde sua fundação até 1990. Por trás desse interesse estava uma suspeita de que, numa abordagem mais formalista, a arte abstrata resultaria numa despolitização da arte.

Geraldo de Barros – “Fotoforma” - 1950


Hércules Barsotti - "Proposição emblemática X" - 1981


Ao longo dos anos, o MASP expôs e adquiriu obras de artistas visionários e autodidatas que operavam fora do circuito ortodoxo da arte moderna e contemporânea e da Academia, algo que interessava particularmente Lina Bo Bardi (1914-1992), arquiteta responsável pelo projeto do MASP. Esse é o caso de Agostinho Batista de Freitas, José Antônio da Silva, Hélio Mello, Maria Auxiliadora e Rafael Borjes de Oliveira. São artistas que retrataram histórias, paisagens, costumes e culturas do povo brasileiro, muitas vezes marginalizados pela elite e burguesia locais.


Pancetti – “Autorretrato com marreta” – 1941


Agostinho Batista de Freitas (1927-1997) – MASP - 1971


A partir de 1991, com a criação da Coleção Pirelli MASP de Fotografia, o museu consegue acompanhar a produção de fotografia no Brasil, trazendo para o acervo mais de 1200 obras. Aqui é apresentada uma pequena seleção, com obras de Arthur Omar, Cláudia Andujar, George Leary Love, Geraldo de Barros, German Lorca, Marcel Gautherot e Thomas Farkas.


Sepp Baendereck – “Índios Xavantes na missão São Marcos”


A expografia de Arte do Brasil no século 20, com painéis suspensos, é inspirada no projeto da antiga sede do MASP de Lina Bo Bardi, na rua 7 de Abril, na década de 1950. Ela antecipa o retorno da radical expografia dos cavaletes de vidro de Bo Bardi, inaugurada em 1968 no MASP da avenida Paulista. A retomada dos cavaletes na coleção permanente do museu está prevista para o segundo semestre deste ano. Como suportes transparentes no lugar de paredes, eles criam um espaço único no qual convivem diferentes obras, artistas, estilos e escolas, além do próprio visitante, rompendo com uma narrativa convencional da arte e permitindo que novas histórias venham à tona.


Arte do Brasil do século 20, com remontagem de expografia da Lina Bo Bardi para o Masp na antiga sede na rua 7 de Abril


Texto: MASP – Museu de Arte de São Paulo – Assis Chateaubriand


Esta exposição é complementada por Arte do Brasil até 1900. Veja em artigo desse Blog:



Arte do Brasil no século 20
MASP – Museu de Arte de São Paulo – Assis Chateaubriand
Até 28 de junho de 2015
Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP
Informações: 3251-5644



domingo, 26 de abril de 2015

David Parsons: Nascimento



David Parsons: Nascimento

Parsons Dance é uma companhia de dança contemporânea fundada pelo coreógrafo David Parsons. Com sede em Nova York, foi fundada em 17 de julho de 1985. Desde a sua fundação, Parsons Dance já percorreu seis continentes. A empresa é composta por nove bailarinos em tempo integral. Mantém um repertório de mais de 80 obras, vinte das quais com partituras originais de compositores e músicos, incluindo Dave Matthews, Michael Gordon, Milton Nascimento, John Mackey, e Phil Woods.


Milton do Nascimento (Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1942), mineiro de coração, é um cantor e compositor brasileiro, reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos cantores e compositores da Música Popular Brasileira. Tem como parceiros e músicos que regravaram suas canções, nomes como: Wayne Shorter, Pat Metheny, Björk, Peter Gabriel, Sarah Vaughan, Chico Buarque, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Fafá de Belém e Elis Regina. Já recebeu 5 prêmios Grammy. Em 1998, ganhou o Grammy de Best World Music Album em 1997. Milton já se apresentou na América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África.


