sábado, 22 de abril de 2017

Análise da pintura “Earth Mother” de Edward-Burne Jones

Edward-Burne Jones – Earth Mother (Mãe Terra), 1882 – encáustica sobre madeira – Worcester Art Museum, MA, USA


Análise da pintura “Earth Mother” de Edward-Burne Jones


Essa pintura está relacionada a uma série de vitrais que Burne-Jones fez, representando os planetas e foi inspirada pela arte de mestres da Renascença como Botticelli. Essa alegoria da “Mãe Terra”, remete ao papel de alimentadora das vidas: humana (representada pela criança), animal (representada pelo lobo), vegetal (representada pelas árvores e vegetação) e líquida (representada pela figura alegórica do jarro azul que produz nuvens, chuva e um rio, abaixo). A cobra, perto dos pés da Mãe Natureza, simboliza a fertilidade e alude à deusa Ceres, a deusa da Terra.

Nessa obra, os materiais, a textura e as cores criam um visual natural que acentua o tema da Mãe Terra. Burne-Jones usou uma paleta de cores suaves para criar tons de terra perfeitos para o tema. A encáustica utiliza cera quente, mais comumente cera de abelha, com pigmentos puros suspensos nela. Ela é espessa e levantada do painel, criando uma textura única, sobre a qual o artista aplicou em certas áreas, pequenos toques de ouro para um efeito ainda mais decorativo. O uso da encáustica também desempenha na iconografia da imagem. O simbolismo da pintura mostra que ela é sobre a natureza, mais especificamente sobre a Mãe Natureza como uma mãe nutridora, que mantém o mundo e todos os seres vivos em harmonia.

Sir Edward Coley Burne-Jones (Birmingham, 28 de agosto de 1833 – Londres, 17 de junho de 1898) foi um artista e designer inglês, envolvido no rejuvenescimento da tradição de vitrais na Inglaterra. As suas obras incluem as janelas de Birmingham Cathedral, a igreja de St Martin's, em Brampton, Cumbria, entre outras. Integrado ao movimento pré-rafaelita formado na Inglaterra em 1848, com grande influência do pintor Dante Gabriel Rossetti. Depois disso, Sir Edward Burne-Jones tornou-se um dos grandes nomes de uma nova tendência surgida na década de 1860, designada por Aestheticism. Além de pintura e vitrais, Burne-Jones trabalhou em vários tipos de arte, incluindo o design de azulejos de cerâmica, joias, tapeçarias, mosaicos e ilustrações de livros.

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