quarta-feira, 9 de novembro de 2016

A história de três pinturas de dança de Pierre-Auguste Renoir

Pierre-Auguste Renoir - Dance at Bougival, City Dance e Country Dance


A história de três pinturas de dança de Pierre-Auguste Renoir


Renoir gostava de cenas de dança. City Dance e Country Dance foram concebidas como um par: o formato é idêntico e as figuras de quase tamanho natural representam dois aspectos diferentes, mesmo opostos, da dança. A elegante restrição dos dançarinos da cidade e o belo salão de baile ao seu redor contrastam com a alegria da dança ao ar livre.


Pierre-Auguste Renoir - City Dance, 1883 – óleo sobre tela – 180 x 90 cm – Musée d´Orsay, Paris


 Em Country Dance, o casal impregnado pela música parece ter deixado uma mesa desordenada, um descuido acentuado pelo chapéu caído no primeiro plano. Há muitos contrastes entre os dois painéis, mesmo nas cores, frio para o vestido de Suzanne Valadon em City Dance, quente para Aline Charigot, a futura esposa de Renoir, que empresta seu sorriso ao dançarino em Country Dance. Apesar de suas diferenças, os dois casais parecem estar ligados pelo mesmo movimento, como se eles encarnassem uma sequência da mesma dança.


Pierre-Auguste Renoir - Country Dance, 1883 – óleo sobre tela – 180 x 90 cm – Musée d´Orsay, Paris


Exibidos pelo marchand Durand-Ruel (Esse blog possui um artigo sobre Durand-Ruel, o descobridor do Impressionismo. No final desse artigo há um link para a história dele) em sua galeria, onde as possuiu por muitos anos, as duas pinturas marcam uma mudança na técnica de Renoir no início dos anos 1880. O desenho é mais preciso e a simplificação da paleta contrasta fortemente com as vibrantes pinceladas de seus trabalhos anteriores. O próprio Renoir admitiu que uma maior atenção ao desenho era o resultado de uma necessidade de mudança que sentia depois de ver as obras de Rafael em Itália.


Pierre-Auguste Renoir – Dance at Bougival, 1883 – óleo sobre tela – 181,9 x 98,1 cm – Museum of Fine Arts, Boston, USA


Os cafés ao ar livre do subúrbio Bougival, à beira do rio Sena, nos arredores de Paris, eram locais de recreação populares para os moradores da cidade, incluindo os pintores impressionistas. Renoir, que era essencialmente um pintor de figuras, usa a cor intensa e a pincelada luxuriante para realçar a sensação de prazer transportada pelo par girando, que domina a composição. O rosto da mulher, emoldurado por seu chapéu vermelho, é o foco da atenção, tanto a nossa quanto a de seu companheiro. A obra retrata dois amigos de Renoir, Suzanne Valadon e Paul Auguste Llhote. A pintura foi descrita como uma das primeiras reversões de Renoir a um estilo de pintura mais clássico, que ele aprendeu copiando pinturas no Louvre, porém mantendo a paleta brilhante de seus colegas impressionistas.


Esse blog possui um artigo sobre Paul Durand-Ruel, o inventor do Impressionismo. Clique sobre esse link para ver:



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