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Ringo Starr - Postcards From Paradise



Ringo Starr - Postcards From Paradise

O baterista dos Beatles disse em entrevista à apresentadora Ellen DeGeneres que ele havia gravado um novo álbum, mas ainda faltava uma música e o título do álbum. Então durante um voo voltando de um show, ele começou a escrever frases aleatórias em um papel e percebeu que estava escrevendo títulos de músicas dos Beatles. Então pensou: "Ei, eu fiz parte dessa banda, então eu posso usar esse material!" e assim compôs essa canção.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

A história da obra de James Tissot: “In the Conservatory (Rivals)” ou “Na Estufa (Rivais)”

James Tissot - “In the Conservatory (Rivals)”, c. 1875 - 1876 – óleo sobre tela - 38.4 x 51.1 cm - coleção particular


A história da obra de James Tissot: “In the Conservatory (Rivals)” ou “Na Estufa (Rivais)”

Nesta encantadora pintura de um encontro social, James Tissot apresenta alguns dos esplendores que a riqueza disponibilizava na década de 1870: plantas exóticas de todo o mundo, objetos de arte orientais e do século XVIII e mulheres jovens atraentes, vestidas na última moda. É uma imagem que mostra a ascensão meteórica de Tissot, desde que chegou à Inglaterra em 1871, e foi projetada para atrair os novos colecionadores, que foram parcialmente fundamentais no seu rápido sucesso.
Tissot se estabeleceu em Londres, durante o segundo semestre de 1871, quando encomendas de retratos e a London International Exhibition de 1872 ofereciam melhores perspectivas de trabalho e ganhos do que a Paris pós Commune e Siege (O cerco de Paris, de 19 de setembro de 1870 a 28 de Janeiro 1871, e a consequente captura da cidade por forças prussianas, levou à derrota francesa na Guerra Franco-Prussiana e o estabelecimento do império alemão, bem como a Comuna de Paris). Pinturas expostas por Tissot em 1872 foram abocanhadas por colecionadores e isso resultou em um fluxo contínuo de pedidos. No início de 1873 Tissot foi capaz de arrendar uma grande casa com jardim na Grove End Road, St John Wood, um subúrbio de Londres arborizado, onde muitos artistas moravam. Ele encomendou ao jovem arquiteto escocês, John McKean Brydon, um projeto e a construção de uma extensão da casa, com estúdio e Jardim de Inverno (estufa), que dobrou o espaço do andar térreo da casa e proporcionou um ambiente elegante, para entreter os amigos, clientes e imprensa crítica. O projeto de Brydon, exibido na Royal Academy em 1874, mostra o grande estúdio com duas janelas de sacada, que Tissot usou como cenário para inúmeras pinturas.
A entrada em degraus dá acesso através de portas de vidro duplo ao jardim. Ao longo do comprimento do estúdio há uma estufa de altura dupla, que preenche o fundo da obra “In the Conservatory”. Foi descrita como separada do estúdio por um arranjo de divisórias de vidro e cortinas, que pode ser visto claramente na pintura. Estufas eram utilizadas como extensões de salas, mas precisavam de uma maneira de fecha-las de modo que o clima correto pudesse ser mantido para as plantas exóticas.


James Tissot - “In the Conservatory (Rivals)” – óleo sobre tela - 38.4 x 51.1 cm - detalhe

