sexta-feira, 17 de junho de 2016

Análise de “Hand with Reflecting Sphere” de M. C. Escher

M. C. Escher - Hand with Reflecting Sphere, 1935 – litogravura – 25 x 43,5 cm - National Gallery of Canada, Ottawa, Canada


 Análise de “Hand with Reflecting Sphere” de M. C. Escher

A obra retrata uma mão segurando uma esfera reflexiva. Na reflexão, a maior parte do espaço em torno do modelo, o próprio Escher, pode ser visto. Autorretratos em superfícies reflexivas e esféricas são comuns na obra de Escher, e essa imagem é o exemplo mais famoso. Na maioria de seus autorretratos deste tipo, Escher aparece no ato de desenhar a esfera. Nesta imagem ele está sentado e olhando para seu reflexo. A cabeça do artista, ou mais exatamente o ponto entre os olhos, está no centro absoluto. Não importa se você se vira, você sempre o verá como o ponto central da imagem.

Escher era fascinado pela mistura da realidade (o próprio espelho e tudo o que o rodeia) com a outra realidade (o reflexo no espelho) como visto nesta obra de arte. Neste espelho, tudo ao seu redor está comprimido em um pequeno círculo, incluindo seu estúdio, quatro paredes, piso, teto e até mesmo um autorretrato. Ele usava imagens de espelho para expressar ideias metafísicas, bem como para criar um senso de ordem. E também para demonstrar dualidades do mundo consciente e inconsciente, realidade e fantasia, a verdade e a mentira, e finalmente, conflitantes pontos de vista espacial.

Maurits Cornelis Escher nasceu na Holanda, em 1898. Foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente em formas completamente diferentes. Ele também era conhecido pela execução de transformações geométricas (isometrias) nas suas obras. Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de gerar imagens com efeitos de ilusões de ótica. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas e paradoxais. Posteriormente foi considerado um grande matemático geométrico. Escher utilizou quatro tipos de transformações geométricas que são: translações, rotações, reflexões e reflexões deslizantes. Como artista, conquistou a fama apenas em 1953, quando teve sua obra divulgada em uma revista americana. Seus trabalhos representam construções impossíveis e geometria infinita que se alternam e transformam em formas diferentes na mesma imagem. Falecido em 1972, Escher deixou sua contribuição particular para o mundo e aos amantes da arte, sendo, atualmente, um dos artistas mais conhecidos do grande público.

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