domingo, 30 de abril de 2017

Pinturas sobre trabalho ou trabalhadores

Gustave Caillebotte - The Floor Scrapers – 1875 – óleo sobre tela - Musée d'Orsay, Paris


Esta pintura é uma das primeiras representações do proletariado urbano. Nessa época, enquanto os camponeses ou trabalhadores do campo já tinham sido frequentemente mostrados, os trabalhadores da cidade raramente tinham sido pintados. Ao contrário de Courbet ou Millet, Caillebotte não incorpora qualquer mensagem social, moralizante ou política em seu trabalho. Seu estudo documental completo (gestos, ferramentas, acessórios) justifica a sua posição entre os realistas mais talentosos.


Pinturas sobre trabalho ou trabalhadores


Vincent Van Gogh - Weaver Facing Left with Spinning Wheel, 1884 – óleo sobre tela – 61 x 85 cm - Museum of Fine Arts, Boston, USA


Vincent Van Gogh - Weaver at the Loom (Tecelão no tear), 1884 – óleo sobre tela – 70 x 85 cm - Kröller-Müller Museum, Otterlo, Holanda

Van Gogh fez uma série de 13 obras sobre tecelões, quando morou em Nuenen por seis meses em 1884. Para Van Gogh, os tecelões, assim como os camponeses, eram considerados homens que viviam uma vida nobre, simbólica dos ciclos da vida em curso. Van Gogh estava interessado na aparência meditativa dos tecelões. Ele escreveu em 1883: "Um tecelão que tem de dirigir e entrelaçar um grande número de pequenos fios não tem tempo para filosofar sobre isso, mas sim está tão absorto em sua obra que não pensa, mas age, e sente como as coisas devem ser, mais do que ele pode explicar".


Pieter Bruegel the Elder - The Harvesters, 1565 – óleo sobre madeira – 119 x 162 cm – The Metropolitan Museum of Art, New York , USA


Edvard Munch - Workers On Their Way Home, 1913 – 1915 – óleo sobre tela - 227 x 201 cm - Munch Museum, Oslo, Noruega


Johannes Vermeer – A Maid Asleep, 1657 – óleo sobre tela - 87.6 x 76.5 cm – The Metropolitan Museum of Art

Esse blog possui um artigo sobre essa pintura. Clique sobre o link abaixo para ver:



Jean-Francois Millet – The Gleaners, 1857 – óleo sobre tela – 83,5 x 110 cm – Musée d´Orsay, Paris

A vida campestre era um dos temas preferidos de Millet, e esta pintura é o culminar de dez anos de pesquisa sobre o tema dos colhedores. Essas mulheres encarnam a classe trabalhadora rural. Elas foram autorizadas a atravessar rapidamente os campos ao pôr do sol para pegar as espigas perdidas pelos colhedores. A pintura mostra três delas em primeiro plano, curvadas. Assim, justapõe as três fases do movimento repetitivo imposto por esta tarefa ingrata: inclinar-se, pegar as espigas e endireitar-se novamente. Sua austeridade contrasta com a colheita abundante na distância: palheiros, feixes de trigo, um carrinho e uma multidão ocupada de colhedores. A agitação festiva, brilhantemente iluminada ficou mais distanciada pela mudança abrupta de escala.


William McGregor Paxton - The House Maid (A Serviçal) – 1910

Esse blog possui um artigo sobre William McGregor Paxton. Clique sobre esse link para ver:



Edward Hopper - Tables for Ladies, 1930 – óleo sobre tela – 123 x 153 cm – The Metropolitan Museum of Art, New York, USA

Uma garçonete se inclina para frente para ajustar os alimentos na vitrina, enquanto um casal senta-se calmamente no interior bem iluminado. Uma moça na caixa registradora presta atenção em seu trabalho. Embora pareçam cansadas e isoladas, essas duas mulheres ocupam postos recém-disponíveis para as mulheres moradoras da cidade trabalharem fora de casa. O título da pintura alude a uma inovação social recente em que os estabelecimentos anunciavam "mesas para senhoras" para dar boas-vindas a suas clientes, que, se vistas jantando sozinhas em público, antes eram malvistas.


Mary Cassatt – “The Fitting” (“A Prova”) – 1891 - ponta seca e água-tinta impressa em cores sobre papel texturizado branco desbotado - 47.8 x 30.8 cm

Esse blog possui um artigo sobre 3 pinturas de Mary Cassatt. Clique sobre esse link para ver:



Édouard Manet - Corner of a Cafe Concert - 1878-1880 – óleo sobre tela – 97,1 x 77,5 cm – National Gallery, London

Este trabalho foi originalmente a metade direita de uma pintura da Brasserie de Reichshoffen, iniciada cerca de 1878 e cortada em dois por Manet, antes de a completar. Esta metade foi então ampliada no lado direito e um fundo novo foi acrescentado. A Brasserie de Reichshoffen era no Boulevard Rochechouart, Paris. Na época, brasseries com garçonetes eram relativamente novas na cidade.

Esse blog possui um artigo sobre pinturas de bares de Edouard Manet. Clique sobre esse link para ver:



Candido Portinari - Colhedores De Café, 1935 – óleo sobre tela – 130 x 195 cm - Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), Rio de Janeiro, Brasil

 Essa pintura mostra a força do trabalho braçal de escravos e camponeses nas fazendas de café. Mostra a colheita do café por homens e mulheres. Os pés e as mãos grandes, são típicas dos personagens da arte de Portinari, sugerindo uma conexão com a terra e com o trabalho braçal. Na pintura, alguns personagens fazem a colheita do café, outros ensacam e carregam os sacos com os grãos. Segundo João Cândido Portinari, o filho de artista e diretor geral do Instituto Cândido Portinari, "O café sempre foi recorrente na pintura e nas suas obras literárias. É uma lembrança da origem da família, imigrantes italianos que aqui chegaram no fim do século XIX para justamente trabalhar na colheita do café no interior de São Paulo". Seu pai, escreveu sobre o chamado "ouro verde" (o café): "Saí das águas do mar e num pé de café nasci".


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