Duas jovens em vestidos formais próprios para a tarde, em musselina plissada azul com chapéus combinando, dominam o centro da composição. Uma sentada, tomando chá, suas luvas removidas fora de vista, os lábios entreabertos como se estivesse dizendo algo para o casal sentado em frente, em cuja direção ela olha. Este casal, à direita da pintura, sentam perto um do outro, mas não interagem. O jovem de cabelos escuros parece encerrado em seus pensamentos, a jovem mulher no vestido rosa e chapéu combinando, sem sorrir, quase taciturna. Sua falta de interação é destacada por contraste com um par de pé ao fundo, na estufa: um homem com bigode ruivo, sua cartola segura por trás dele, olhando para a mulher ao lado dele, vestida com vestido de musselina branca com decoração de fita amarela. Ela olha para baixo e segura em sua mão direita um leque aberto que cobre a parte inferior do rosto. Os dois estão absortos um no outro e há claramente uma forma de conversação ou flerte entre eles.
Algumas pessoas interpretam o par no primeiro plano à direita como sendo a mãe das meninas vestidas de azul e um pretendente com pouco entusiasmo por elas. Mas ela parece muito jovem para ser a mãe, embora pudesse ser uma dama de companhia casada, e sua linguagem corporal sugere que ela e o jovem são um casal, ainda que, entre eles paire uma atmosfera gelada. Eles tiveram uma discussão, talvez antes delas chegarem, ou o jovem disse algo de cortesia, ou mostrou atenção indevida, a uma ou mais das jovens vestidas de azul? Tissot é o mestre contador de histórias, plantando pistas instigantes através de gestos, expressões e detalhes incidentais, mas deixando seus contos visuais ambíguos e abertos a diferentes interpretações.
Ao fazer os espectadores imaginando o que foi dito ou está prestes a acontecer, Tissot mantém seus quadros frescos e relevantes, para que cada espectador traga as suas próprias experiências e sentimentos em sua interpretação da obra. Isso faz com que as imagens de Tissot sejam tão fascinantes e populares para as audiências modernas como eram para os seus contemporâneos. A especulação quanto ao seu conteúdo e significado também levou a vários títulos diferentes sendo dados às obras de Tissot por proprietários e marchands. "Rivais", embora seja um título que Tissot deu a uma pintura diferente, poderia se aplicar aqui entre a jovem de vestido rosa e as duas garotas vestidas de azul. "Chá da tarde" é a ocasião social.
No centro da pintura, a segunda jovem em musselina azul, com decorações de fita mais escuras do que a primeira, está por trás de uma pequena mesa Biedermeier, para onde uma bandeja com xícaras de chá foi trazida. Ela possui um leque fechado na mão direita enluvada e olha para o espectador, os lábios entreabertos como se estivesse dizendo algo, sua mão esquerda na bandeja de chá, prestes a levantá-la e oferecer-nos uma xícara. O espectador está sendo convidados para a reunião, há um banquinho de espera. É possível que as duas jovens em azul sejam irmãs, pois nessa época. irmãs (não apenas gêmeas) muitas vezes usavam vestidos iguais.
Jardins de Inverno (ou estufas) como o de Tissot eram uma símbolo máximo de riqueza e luxo, sua construção de vidro e metal era cara. Plantas exóticas de todo o mundo eram caras para comprar, mas eram muito mais caras para manter, especialmente a rega das plantas e o aquecimento do seu ambiente através de um sistema de tubos de água quente escondidos. A estufa de Tissot transborda com espécimes fabulosos, dispostos a justapor formas, tamanhos e tons de verde, com uma dispersão de cor de camélias e outras plantas com flores. Os franceses eram famosos por seu arranjo artístico de plantio em parques, jardins e estufas durante o século 19, e Tissot exibe seu próprio talento e paixão pela arte em suas pinturas da estufa e jardim em Grove End Road.


James Tissot - "The Bunch of Lilacs" – 1875 – óleo sobre tela - 53,4 x 38,1 cm - coleção particular

O traje de musselina com fitas azuis mais escuras é usado novamente em "The Bunch of Lilacs", no interior da estufa de Tissot. Aqui, a jovem retirou o chapéu, segurando-o pela corda em seu dedo mindinho esquerdo, deixando a mão esquerda apoiar o jarro de lilases que ela segura pela alça em sua mão direita. O piso de azulejos polidos reluzentes, vislumbrado no fundo da imagem do chá da tarde, é mostrado com perfeição, com a jovem e plantas ao redor espelhados em sua superfície. Vários objetos orientais são vistos nas duas pinturas, como uma lanterna oriental, gaiola, um grande queimador de incenso em bronze, um pote de cerâmica azul e branco em um suporte. Tissot era um grande colecionador de arte oriental em Paris, e depois em Londres. Algumas de suas cerâmicas chinesas e japonesas, têxteis, fotografias e outras obras de arte aparecem em inúmeras pinturas.


