Gustav
Klimt – The Kiss, 1907-1908 – óleo sobre tela - 180 × 180 cm - The
Österreichische Galerie Belvedere, Vienna, Austria
Análise da pintura “The Kiss” de Gustav Klimt
“O Beijo” (Lovers) foi pintado em uma tela que forma um
quadrado perfeito, retratando um casal se abraçando, seus corpos entrelaçados
em vestes elaboradas decoradas num estilo influenciado por ambas as construções
lineares do estilo Artes e Ofícios e as formas orgânicas do movimento Art
Nouveau. A obra foi elaborada com tinta a óleo e camadas aplicadas de folha de
ouro, um aspecto que lhe confere a sua aparência impressionante e moderna. A
pintura está agora no museu Österreichische Galerie Belvedere no palácio
Belvedere, em Viena, e é amplamente considerada uma obra-prima do início do
período moderno. É um símbolo de Viena Jugendstil, o Art Nouveau vienense, e é
considerada a obra mais popular de Klimt. Pinturas como O Beijo eram
manifestações visuais do espírito fin-de-siècle, porque elas capturam uma
decadência transmitida por imagens opulentas e sensuais. Supõe-se que Klimt e
sua companheira Emilie Flöge posaram para o trabalho, mas não há nenhuma
evidência ou registro para provar isso.
Gustav Klimt (Baumgarten, Viena, 14 de julho de 1862 —
Viena, 6 de fevereiro de 1918) foi um pintor austríaco. Associado ao
simbolismo, destacou-se dentro do movimento Art Nouveau austríaco e foi um dos
fundadores do movimento da Secessão de Viena, que recusava a tradição acadêmica
nas artes, e fundador também do jornal do movimento, “Ver Sacrum”. Klimt também
foi membro honorário das universidades de Munique e Viena. Ele produziu um dos
mais importantes corpos de arte erótica do século. Inicialmente bem-sucedido
como um pintor acadêmico convencional, seu encontro com tendências mais
modernas na arte europeia o encorajou a desenvolver seu próprio estilo eclético
e muitas vezes fantástico. Os seus maiores trabalhos incluem pinturas, murais,
esboços e outros objetos de arte, muitos deles expostos na Galeria da Secessão
de Viena. Klimt completou várias obras-primas, incluindo O Beijo, Danaë e o
Retrato de Adele Bloch-Bauer I.
Klimt escreveu pouco sobre sua visão ou seus métodos. Em um
raro escrito chamado "Comentário sobre um autorretrato inexistente",
ele afirma: "Eu nunca pintei um autorretrato. Estou menos interessado em
mim mesmo como um tema para uma pintura do que em outras pessoas, acima de
tudo, mulheres. Não há nada especial sobre mim. Eu sou um pintor que pinta dia
após dia, de manhã à noite. Quem quiser saber algo sobre mim deve olhar
atentamente para as minhas pinturas."
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