Paul Cézanne - Jas de Bouffan, the Pool, c. 1876 – óleo sobre
tela – 46,1 x 56,3 cm – The Hermitage Museum, Saint Petersburg, Russia
Duas pinturas de Paul Cézanne da piscina em Jas de Bouffan e
o local nos dias atuais
Jas de Bouffan era a propriedade nos arredores de
Aix-en-Provence adquirida pelo pai do artista. Cézanne pintou a casa e a grande
piscina várias vezes. Aqui, a piscina é mostrada em sua forma mais atraente,
uma vez que, para além da vegetação, que fornece o esquema geral de cores, os
detalhes arquitetônicos e esculturais também são visíveis: o leão de arenito
amarelo, o golfinho brincando e torcendo sua cauda, os portões e um prédio
antigo. Um detalhe bastante incomum para Cézanne está incluído na pintura: a
piscina está sendo enchida com água.
Ao descrever a água que flui de dois tubos e os reflexos
distorcidos pelas ondulações, Cézanne parece sucumbir às tentações do
impressionismo. Normalmente ele teria retratado o espelho d´água como uma lisura
de água parada. No entanto, a pintura está longe de impressionista: as grandes
pinceladas ordenadas não possuem a mobilidade impressionista. A paisagem foi
pintada no local, o que explica por que o tom de cinza-azul do céu, o verde da
Provence e seu solo amarelo terem sido transmitidos com tanta exatidão. A
harmonia desses tons exibe uma compreensão magistral de cor.
Paul
Cézanne - The Pool at the Jas de Bouffan, 1888-1890 – óleo sobre tela – 64,8 x
81 cm – The Metropolitan Museum of Art, New York
A afeição de Cézanne com a propriedade de sua família, o Jas
de Bouffan, perto de Aix, é refletida nos muitos pontos de vista que ele pintou
da propriedade ao longo de um quarto de século. Ele descreveu a estrada na
parte inferior direita desta composição várias vezes no final de 1880: rodeada
de árvores de castanhas, levava da parte de trás de uma casa do século XVIII, a
jardins paisagísticos. Perto do trilho dividindo as áreas havia uma piscina
para a recolha de água e uma calha de lavagem, visíveis na posição intermediária.
A piscina era ladeada por bicas d´água em forma de leões, um dos quais pode ser
visto aqui por trás.
Bastide du Jas de Bouffan – Aix en Provence, France
A mansão do século XVIII pertencia à família de Cézanne
entre 1859 e 1899. Aos 20 anos, Paul Cézanne começou a pintar nas paredes da
sala e fora, no parque.
Veja o site da propriedade retratada nessas pinturas, onde é possível
fazer uma visita:
Paul Cézanne (Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839 - Aix-en-Provence, 22 de outubro de 1906) foi um artista francês e pintor pós-impressionista cujo trabalho lançou as bases da transição da concepção artística do século XIX para um mundo da arte novo e radicalmente diferente da arte no século XX. As pinceladas exploratórias frequentemente repetitivas de Cézanne são altamente características e claramente reconhecíveis. Ele usou planos de cor e pinceladas pequenas que se acumulam para formar campos complexos. As pinturas transmitem como Cézanne estudava intensamente seus temas. Cézanne formou a ponte entre o impressionismo tardio do século XIX e a nova linha de investigação artística do início do século XX, o Cubismo. Tanto Matisse quanto Picasso diziam que Cézanne "é o pai de todos nós".
Esse blog possui mais artigos sobre Paul Cézanne. Clique sobre esses links para ver:
http://www.arteeblog.com/2017/05/a-historia-das-pinturas-quatro-estacoes.html
http://www.arteeblog.com/2018/01/analise-da-pintura-de-paul-cezanne.html
Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não
copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe,
usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.
Que telas maravilhosas e ainda mais interessantes a partir da sua detalhada descrição Betty. Me identifico com Cézanne quanto à afeição pela propriedade da família, minha casa é meu santuário e se eu tivesse o talento da pintura certamente a retrataria inúmeras vezes. Uma voltinha num lugar como esse ao acordar, pela manhã, é um plus que não tem preço. Revigora, recarrega, reanima...já faço isso no meu jardim que é modesto, imagino nesse aí!
ResponderExcluirAdorei o post Betty! Obrigada!
Mirna
As telas são bárbaras Betty, que propriedade encantadora. Imagino andar por esses jardins ao acordar, pela manhã...revitaliza, recarrega, reanima e enche o nosso coração de paz e regozijo pela natureza tão bela ao nosso alcance. Já faço isso no meu jardim modesto, imagino como seria alí! Me identifico com Cézanne quanto à afeição pela propriedade da família, se eu tivesse o talento da pintura certamente retrataria a minha propriedade inúmeras vezes também! Adorei o post Betty. Beijos
ResponderExcluirMuito obrigada, Mirna! Seu comentário é encantador e um grande incentivo. Bjosss
ResponderExcluir