James Tissot – "The Fan" – 1875 – óleo sobre tela - 38,1 x 48,3 cm - Wadsworth Atheneum Musum of Art, Hartford, Connecticut, USA

Esta pequena pintura usa a mesma modelo loira (embora diferentemente vestida), com um nariz delicado e queixo pontudo, que é vista bebendo chá no lado esquerdo da pintura “In the Conservatory (Rivals)”, e era uma das favoritas antes do artista conhecer o grande amor de sua vida, Kathleen Newton, por volta de 1876.

James Joseph Jacques Tissot (Nantes, 15 de outubro de 1836 – Buillon, 8 de agosto de 1902) foi um pintor francês. Tissot expôs no Salão de Paris pela primeira vez aos 23 anos. A característica do seu primeiro período foi como pintor dos charmes femininos. Demi-mondaine seria a forma mais acurada de chamar uma série de estudos que ele chamou de La Femme a Paris (A mulher em Paris). Lutou na Guerra Franco-Prussiana e, sob a suspeita de ser comunista, deixou Paris em direção a Londres. Lá estudou com Seymour Haden, desenhou caricaturas para a Revista Vanity Fair, pintou retratos e também telas temáticas. Seu trabalho mais grandioso foi a produção de mais de 700 aquarelas ilustrando a vida de Jesus e sobre o Velho Testamento.


Veja mais informações sobre James Tissot no artigo desse blog: Histórias da História da Arte: Kate Newton e o pintor James Tissot. Clique sobre o link:

http://www.arteeblog.com/2014/07/historias-da-historia-da-arte-kate.html


Tissot fez mais uma pintura com esse título, ambientada na sua estufa, onde retratou seu grande amor, Kate Newton fazendo crochê e conversando com dois senhores.


James Tissot – Rivals, c. 1878 – 1879 – óleo sobre tela – 92 x 68 cm – coleção particular


Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas compartilhe usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais.



segunda-feira, 20 de abril de 2015

Série Joan Miró: Constelações

Joan Miró – “The Morning Star”, 1940 – guache sobre papel - 38 x 46 cm - Fundació Joan Miró, Barcelona


Série Joan Miró: Constelações


Constelações é uma série de 23 pequenas pinturas sobre papel, iniciada por Joan Miró em 1939 em Varengeville-sur-Mer e concluída em 1941 entre Mallorca e Mont-Roig del Camp. A Fundació Joan Miró preserva “A Estrela da Manhã” (The Morning Star), uma das peças mais importantes da série.
Em agosto de 1939, um mês antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial, Miró e sua família fugiram de Paris e mudaram para Varengeville-sur-Mer, uma pequena cidade na Normandia. Este sentimento de escapar é claramente refletido na produção harmônica e poética desta série. Em Varengeville-sur-Mer, pintou os dez melhores trabalhos da série que mais tarde foi chamada de Constelações, começando com “The Dawn” e “The Scale of Evasion”. Depois de escapar da França, Miró continuou a série Constelações em Mallorca, criando mais dez obras mais complexas. As três últimas foram criadas em 1941, em sua casa ancestral em Mont-Roig del Camp.


Joan Miró – “Constellation Awakening at Dawn” - guache sobre papel - 46 x 38 cm


“Eu senti um profundo desejo de fugir. Eu me tranquei deliberadamente. A noite, a música e as estrelas começaram a desempenhar um papel na minha pintura.” - Joan Miró


Joan Miró – “The Migratory Bird” – 1941 – guache e óleo sobre papel - 46 x 38 cm


Esta série é caracterizada por formas de estrelas, aves e mulheres. Miró estava construindo a sua própria linguagem madura. As formas são sobrepostas em diferentes maneiras para criar um espaço de cor específico. Esta nova ideia foi repetida constantemente na obra do artista. Felizmente, as séries são datadas, permitindo a seqüência em ordem cronológica.


Joan Miró – “The Beautiful Bird Revealing the Unknown to a Pair of Lovers” – 1941 – guache, óleo e carvão sobre papel - 45.7 x 38.1 cm – The Museum of Modern Art - © 2015 Successió Miró / Artists Rights Society (ARS), New York / ADAGP, Paris 


Os fundos das obras são todos pintados em tons suaves, e a grande maioria delas estão cheias de linhas de interseção pretas, com detalhes pintados nas cores primárias. Miró usou mapas astrais que eram como representações do espaço cósmico.


Joan Miró – “Figure at Night Guided by the Phosphorescent Tracks of Snails” 


Joan Punyet, neto do artista, disse em uma entrevista na TV: “As Constelações são uma pausa sublime. Elas são o caminho para o poder. Em direção ao Universo. Elas são uma porta para escapar de uma guerra circunstancial, de um genocídio, da brutalidade de um disparate. As Constelações parecem dizer: a minha única salvação nesta tragédia mundial é o espírito, a alma que me leva ao céu. Isso me leva ao sublime. É como se Miró fosse um pássaro noturno capaz de escapar da terra, viajando por todo o céu, as estrelas, as constelações, para capturá-las todas com uma mão, e chamá-las de volta à Terra, em uma folha de papel.” - John Punyet


Joan Miró – “Woman Encircled by the Flight of a Bird” – 1941


Joan Miró i Ferrà (1893-1983) foi um escultor, pintor, gravurista e ceramista surrealista catalão. Em 1919, depois de completar os seus estudos, esteve em Paris, onde conheceu Pablo Picasso e entrou em contato com as tendências modernistas como os fauvismo e dadaísmo. No início da década de 1920, conheceu o fundador do movimento surrealista André Breton entre outros artistas. A pintura “O Carnaval de Arlequim” de 1924-25, e “Maternidade” de 1924, inauguraram uma linguagem cujos símbolos remetem a uma fantasia, sem as profundezas das questões psicanalistas surrealistas. Participou na primeira exposição surrealista em 1925.


Joan Miró na Tate Modern

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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Mostra “Op-Art – Ilusões do Olhar”



Mostra “Op-Art – Ilusões do Olhar”




O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta, entre 16 de abril e 1 de junho, a exposição Op-Art – Ilusões do Olhar, com um vasto panorama da optical art, ou arte ótica, e sua influência no design, arquitetura, mobiliário, moda, cinema e publicidade. Com curadoria de Denise Mattar, a mostra foi idealizada pela Fundação Oftalmológica Dr. Rubem Cunha.





 Op-Art – Ilusões do Olhar é a primeira mostra abrangente, realizada no Brasil, sobre esse movimento, surgido no final da década de 1950. A exposição conta com mais de 200 itens, que estarão divididos em três módulos temáticos: 1. Design gráfico, mobiliário e objetos; 2. Obras de arte; e 3. Moda, cinema e publicidade. A lista de artistas participantes inclui alguns dos mais importantes e expressivos representantes do movimento no Brasil e no exterior, dos concretistas aos contemporâneos, mostrando como, na era digital, a Op-Art voltou a ser uma referência. Estarão em exposição, por exemplo, trabalhos dos designers Alexandre Wollner, Almir Mavignier e Antonio Maluf; dos estilistas: Alceu Penna, Versace, Gareth Pugh, Martha Medeiros e Sandro Barrros; além dos artistas plásticos Abraham Palatnik, Lygia Clark, Hélio Oiticica, Hércules Barsotti, Hermelindo Fiaminghi, Luiz Sacillotto, Angelo Venosa, Hilal Sami Hilal, Julio Le Parc, Victor Vasarely e Carlos Cruz-Diez.


Raymundo Colares - Arte nos Muros - pintura sobre cartão - 56 x 82 cm


Com expografia de Guilherme Isnard, que utilizará efeitos de luz e profundidade para acentuar as características da mostra, OP-Art terá um espaço interno para a Fundação Oftalmológica Rubem Cunha que realizará, durante o período expositivo, a medição da acuidade visual a estudantes atendidos pelo Educativo MCB. “O desconhecimento de problemas visuais é um dos principais elementos responsáveis pela evasão escolar no Brasil”, afirma o Dr. Marcelo Cunha, da Fundação Rubem Cunha. “Dessa forma, a exposição Op-Art – Ilusões do Olhar cria um evento único, associando design, arte e moda a uma causa social”, conclui o médico.


Luiz Sacilotto - Concreção 5735 -  1957 - alumínio e madeira pintada - 61 x 61 x 6 cm

Confira abaixo detalhes dos conteúdos da exposição por módulos:

1: OP-ART NO DESIGN GRÁFICO, MOBILIÁRIO E OBJETOS
Cartazes originais de Rubem Ludolf, Alexandre Wollner e Antonio Maluf.

Design gráfico da Tricot-lã, década de 1960, Adolpho Leirner.

Cerca de 50 objetos entre pratos, canecas, xícaras, luminárias, mouse-pads, skates, almofadas e relógios de parede de designers brasileiros e estrangeiros.

Mobiliário de Zanine Caldas, Abraham Palatnik e Julien Pecquart.

Exemplos de arquitetura Op-Art no Brasil e no mundo, em projeções.

Projeto original de Raymundo Colares para pintura em prédio no Rio de Janeiro.


Maurício Nogueira Lima - Sem título – 1951 - guache sobre cartão - 77 x 57 cm


2 : ARTE
Cerca de 30 trabalhos,dentre pinturas, esculturas e objetos.

Artistas brasileiros (pintura): Lygia Clark, Hélio Oiticica, Aluísio Carvão, Luiz Sacillotto, Mauricio Nogueira Lima, Hércules Barsotti, Hermelindo Fiaminghi, Geraldo de Barros, Lothar Charoux, Ivan Serpa, Ubi Bava, Hilal Sami Hilal, entre outros.

Artistas brasileiros (esculturas e objetos): Abraham Palatnik, Mary Vieira, Raymundo Colares, Paulo Roberto Leal, Angelo Venosa, entre outros.

Artistas estrangeiros: Julio Le Parc, Victor Vasarely, Carlos Cruz-Diez, entre outros.


Ubi Bava - Você no Cubo – acrílico tratado e espelhos parabólicos sobre aglomerado em madeira – 69 x 69 cm


3: MODA, CINEMA E PUBLICIDADE
Vestido de noite de Alceu Penna e Hercules Barsotti, 1960.

Vestidos criados especialmente para a mostra pelos estilistas Sandro Barros e Martha Medeiros.

Roupas vintage: Capa de chuva em vinil, vestidos curtos, blusa Versace.

Projeção com fotos de roupas de época e dos desfiles de: Givenchy (2010),Louis Vuitton (2013), Mark Jacobs (2013), Gareth Pugh (2014), entre outros.

Acessórios vintage e contemporâneos: bolsas, óculos, sapatos, lenços etc.

Publicidade: Pond’s, Ferrari, Avon, entre outras, apresentados em vídeo.

Cinema: The Responsive Eye, de Brian de Palma e Anémic Cinema, de Marcel Duchamp


Vestido com estampa de Hércules Barsotti  Para a Rhodia – 1968-1972 – coleção Masp






Sobre a OP-Art
A Op-Art surgiu no final da década de 1950, e despontou internacionalmente a partir da exposição The Responsive Eye, organizada pelo MoMA, de Nova York, em 1965. Descendente de movimentos como o Suprematismo, Construtivismo e Concretismo seus trabalhos têm como principais características a repetição de formas simples, o uso do preto e branco, os contrastes de cores vibrantes e as luzes e sombras acentuadas. A ambiguidade entre primeiro plano e fundo gera ilusões de movimento e profundidade. As obras da Op-Art criam um espaço tridimensional, que não existe, mas parece tornar-se real. Tais efeitos despertaram uma nova relação com a obra de arte, exigindo do público uma verdadeira participação.


Luiz Sacilotto – Concreção 7452 – óleo sobre tela – 1974


Sobre a curadora Denise Mattar
Denise Mattar é uma das mais conhecidas e premiadas curadoras do Brasil. 
 Sobre a Fundação Dr. Rubem Cunha
A Fundação Oftalmológica Dr. Rubem Cunha é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo prevenir e tratar doenças oculares da população de baixa renda. A mostra Op-Art – Ilusões do Olhar comemora os dez anos de trabalho filantrópico prestado a crianças e idosos carentes pela entidade.


Hermelindo Fiaminghi - Alternado III - esmalte sobre madeira - 53 x 53 cm


Texto: Museu da Casa Brasileira