Joseph
Mallord William Turner – Fishermen at Sea, c. 1796 – óleo sobre tela – 91,4 x
122,2 cm – Tate Britain, London
Análise de "Fishermen at Sea" de Joseph M. W. Turner
A pintura “Fishermen at Sea” (Pescadores no Mar) - também
conhecida como Cholmeley Sea Piece, por ter pertencido ao acervo da família
Cholmeley por 150 anos - foi a primeira pintura de Turner exposta na Royal Academy
em 1796, e é propriedade da Tate Gallery desde 1972. Ela representa uma vista
enluarada de pescadores no mar agitado perto das rochas The Needles, ao largo
da Ilha de Wight. Ela justapõe a fragilidade da vida humana, representada pelo
pequeno barco com sua lâmpada tremeluzente, e o poder sublime da natureza,
representado pelo céu nublado escuro, o mar amplo, e as rochas ameaçadoras no
fundo. A luz fria da lua à noite contrasta com o brilho mais quente da lanterna
dos pescadores.
O trabalho mostra forte influência do trabalho de artistas
marinhos como Claude Joseph Vernet, Philip James de Loutherbourg, Peter Monamy e
Francis Swaine, e das cenas íntimas noturnas de Joseph Wright de Derby. A obra
foi elogiada por críticos e fundou a reputação de Turner, tanto como um pintor
de pinturas a óleo como de um pintor de cenas marítimas.
Joseph Mallord William Turner (1775-1851) nasceu em Londres,
filho de um barbeiro. Ele entrou na Royal Academy School em 1789 aos 14 anos,
antes de se tornar um membro da Royal Academy em 1802 e professor de
Perspectiva em 1807. Seu trabalho foi prolífico e variado, incluindo desenhos,
gravuras, aquarelas e óleos. Mesmo trazendo uma energia renovada para a
exploração dos desenvolvimentos sociais, tecnológicos e científicos da vida
moderna, ele manteve-se profundamente envolvido com temas religiosos,
históricos ou mitológicos que o vinculavam às tradições culturais de sua época.
A arte de Turner é livre e solta e embora muitos o considerem como um dos pais
da arte moderna, do impressionismo e abstracionismo, sua obra pode apenas ter
sido inacabada e experimental.
Nos seus últimos 25 anos de vida, profundamente afetado pela
morte de seu pai, amado por uma empregada, ele teve uma relação com uma dona de
casa que morava à beira-mar, com quem ele viveu incógnito. Ao longo destes
anos, ele viajou, pintou, conviveu com a aristocracia do País, visitou bordéis,
foi um membro popular e anárquico da Royal Academy of Arts, se amarrou ao mastro
de um navio para pintar uma tempestade de neve, e foi ao mesmo tempo celebrado
e insultado pelo público e pela realeza.
Os métodos de Turner pareciam menos como pintura, do que
como um ataque sobre a tela, mas os resultados são nevoeiros e neblinas
cercando naufrágios, locomotivas a vapor soltando fogo, tudo banhado pela mais
surpreendente luz. Ao longo de seus últimos anos, ele continuou a viajar pela
Europa, e fez sua última viagem em 1845. Expôs suas últimas quatro obras na Royal
Academy em 1850 e morreu em 1851. Seu corpo foi sepultado na cripta da Catedral
de St Paul.
Esse blog possui mais um artigo sobre J. M. W. Turner.
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http://www.arteeblog.com/2014/09/late-turner-painting-set-free-exposicao.html
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