domingo, 2 de agosto de 2015

Análise de “Drawing Hands” de M. C. Escher, 1948

“Drawing Hands” – M. C. Escher – 1948 – litogravura - 28.2 x 33.3 cm


Análise de “Drawing Hands” de M. C. Escher, 1948

Escher freqüentemente empregava um jogo visual em que ele transformava uma estampa plana em um objeto tridimensional. O artista usou a sua própria mão direita como modelo para ambas as mãos representadas na gravura. A litogravura Drawing Hands (Desenhando Mãos) foi impressa pela primeira vez em Janeiro de 1948. Ela retrata uma folha de papel a partir da qual, de pulsos que permanecem planos na página, duas mãos estão em ascensão, de frente uma para a outra e no ato paradoxal de desenhar uma à outra. Escher usava com frequência paradoxos em suas obras, e este é um dos seus exemplos mais óbvios. O fato de ele conseguir fazer uma parte unidimensional se tornar tridimensional é realmente fascinante. As linhas fluem de tal forma que é realmente difícil imaginar como ele conseguiu fazê-las parecer tão naturais e realistas. Na obra percebemos a continuidade da construção do ser, ou seja, uma mão construindo a outra em uma relação de interdependência.

A imagem das mãos é um estudo impressionante da utilização das linhas e contraste. Escher habilmente utilizou contraste e sombras para criar a ilusão de textura e dimensão numa obra bidimensional. A obra também é um estudo do uso da luz. O sombreamento feito em cada mão, que as fazem parecer tão reais, é o resultado das condições de luz em que o espectador vê a peça. É uma excelente obra de arte visual, porque realiza dois dos principais objetivos da arte: é fascinante e instigante.


Maurits Cornelis Escher 

Maurits Cornelis Escher (17 de Junho de 1898 – 27 de Março de 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente em formas completamente diferentes. Ele também era conhecido pela execução de transformações geométricas (isometrias) nas suas obras. Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de gerar imagens com efeitos de ilusões de óptica. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas e paradoxais. Posteriormente foi considerado um grande matemático geométrico. Escher utilizou quatro tipos de transformações geométricas que são: translações, rotações, reflexões e reflexões deslizantes. Como artista, conquistou a fama apenas em 1953, quando teve sua obra divulgada em uma revista americana. Seus trabalhos representam construções impossíveis e geometria infinita que se alternam e transformam em formas diferentes na mesma imagem. Escher deixou sua contribuição particular para o mundo e aos amantes da arte, sendo, atualmente, um dos artistas mais conhecidos do grande público. 

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