Pierre-Auguste
Renoir - Dance at Bougival, City Dance e Country Dance
A história de três pinturas de dança de Pierre-Auguste
Renoir
Renoir gostava de cenas de dança. City Dance e Country Dance
foram concebidas como um par: o formato é idêntico e as figuras de quase
tamanho natural representam dois aspectos diferentes, mesmo opostos, da dança.
A elegante restrição dos dançarinos da cidade e o belo salão de baile ao seu
redor contrastam com a alegria da dança ao ar livre.
Pierre-Auguste Renoir - City Dance, 1883 –
óleo sobre tela – 180 x 90 cm – Musée d´Orsay, Paris
Em Country Dance, o
casal impregnado pela música parece ter deixado uma mesa desordenada, um
descuido acentuado pelo chapéu caído no primeiro plano. Há muitos contrastes
entre os dois painéis, mesmo nas cores, frio para o vestido de Suzanne Valadon
em City Dance, quente para Aline Charigot, a futura esposa de Renoir, que
empresta seu sorriso ao dançarino em Country Dance. Apesar de suas diferenças,
os dois casais parecem estar ligados pelo mesmo movimento, como se eles
encarnassem uma sequência da mesma dança.
Pierre-Auguste Renoir - Country Dance,
1883 – óleo sobre tela – 180 x 90 cm – Musée d´Orsay, Paris
Exibidos pelo marchand Durand-Ruel (Esse blog possui um
artigo sobre Durand-Ruel, o descobridor do Impressionismo. No final desse
artigo há um link para a história dele) em sua galeria, onde as possuiu por
muitos anos, as duas pinturas marcam uma mudança na técnica de Renoir no início
dos anos 1880. O desenho é mais preciso e a simplificação da paleta contrasta
fortemente com as vibrantes pinceladas de seus trabalhos anteriores. O próprio
Renoir admitiu que uma maior atenção ao desenho era o resultado de uma
necessidade de mudança que sentia depois de ver as obras de Rafael em Itália.
Pierre-Auguste
Renoir – Dance at Bougival, 1883 – óleo sobre tela – 181,9 x 98,1 cm – Museum of
Fine Arts, Boston, USA
Os cafés ao ar livre do subúrbio Bougival, à beira do rio
Sena, nos arredores de Paris, eram locais de recreação populares para os
moradores da cidade, incluindo os pintores impressionistas. Renoir, que era
essencialmente um pintor de figuras, usa a cor intensa e a pincelada luxuriante
para realçar a sensação de prazer transportada pelo par girando, que domina a
composição. O rosto da mulher, emoldurado por seu chapéu vermelho, é o foco da
atenção, tanto a nossa quanto a de seu companheiro. A obra retrata dois amigos
de Renoir, Suzanne Valadon e Paul Auguste Llhote. A pintura foi descrita como
uma das primeiras reversões de Renoir a um estilo de pintura mais clássico, que
ele aprendeu copiando pinturas no Louvre, porém mantendo a paleta brilhante de
seus colegas impressionistas.
Esse blog possui um artigo sobre Paul Durand-Ruel, o
inventor do Impressionismo. Clique sobre esse link para ver:
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A M E I !
ResponderExcluirObrigada Anton!
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