domingo, 19 de março de 2017

Análise de "Fishermen at Sea" de Joseph M. W. Turner

Joseph Mallord William Turner – Fishermen at Sea, c. 1796 – óleo sobre tela – 91,4 x 122,2 cm – Tate Britain, London


Análise de "Fishermen at Sea" de Joseph M. W. Turner


A pintura “Fishermen at Sea” (Pescadores no Mar) - também conhecida como Cholmeley Sea Piece, por ter pertencido ao acervo da família Cholmeley por 150 anos - foi a primeira pintura de Turner exposta na Royal Academy em 1796, e é propriedade da Tate Gallery desde 1972. Ela representa uma vista enluarada de pescadores no mar agitado perto das rochas The Needles, ao largo da Ilha de Wight. Ela justapõe a fragilidade da vida humana, representada pelo pequeno barco com sua lâmpada tremeluzente, e o poder sublime da natureza, representado pelo céu nublado escuro, o mar amplo, e as rochas ameaçadoras no fundo. A luz fria da lua à noite contrasta com o brilho mais quente da lanterna dos pescadores.

O trabalho mostra forte influência do trabalho de artistas marinhos como Claude Joseph Vernet, Philip James de Loutherbourg, Peter Monamy e Francis Swaine, e das cenas íntimas noturnas de Joseph Wright de Derby. A obra foi elogiada por críticos e fundou a reputação de Turner, tanto como um pintor de pinturas a óleo como de um pintor de cenas marítimas.

Joseph Mallord William Turner (1775-1851) nasceu em Londres, filho de um barbeiro. Ele entrou na Royal Academy School em 1789 aos 14 anos, antes de se tornar um membro da Royal Academy em 1802 e professor de Perspectiva em 1807. Seu trabalho foi prolífico e variado, incluindo desenhos, gravuras, aquarelas e óleos. Mesmo trazendo uma energia renovada para a exploração dos desenvolvimentos sociais, tecnológicos e científicos da vida moderna, ele manteve-se profundamente envolvido com temas religiosos, históricos ou mitológicos que o vinculavam às tradições culturais de sua época. A arte de Turner é livre e solta e embora muitos o considerem como um dos pais da arte moderna, do impressionismo e abstracionismo, sua obra pode apenas ter sido inacabada e experimental.

Nos seus últimos 25 anos de vida, profundamente afetado pela morte de seu pai, amado por uma empregada, ele teve uma relação com uma dona de casa que morava à beira-mar, com quem ele viveu incógnito. Ao longo destes anos, ele viajou, pintou, conviveu com a aristocracia do País, visitou bordéis, foi um membro popular e anárquico da Royal Academy of Arts, se amarrou ao mastro de um navio para pintar uma tempestade de neve, e foi ao mesmo tempo celebrado e insultado pelo público e pela realeza.

Os métodos de Turner pareciam menos como pintura, do que como um ataque sobre a tela, mas os resultados são nevoeiros e neblinas cercando naufrágios, locomotivas a vapor soltando fogo, tudo banhado pela mais surpreendente luz. Ao longo de seus últimos anos, ele continuou a viajar pela Europa, e fez sua última viagem em 1845. Expôs suas últimas quatro obras na Royal Academy em 1850 e morreu em 1851. Seu corpo foi sepultado na cripta da Catedral de St Paul.


Esse blog possui mais um artigo sobre J. M. W. Turner. Clique sobre esse link para ver:

http://www.arteeblog.com/2014/09/late-turner-painting-set-free-exposicao.html


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