Elisabeth
Vigée Le Brun - Yolande-Martine-Gabrielle de Polastron, duchesse de Polignac,
1782 - 92.2 × 73.3 cm - Château de Versailles
Elisabeth Vigée Le Brun – uma artista à frente de sua época –
com vídeos de exposição
Elisabeth
Vigée Le Brun - Hubert Robert, 1788 – 1.05 x 0.84 m – Musée Louvre, Paris
Élisabeth Vigée Le Brun, nascida Louise-Élisabeth Vigée (16
de Abril de 1755 – 30 de Março de 1842) veio de uma família relativamente
modesta e fez seu caminho através da sociedade com forte determinação. Elisabeth
Vigée Le Brun foi a retratista oficial da rainha Marie-Antoinette, e depois de
fugir da corte francesa durante a Revolução, tornou-se conhecida pelas pinturas
que fez em toda a Europa, para retratar a aristocracia e famílias reais. Ela
era muito famosa em seu tempo e seu nome continua a ser bastante conhecido pelo
público ao contrário de muitas outras pintoras. Ela teve uma carreira brilhante.
Suas memórias publicadas em 1835 alcançaram grande sucesso.
Elisabeth
Vigée Le Brun – Self Portrait, c. 1781 - 64.8 × 54 cm - Kimbell Art Museum
Vigée Le Brun usou autorretratos para fazer valer seu
status, divulgar sua imagem e mostrar às pessoas a mãe que ela tinha se
tornado, apesar das limitações de uma carreira. Nascida em Paris, ela veio de
uma família relativamente modesta. Sua mãe era cabeleireira e seu pai um talentoso
artista retratista e pintor de leques, que faleceu quando ela tinha 12 anos. Em
1776, ela casou com o negociante de arte mais importante de sua geração, Jean
Baptiste Pierre Le Brun (1748-1813), mas isso a impediu de ser aceita na
Academia Real de Pintura e Escultura, porque seus regulamentos proíbiam
qualquer contato com profissões mercantis . No entanto, esta união teve um
efeito benéfico sobre a sua carreira. Quando o preço de pinturas flamengas
subiram, ela aprendeu a dominar a magia das cores e a habilidade fina de Rubens
e Van Dyck. Sua clientela tinha sido principalmente a burguesia, mas, em 1777,
ela começou a trabalhar para a aristocracia, descendentes de sangue real e
finalmente a rainha Marie-Antoinette. No entanto, só em 1783 e com a
intervenção do marido da rainha, o rei Louis XVI, a artista foi finalmente
admitida na Academia Real de Pintura.
Elisabeth Vigée Le Brun – Marie-Antoinette de
Lorraine-Habsbourg, reine de France et ses enfants, 1787 – 195 x 271 cm - Château
de Versailles
Não haviam muitas mulheres pintoras na época. Só um número muito
limitado de mulheres podiam entrar na Academia Real, fundada em 1648. Como uma
mulher (charmosa e atraente), ela também teve que suportar uma série de boatos
e ciúmes. Além disso, as mulheres eram excluídas de praticar as pinturas de
maior prestígio, a pintura de genero e a histórica. Vigée Le Brun tinha que se
concentrar em retratos, mas ela tentou romper com as limitações impostas aos
retratos, através do desenvolvimento de novos critérios estéticos, improvisando
uma grande variedade de posturas e trajes. Ela realçava a beleza feminina de
forma espontânea e intimista. As mulheres pareciam mais livres e sensuais sob
seu pincel, retratadas em frágeis camisas de chiffon, com cachos enrolados e
lábios entreabertos, como nos retratos da duquesa de Polignac, a condessa Du
Barry, ou Isabella Marini.
Elisabeth Vigée Le Brun – Auto-Retrato com sua filha
(ternura materna), 1786 - Musée Louvre, Paris
Após a prisão da família real durante a Revolução Francesa,
Vigée Le Brun fugiu da França com sua filha Julie. Ela viveu e trabalhou por
alguns anos na Itália, Áustria e Rússia, onde sua experiência em lidar com uma
clientela aristocrática ainda era útil. Em Roma, suas pinturas tiveram uma
grande aclamação da crítica e ela foi eleita para a Accademia Romana di San
Luca. Na Rússia, ela foi recebida pela nobreza e pintou numerosos aristocratas,
incluindo o último rei da Polónia Stanisław August Poniatowski e membros da
família de Catarina, a Grande.Enquanto em São Petersburgo, Vigée Le Brun foi
nomeada membro da Academia de Belas Artes de São Petersburgo. Estando muito em
demanda pela elite da Europa, ela visitou a Inglaterra no início do século 19 e
pintou o retrato de vários notáveis britânicos, incluindo Lord Byron. Em 1807,
ela viajou para a Suíça e foi nomeada membro honorário da Société pour
l'Avancement des Beaux-Arts de Genebra.
Elisabeth
Vigée Le Brun - Varvara Ivanovna Ladomirskaïa, 1800 - 63.5 × 54.5 cm - Columbus
Museum of Art
Elisabeth
Vigée Le Brun - The Artist executing a portrait of Queen Marie Antoinette, 1791
– 100 x 81 cm - Galleria degli Uffizi, Florença
Elisabeth-Louise
Vigée-Lebrun - Self-portrait in a Straw Hat, 1782 – óleo sobre tela – 98 x 70
cm - National Gallery, London
Ela teve a ideia de usar autorretratos para afirmar seu
status, o que também é muito moderno (como selfies). Mas, ao mesmo tempo, ela
permaneceu uma monarquista fervorosa por toda a sua vida, e não gostava do
mundo que encontrou quando voltou da emigração. Ela costumava dizer: “Só na
pintura encontrei felicidade”.
Uma exposição retrospectiva da artista pode ser vista em
Paris, contendo cerca de 160 obras, com curadoria de José Baillio e Xavier
Salmon, a exposição tem alguns empréstimos excepcionais de coleções
particulares e públicas, incluindo o Chateau de Versailles.
Élisabeth Louise Vigée Le Brun (1755 – 1842)
Grand Palais Galleries Nationales
3, avenue du Général Eisenhower - 75008 Paris
Informações: 00 33 (0)1 44 13 17 17
Até 11 de Janeiro de 2016
Até 15 de Maio de 2016:
The Metropolitan Museum of Art, New York
Até 15 de Maio de 2016:
The Metropolitan Museum of Art, New York
Assista os vídeos da exposição:
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Obrigada! Exelente texto e lindas pinturas.
ResponderExcluirObrigada A. Xavier! Bjosss
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