quinta-feira, 21 de abril de 2016

Análise das gravuras da Rainha Elizabeth II por Andy Warhol

Andy Warhol - Reigning Queens: Queen Elizabeth II of the United Kingdom, 1985 - Serigrafias em cores com "pó de diamante", sobre cartão - 100,0 x 80,0 cm – The Royal Collection


Análise das gravuras da Rainha Elizabeth II por Andy Warhol

Desde o início dos anos 1960, Andy Warhol (1928-1987) usou retratos existentes como base para muitas de suas gravuras e pinturas. Em 1985, Warhol realizou seu maior portfólio de serigrafias, intitulado 'Reigning Queens' que contém dezesseis impressões das quatro rainhas reinantes naquela época no mundo: a Rainha Elizabeth II do Reino Unido, a Rainha Beatrix da Holanda, a Rainha Ntombi Twala da Suazilândia e a Rainha Margrethe II da Dinamarca.

Para a série de serigrafias que retrata a rainha Elizabeth II (parte de seu portfólio de Rainhas Reinantes), ele se baseou na fotografia oficial lançada para o Jubileu de Prata em 1977, feita no Castelo de Windsor em 2 de Abril de 1975, pelo fotógrafo Peter Grugeon (1918-1980).

Warhol simplificou a fotografia de modo que tudo o que resta é uma máscara. Somos confrontados com um símbolo do poder real. Ao reproduzir a mesma imagem quatro vezes, Warhol demonstra o seu interesse na produção em massa e nos lembra que a rainha Elizabeth II é a mulher mais retratada do mundo. O uso de cores vibrantes e a introdução de formas gráficas dão às serigrafias um ar de artificialidade.

Esta tiragem pertence à 'Royal Edition'. Os contornos foram polvilhados com "pó de diamante", pequenas partículas de vidro moído que foram aplicadas à gravura quando a tinta ainda estava molhada, e brilham na luz como diamantes. A rainha não posou nem encomendou este retrato. As quatro cópias foram adquiridas para a Royal Collection em 2012.


Fotografia oficial lançada para o Jubileu de Prata em 1977, feita no Castelo de Windsor em 2 de Abril de 1975, pelo fotógrafo Peter Grugeon (1918-1980).


Andy Warhol, nascido Andrej Varhola, Jr. (Pittsburgh, 6 de agosto de 1928 — Nova Iorque, 22 de fevereiro de 1987), foi uma figura maior do movimento Pop Art. Além das serigrafias, Warhol também utilizava outras técnicas, como a colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte.

As abordagens inovadoras do Illustrator, cineasta, fotógrafo, pintor, modelo e até produtor musical Andy Warhol para fazer arte ainda influenciam a arte contemporânea e a cultura. Ele desafiou as fronteiras tradicionais entre arte e vida, arte e negócios e em todos os tipos de mídia. No processo, ele transformou a vida cotidiana em arte e a arte em uma maneira de viver o cotidiano.

Obcecado com a celebridade e a cultura de consumo, Andy Warhol criou algumas das mais icônicas imagens do século 20. Ele também ficou famoso por suas frases, como: “No futuro, todos serão famosos por 15 minutos”. Algumas de suas obras mais célebres são: “32 Campbell´s Soup Can” de 1962 e retratos de Marilyn Monroe, usando a técnica de silkscreen. Ele também foi mentor dos artistas Keith Harring e Jean-Michel Basquiat. Seu estilo Pop-Art tem adeptos até os dias atuais, como Richard Prince, Takashi Murakami e Jeff Koons, entre outros.



Esse blog possui um artigo sobre gravuras, onde a técnica de silkscreen (ou serigrafia) é descrita. Para ver, clique sobre o link abaixo:



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