Joseph
Mallord William Turner - Rain, Steam and Speed – The Great Western Railway (Chuva,
Vapor e Velocidade – A Grande Estrada de Ferro do Oeste), 1844 – óleo sobre tela
– 91 x 121,8 cm – National Gallery, London, UK
Análise da pintura de J. M. Turner, “Rain, Steam and Speed – The Great Western Railway”
A pintura apresenta uma recessão diagonal do primeiro plano
para um ponto de fuga no centro da imagem. O encurvamento exageradamente
íngreme do viaduto ao longo do qual o nosso olho se afasta no horizonte, sugere
a velocidade com que a locomotiva irrompe através da chuva, com seu farol
brilhante. Há o rumor que Turner viajou nesse trem e, maravilhado com sua
velocidade, colocou sua cabeça para fora da janela, sentindo a velocidade e a
chuva, e posteriormente retratou o que sentiu nessa pintura.
O cenário foi identificado como a ponte ferroviária de
Maidenhead, sobre o rio Tamisa entre Taplow e Maidenhead, na recém-estabelecida
linha Great Western para Bristol e Exeter. A ponte tem dois arcos principais de
tijolos, muito largos e planos. A vista é para o leste, em direção a Londres. A
Great Western Railway (GWR), foi uma das várias companhias ferroviárias
britânicas privadas criadas para desenvolver o então novo meio de transporte. A
década de 1840 foi o período da "mania ferroviária" e o inquieto
Turner apreciou a velocidade e o conforto dessa forma de viagem.
Joseph Mallord William Turner (1775-1851) nasceu em Londres,
filho de um barbeiro. Ele entrou na Royal Academy School em 1789 aos 14 anos,
antes de se tornar um membro da Royal Academy em 1802 e professor de
Perspectiva em 1807. Seu trabalho foi prolífico e variado, incluindo desenhos,
gravuras, aquarelas e óleos. Mesmo trazendo uma energia renovada para a
exploração dos desenvolvimentos sociais, tecnológicos e científicos da vida
moderna, ele manteve-se profundamente envolvido com temas religiosos,
históricos ou mitológicos que o vinculavam às tradições culturais de sua época.
A arte de Turner é livre e solta e embora muitos o considerem como um dos pais
da arte moderna, do impressionismo e abstracionismo, sua obra pode apenas ter
sido inacabada e experimental.
Nos seus últimos 25 anos de vida, profundamente afetado pela
morte de seu pai, amado por uma empregada, ele teve uma relação com uma dona de
casa que morava à beira-mar, com quem ele viveu incógnito. Ao longo destes
anos, ele viajou, pintou, conviveu com a aristocracia do País, visitou bordéis,
foi um membro popular e anárquico da Royal Academy of Arts, se amarrou ao
mastro de um navio para pintar uma tempestade de neve, e foi ao mesmo tempo
celebrado e insultado pelo público e pela realeza.
Os métodos de Turner pareciam menos como pintura, do que
como um ataque sobre a tela, mas os resultados são nevoeiros e neblinas
cercando naufrágios, locomotivas a vapor soltando fogo, tudo banhado pela mais
surpreendente luz. Ao longo de seus últimos anos, ele continuou a viajar pela
Europa, e fez sua última viagem em 1845. Expôs suas últimas quatro obras na
Royal Academy em 1850 e morreu em 1851. Seu corpo foi sepultado na cripta da
Catedral de St Paul.
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Que incrível!! Um mega artigo, parabéns!
ResponderExcluirObrigada pelo incentivo.
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