Marc
Chagall - The Betrothed and the Eiffel Tower, 1913 – óleo sobre tela - Musée National Message Biblique Marc Chagall, Nice, France
Pinturas sobre o amor, por Marc Chagall
“Só o amor me interessa, e eu estou apenas em contato com coisas
que giram em torno do amor” - Marc Chagall
“Nas artes, como na vida, tudo é possível desde que se
baseie no amor” - Marc Chagall
“Em nossa vida há uma única cor, como na paleta de um
artista, que fornece o sentido da vida e da arte. É a cor do amor” - Marc
Chagall
“Se eu criar com o coração, quase tudo funciona. Se criar
com a cabeça, quase nada” - Marc Chagall
Marc
Chagall – Artist and his Wife, 1980 – óleo sobre tela - 89 x 116 cm – coleção particular
Marc
Chagall – “Lovers in the Lilacs” – 1930 – óleo sobre tela - 131.4 × 89.5 cm –
The Metropolitan Museum of Art
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Marc Chagall – Blue Lovers, 1914 – óleo sobre cartão – 44 x
49 cm – coleção particular
Marc Chagall – Big Sun, 1958 – óleo sobre madeira – 44 x
54,4 cm – coleção particular
Marc
Chagall – Over the Town, 1918 – óleo sobre tela – 56 x 45 cm - Tretyakov
Gallery, Moscow, Russia
Chagall gostava de criar pinturas que mostravam ele e sua
esposa, Bella Rosenfeld Chagall, voando no ar. “Over the Town” (Sobre a Cidade)
é uma celebração de seu amor e como eles se tornaram unificados quando casaram.
A pintura mostra Chagall e sua esposa voando acima de Vitebsk, que é uma
pequena cidade onde ele cresceu. Chagall está segurando sua esposa bem perto,
enquanto ela acena com uma mão aberta pelo ar. As casas abaixo deles são todas
da mesma cor, exceto uma casa vermelha ao fundo.
Marc Chagall – Coq Rouge dans la Nuit, 1944 – óleo sobre
tela - 68.6 x 79.4 cm – coleção particular
Marc Chagall – “The Promenade” – 1918 - óleo sobre tela - 169.6 x 163.4 cm - Russian Museum,
St. Petersburg, Russia
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Marc Chagall – La Mariée, 1950 – guache sobre papel – 68 x
53 cm – coleção particular
Essa pintura foi descrita por Chagall como "Uma ode ao
amor jovem". O casamento é o tema principal da pintura, e inclui um
recurso encontrado em outras pinturas de Chagall e em muitas outras obras de
arte européias do século XX: animais tocando instrumentos musicais. Neste caso é
uma cabra tocando um violino. A pintura também mostra um homem tocando uma
flauta, uma menina, um peixe com braços segurando uma vela e um banco e um
esquilo.
Marc
Chagall – The Wedding Candles, c. 1945 – óleo sobre tela – 120 x 122,2 cm –
coleção particular
Simbolismo de figuras na arte de Chagall - pequeno resumo
Vaca = vida / Árvore = vida / Galo = fertilidade / Violino =
lembranças dos violinistas da cidade natal Vitebsk / Peixe voador = lembrança
do pai dele que trabalhava numa indústria de herring / Relógio com pêndulo =
tempo e vida modesta / Castiçais = simboliza o Shabbat e a vida dos judeus
devotos / Janela = amor à liberdade / Casas de Vitebsk = saudades da cidade
natal / Cenas de circo = criatividade e alegria / Cavalos = liberdade / Torre
Eiffel = outro símbolo de liberdade.
Marc Chagall (Vitebsk 1887–1985 Saint-Paul-de-Vence) foi um
artista prolífico, cuja carreira se estendeu por muitas décadas. Ele trabalhou
em muitos tipos de mídias: desenho, pintura, mídia impressa e vitrais. Chagall
participou dos movimentos modernos do pós-impressionismo incluindo surrealismo
e expressionismo. Nascido perto da aldeia de Vitebsk, na atual Bielorrússia,
Chagall mudou para Paris em 1910 permanecendo lá até 1914 para desenvolver seu
estilo artístico, retornando à Russia por sentir saudades de sua noiva Bella,
com quem se casou. Em 1923 mudaram novamente para a França, para escapar das
dificuldades da vida soviética que se seguiram à I Guerra Mundial e à Revolução
de Outubro. Em 1941, mudou para os Estados Unidos, escapando da Segunda Guerra
Mundial e ali permaneceu até 1948, retornando para a França.
O início da vida de Chagall deixou-o com uma memória visual
poderosa e uma inteligência pictórica. Depois de viver na França e experimentar
a atmosfera de liberdade artística, ele criou uma nova realidade, que se baseou
em ambos os mundos internos e externos. Mas foram as imagens e memórias de seus
primeiros anos em Belarus, na Russia, que sustentaram a sua arte por mais de 70
anos. Há certos elementos em sua arte que se mantiveram permanentes e são
vistos ao longo de sua carreira. Um deles foi a sua escolha dos temas e a forma
como eles foram retratados. O elemento mais constante, obviamente, é o seu dom
para a felicidade e sua compaixão instintiva, que mesmo nos assuntos mais
sérios o impediam de dramatizar.
Uma dimensão simbólica sempre esteve presente nos temas de
Chagall. Sem dúvida, esta abordagem ajudou Chagall a atingir a popularidade que
seu trabalho desfrutava na época, mas ao mesmo tempo o desejo de ser
compreensível emprestou às pinturas um toque de romantismo que parecia um pouco
fora de época. Através de sua linguagem poética altamente original ele foi
capaz de criar um novo universo a partir das três culturas diferentes que ele
havia assimilado. Flores e animais são uma presença constante em suas pinturas,
habilitando-o por um lado a superar a interdição judaica de representação
humana, enquanto por outro lado formando metáforas para um mundo possível, em
que todos os seres vivos possam viver em paz como na cultura medieval russa.
Sua arte constitui uma espécie de mixagem entre culturas e tradições. A chave
fundamental para sua modernidade reside no seu desejo de transformar uma obra
de arte em uma linguagem capaz de fazer perguntas que não foram ainda
respondidas pela humanidade.
Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não
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Lindas obras! Obrigado por essa oportunidade de prestigiar a ARTE.
ResponderExcluirObrigada por seu gentil comentário.
ExcluirCurioso q, em 8 dos 10 quadros mostrados, se apresenta a imagem do bode. E outro detalhe estranho é q a mulher é sempre retratada de forma vulnerável.. Tem algum significado oculto e sombrio nesses quadros..
ResponderExcluirLizandra, a pequena cabra branca é uma figura conhecida no folclore judaico. Cabras e bodes flutuam pelas pinturas de Chagall e aparecem em poemas e histórias de autores judeus. Os judeus celebravam as cabras porque viviam com cabras: até a família mais pobre mantinha uma cabra amarrada na frente da casa para fornecer leite para as crianças. Os judeus se identificavam com seus animais pequenos, humildes e inteligentes. Sobre a mulher, ele retratou sua esposa Bella a quem ele amava e respeitava imensamente. Ele a representou de forma protetora e amorosa.
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