Edward
Hopper – Two on the Aisle (Dois no Corredor), 1927 – óleo sobre tela – 102 x
122,5 cm – Toledo Museum of Art, Toledo, Ohio, USA
Análise da obra de Edward Hopper – Two on the Aisle (Dois no
Corredor)
Edward Hopper (Nyack, 22 de julho de 1882 — 15 de maio de
1967) foi um pintor, artista gráfico e ilustrador norte-americano conhecido por
suas misteriosas pinturas de representações realistas da solidão na
contemporaneidade. Em cenários urbanos e rurais, as suas representações
refletem a sua visão pessoal da vida moderna americana.
Um mestre da narrativa tranquila, Edward Hopper imbuía
momentos comuns com intensidade psicológica e complexidade. Os espectadores
inevitavelmente encontram-se atraídos para suas cenas cuidadosamente compostas,
identificando-se ou especulando sobre os personagens, freqüentemente isolados.
Dois no Corredor é uma composição aparentemente simples: três figuras em um
teatro vazio. Foi a primeira grande pintura de Hopper de uma cena de teatro, um
tema ao qual ele retornou com freqüência. Ao invés de capturar a ação do palco
ou da agitação de uma multidão de teatro, Hopper escolheu se concentrar no
momento de tranquilidade antes da ação. Aqui o canto do palco com cortinas, as
fileiras de assentos e a curva do camarote servem para enquadrar as três
figuras solitárias. A pintura está repleta de detalhes que convidam o
espectador para a narrativa, como se Hopper tivesse escolhido um único quadro
de um rolo de filme.
Como é típico nas composições de Hopper, embora duas das
figuras formem claramente um casal (eles são, de fato, o próprio Hopper e sua
esposa Jo), os três estão sozinhos em seus próprios espaços psicológicos: a
mulher no primeiro plano absorta na leitura do programa da peça, o homem
tirando o casaco e momentaneamente distraído por algo na distância e sua companheira
ocupada arrumando o xale verde na parte traseira de seu assento. O espectador é
colocado diretamente na cena. Hopper coloca o espectador da pintura como um
espectador adicional do teatro, de forma sucinta observando seu entorno, e
talvez calmamente tomando um assento.
A representação da solidão é central na obra de Hopper. Em
Dois no Corredor, ele nos lembra que quando você vai a um show, você está
cercado por pessoas, talvez amigos e familiares, mas você está sozinho com suas
emoções pessoais e experiência como um membro da audiência. Hopper não está
pintando um mundo sem pessoas, ele está pintando pessoas isoladas em si mesmas.
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Hopper apresenta momentos em cores onde cada um de nós se encontra
ResponderExcluirObrigada por seu comentário, Regina. Fico feliz por você ter apreciado.
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