quarta-feira, 6 de abril de 2016

A história de "Echo and Narcissus" de John William Waterhouse

John William Waterhouse - Echo and Narcissus, 1903 – óleo sobre tela – 109 x 189 cm - Walker Art Gallery, Liverpool, Merseyside, UK


A história de "Echo and Narcissus" de John William Waterhouse


Eco e Narciso é uma pintura que ilustra o poema "Eco e Narciso" de "Metamorfoses" de Ovídio. Eco e Narciso pertence à mitologia clássica. Na versão de Ovídio do mito, Narciso era o filho do deus do rio Cephissus e da ninfa Liriope. Seus pais foram informados de que ele viveria até uma idade avançada, se ele não olhasse para si mesmo. Ele rejeitou todas as ninfas e as mulheres que se apaixonaram por ele. Uma delas foi a ninfa Eco. Punida por uma deusa por suas conversas constantes, Eco ficou limitada a repetir as palavras dos outros. Enamorada de Narciso, ela tentou ganhar o seu amor usando fragmentos de seu próprio discurso, mas ele rejeitou suas atenções. Passando por um riacho, o belo jovem teve um vislumbre de seu reflexo no córrego e tornou-se hipnotizado pela bela imagem. Acreditando ser a forma de uma ninfa, ele em vão cortejou a miragem e definhou através de um amor não correspondido. Ele foi transformado na flor que leva seu nome e Eco definhou até desaparecer, mas sua voz permaneceu.

“Sweet Echo, sweetest nymph, that liv'st unseen    “Doce Echo, a mais doce ninfa, que vive                                                                                                    invisível
Within thy airy shell                                                  Dentro de tua concha arerada
By slow Meander's margent green,                          Pela margem verde do lento meandro,
And in the violet-embroidered vale                           E no vale bordado de violeta
Where the lovelorn nightingale                                 Onde o rouxinol enamorado
Nightly to thee her sad song mourneth well:             Noturnamente a ti sua triste canção pranteia                                                                                             bem:
Canst thou not tell me of a gentle pair                      Você não pode me contar de um par gentil
That likest thy Narcissus are?”                                 Que parece como são os Narcisos?”
John Milton (1608-1674), 'Comus'      

Metamorfoses é uma das obras mais famosas e considerada como a magnum opus do poeta latino Ovídio. Constitui-se de 15 livros com cerca de 250 narrativas em doze mil versos e que transcorrem poeticamente sobre a cosmologia e a história do mundo, confundido deliberadamente ficção e realidade, narrando a transfiguração dos homens e dos deuses mitológicos em animais, árvores, rios, pedras, representando o princípio dos tempos, chegando à apoteose de Júlio César e ao próprio tempo do poeta, ou seja, o Século de Augusto (43 a.C. - 14 d.C.). Este ciclo histórico apresenta a mitologia como uma etapa no desenvolvimento do mundo e do homem: Ovídio nos mostra as quatro idades cronológicas da mitologia clássica (conhecidas como a Idade do Ouro, a Idade de Prata, a Idade do Bronze, e a Idade do Ferro). Ovídio (Sulmona, 20 de março de 43 a.C. — Constança, Romênia, 17 ou 18 d.C.) uniu livremente os deuses aos mortais em histórias de amor, incesto, ciúme e crime.  


John William Waterhouse (6 de Abril de 1849 - 10 de Fevereiro de 1917) foi um pintor inglês, conhecido pelas suas obras no estilo Pré-Rafaelita. Trabalhou diversas décadas após o fim da Irmandade Pré-Rafaelita, que viu seu apogeu no meio do século XIX, o que fez com que ele fosse apelidado de “o pré-rafaelita moderno”. Recebendo influência não só do início do Pré-Rafaelismo como também de seus contemporâneos, os impressionistas, suas obras são conhecidas por suas representações de mulheres da mitologia grega e também da lenda do Rei Artur.


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