quarta-feira, 22 de março de 2017

Análise da pintura "Young Woman with a Water Pitcher" de Johannes Vermeer

Johannes Vermeer - Young Woman with a Water Pitcher (Jovem com uma jarra de água), c. 1662 – óleo sobre tela – 45,7 x 40,6 cm – Metropolitan Museum of Art, New York, USA


Análise da pintura "Young Woman with a Water Pitcher" de Johannes Vermeer


O tema essencial deste retrato sereno é uma mulher e sua tranquilidade doméstica. Ela está abrindo uma janela com a mão direita, enquanto segura um jarro de água com a mão esquerda. A jarra e seu prato, entre outros objetos, estão sobre uma mesa coberta com uma toalha vermelha. Atrás da mesa está uma cadeira sobre a qual se encontra um pano azul. A mulher olha pela janela. Sua cabeça e seu traje elegante, um vestido azul e um colete dourado, são cobertos por lenços de linho, que com a bacia e o jarro de prata dourada e a janela aberta sugerem higiene matinal. Um colar de pérolas emerge da caixa de joias. Na parede ao fundo, um mapa está pendurado. Vermeer representa um momento de vida privada.

Formas e cores equilibradas realçam o tom harmonioso. Nessa pintura, o artista não estava usando a perspectiva linear nem a ordem geométrica, portanto, a luz era a sua única fonte de ênfase, notadamente incidindo sobre a janela, a mulher, a parede e a toalha. Apesar de Vermeer primar pelos interessantes efeitos ópticos das suas telas, o artista conferiu ao quadro uma paleta de cores tranquila. Em muitas de suas pinturas, Vermeer usava ultramarinos naturais, um pigmento feito de lápis lázuli esmagado, importado do Afeganistão, o mais nobre dos pigmentos.

Johannes Vermeer (Delft, 31 de Outubro de 1632 - Delft, 15 de Dezembro de 1675), também conhecido como Vermeer de Delft ou Johannes van der Meer, é o segundo pintor holandês mais famoso e importante do século XVII (um período que é conhecido por Idade de Ouro Holandesa, devido às espantosas conquistas culturais e artísticas do país nessa época), depois de Rembrandt. Os seus quadros são admirados por suas cores, composições inteligentes e brilhante uso da luz. Era filho de um comerciante de artes. Casou-se em 1653 com Catharina Bolenes e teve 15 filhos, dos quais morreram 4 em tenra idade. No mesmo ano juntou-se à guilda de pintores de Saint Lucas. Mais tarde, em 1662 e 1669, foi escolhido para presidir a guilda. Sabe-se que vivia com magros rendimentos como comerciante de arte, e não pela venda dos seus quadros. Só alcançou fama póstuma no século XIX. Conhecem-se hoje muito poucos quadros de Vermeer. Só sobrevivem 35 a 40 trabalhos atribuídos ao pintor.

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