sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Roy Lichtenstein, sua arte e sua história

Roy Lichtenstein – In the Car, 1963 – óleo sobre tela – 172 x 203,5 cm - Scottish National Gallery of Modern Art, Edinburgh, Escócia, UK


Roy Lichtenstein, sua arte e sua história


Roy Lichtenstein – Look Mickey, 1961 – óleo sobre tela – 121,9 x 175,3 cm - National Gallery of Art, Washington, DC, USA


Roy Lichtenstein (Nova Iorque, 27 de outubro de 1923 — Nova Iorque, 29 de setembro de 1997) foi um dos artistas mais influentes e inovadores da segunda metade do século XX. Ele é preeminentemente identificado com a Pop Art, um movimento que ele ajudou a originar, e suas primeiras pinturas foram baseadas em imagens de histórias em quadrinhos e propagandas e apresentadas em um estilo imitando os processos de impressão em bruto da reprodução de jornais. Lichtenstein usava cores primárias, linhas escuras grossas, balões contendo texto e efeitos sonoros e o pontilhado usado como método de sombreamento. Seu trabalho foi fortemente influenciado pela publicidade popular e definiu a premissa básica da arte pop através de paródia. Essas pinturas revigoraram a cena artística americana e alteraram a história da arte moderna. Após o seu sucesso inicial no início dos anos 1960, ele criou uma obra de mais de 5.000 pinturas, impressões, desenhos, esculturas, murais e outros objetos celebrados por sua inteligência e invenção.


Roy Lichtenstein – Blam, 1962 – óleo sobre tela – 172,7 x 203,2 cm - Yale University Art Gallery, New Haven, Connecticut, USA


Roy Lichtenstein – Whaam, 1963 – acrílica e óleo sobre tela – 172,7 x 406,4 cm – Tate Modern, Londres, UK


Lichtenstein cresceu em New York, onde iniciou seus estudos de arte, e depois se graduou na Universidade Estadual de Ohio, onde também completou um mestrado em Artes. Em 1957, ele voltou para o estado de New York e se dedicou a lecionar. Foi nessa época que ele adotou o estilo do Expressionismo abstrato, sendo um converso tardio para esse estilo de pintura. Lichtenstein começou a ensinar no norte de Nova York na Universidade Estadual de Nova York em Oswego em 1958.


Roy Lichtenstein – Thinking of Him, 1963 – acrílica sobre tela – 172,7 x 173 cm - Yale University Art Gallery, New Haven, Connecticut, USA


Em junho de 1961, Lichtenstein voltou à ideia que ele tinha tido em Oswego, que era combinar personagens de quadrinhos com motivos abstratos. Lichtenstein se apropriou dos pontos de Benday (Benday dots), o padrão mecânico minucioso usado na gravura comercial, para transmitir textura e gradações de cor. Os pontos de Benday se tornaram para sempre identificados com Lichtenstein e a Pop Art. Lichtenstein tornou-se um gravador prolífico e expandiu-se em escultura, que ele não tinha tentado desde meados da década de 1950 e em peças bidimensionais e tridimensionais, ele empregou uma série de materiais industriais ou "não artísticos" produzindo objetos em série, que eram menos caros do que pinturas e escultura tradicionais.


Roy Lichtenstein – “Blonde” – 1965 – cerâmica pintada - 38,1 x 21 x 20,3 cm - coleção particular


Esse blog possui um artigo sobre as esculturas de Roy Lichtenstein. Clique sobre o link abaixo para ver:



Querendo crescer, Lichtenstein se afastou dos temas de quadrinhos que o levaram ao sucesso. No final da década de 1960, seu trabalho tornou-se menos narrativo e mais abstrato, pois continuou a meditar sobre a natureza da própria empresa artística. Ele começou a explorar e desconstruir a noção de pinceladas, que são convencionalmente concebidas como veículos de expressão, mas Lichtenstein tornou-as o próprio tema de suas obras.


Roy Lichtenstein – Little Big Painting, 1965 – óleo e acrílica sobre tela – 172,7 x 203,2 cm - Whitney Museum of American Art, New York, USA


Roy Lichtenstein – Still Life with Goldfish, 1974 – óleo e acrílica sobre tela – 203,2 x 152,4 cm - Philadelphia Museum of Art, PA, USA


A busca de novas formas e fontes foi ainda mais enfática após 1970, quando Lichtenstein expandiu sua paleta além de formas vermelhas, azuis, amarelas, pretas, brancas e verdes, e formas inventadas e combinadas. Ele não estava apenas isolando imagens encontradas, mas justapondo, sobrepondo, fragmentando e recompondo essas imagens.


Roy Lichtenstein – Stepping Out, 1978 – óleo e acrílica sobre tela – 220,3 x 178,1 cm - Metropolitan Museum of Art, New York, USA


Roy Lichtenstein – Interior with Mirrored Wall, 1991 – óleo e acrílica sobre tela – 320,4 x 406,4 cm - Solomon R. Guggenheim Museum, New York, USA


No início da década de 1980, Lichtenstein estava no ápice de uma movimentada carreira mural. Ele também completou grandes encomendas para esculturas públicas em Miami Beach, Columbus, Minneapolis, Paris, Barcelona e Cingapura.


Roy Lichtenstein – “El Cap de Barcelona (The Head)” - 1991–1992 – concreto e cerâmica – 19,51 m 


“Pop Art olha para o mundo. Não parece uma pintura de algo, parece a coisa em si” (Roy Lichtenstein)


Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas por favor o compartilhe, usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais. Obrigada.


Um comentário: