Philip James
de Loutherbourg (1740 – 1812) – An Avalanche in the Alps – 1803 – óleo sobre
tela – 109,9 x 160 cm
A Paisagem na Arte: 1690-1998 - Artistas Britânicos da Coleção
da Tate na Pinacoteca de São Paulo
George
Stubbs (1724 – 1806) - Otho, with John Larkin up – 1768 – óleo sobre tela –
101,3 x 127 cm
A chegada desta importante e especial exposição
internacional celebra a parceria entre Tate e Pinacoteca, no ano em que a
Pinacoteca comemora 110 anos, sendo o museu de arte mais antigo de São Paulo. Com
curadoria de Richard Humphreys, a exposição traça o notável desenvolvimento de
uma das maiores contribuições da Grã-Bretanha para a arte europeia – a pintura
de paisagem – a partir de um recorte sem paralelos de arte britânica da Tate.
São mais de 100 obras de grandes artistas topográficos e
clássicos do século XVIII, dos românticos, pré-rafaelitas e dos impressionistas
do século XIX até os pioneiros modernistas do século XX e contemporâneos das
últimas décadas - uma visão fascinante do desenvolvimento histórico e cultural
da Grã-Bretanha ao longo de quase três séculos. Entre os destaques estão obras
de William Turner (1775-1851), John Constable (1776-1837), Ben Nicholson
(1894-1982) e Richard Long (1945).
John Sell
Cotman (1782 – 1842) – Norwich Market-Place – c. 1809 – aquarela e grafite
sobre papel – 40,6 x 64,8 cm
A exposição está dividida em nove partes:
Descobrindo a Grã-Bretanha
Nesta sessão, será possível observar o crescimento do
interesse pela paisagem natural da Grã-Bretanha durante o século XVIII, em um momento em que o fascínio e o orgulho
pelo país natal andavam de mãos dadas com o entusiasmo pelas descobertas de
exploradores, naturalistas, comerciantes e imperialistas à medida que o Império
Britânico se expandia pelo mundo. As Ilhas Britânicas eram “descobertas” da
mesma maneira que as distantes terras exóticas.
James Seymour
(1702 – 1752) - A Kill at Ashdown Park – 1743 – óleo sobre tela – 180,3 x 238,8
cm
Sonhos pastorais
O termo “pastoral” define uma gama complexa de formas
artísticas e literárias que surgiram a partir do período clássico. Duas obras
de Thomas Gainsborough (1727-1788) poderão ser vistas nesta sessão: em uma
delas, um cavalheiro toca um instrumento em um mundo ideal, na outra, um
paraíso completamente imaginário de pastores de vacas com seus satisfeitos
rebanhos.
Thomas
Gainsborough (1727 – 1788) – The Reverend John Chafy Playing the Violoncello in
a Landscape - 1750-2 - oléo sobre tela – 74,9 x 60,9 cm
A visão clássica
Nesta sessão, será possível conferir obra de Joseph Mallord
William Turner (1775-1851), talvez o maior paisagista britânico de todos os
tempos, que também aplicava princípios clássicos tanto em cenas italianas
quanto em panoramas nativos. Nesta época, as paisagens clássicas eram tão
celebradas pela aristocracia britânica, que muitas propriedades foram
reformadas com o objetivo de incorporar nelas as suas características visuais e
arquitetônicas.
Joseph
Mallord William Turner (1775-1851), “Dido and Aeneas” - 1814 - óleo sobre tela –
146 x 237,2 cm
Romantismo
O romantismo compreende um vasto leque de formas culturais
que surgiram em toda a Europa entre os anos 1770 e 1830. As grandes mudanças
históricas do período, tais como a Revolução Francesa, a Revolução Industrial e
a ascensão do nacionalismo, constituem o contexto turbulento em que o
romantismo se desenvolveu. As artes topográfica, clássica e pastoral
influenciaram a pintura romântica inglesa, mas no começo do século XIX ela
encontrou uma forma própria de expressão.
Johann
Zoffany (1733 – 1810) – Three Daughters of John, 3rd Earl of Bute –
c. 1763-4 – óleo sobre tela – 101,2 x 126,5 cm
Fidelidade à natureza
As pinturas desta seção têm relação com a ideia de
fidelidade à natureza e representam uma rejeição de muitos aspectos do
romantismo. A prática de fazer desenhos de observação da natureza ao ar livre
popularizou-se entre os artistas profissionais e amadores no final do século
XVIII e foi um dos pilares daquilo que se tornou conhecido como “pitoresco”.
John Crome
(1768 – 1821) – Yarmouth Harbour, Evening – c. 1817 – óleo sobre tela – 40,6 x
66 cm
Impressionismo
O impressionismo foi um movimento radical da arte francesa
nas décadas de 1860 e 1870. A arte experimental francesa do século XIX nasceu
de um debate sobre o valor do esboço em relação à pintura terminada e acerca do
poder das instituições acadêmicas sobre a formação artística e as exposições de
arte. Desde o começo daquele século, muitos artistas franceses haviam admirado
a pintura de paisagem britânica em razão de seu frescor antiacadêmico. Os
vínculos entre a arte britânica e a francesa eram variados e complexos, e
artistas de ambos os países cruzavam com frequência o Canal da Mancha.
James
Abbott McNeill Whistler (1834 – 1903) - Nocturne: Black and Gold, The Fire Wheel
– 1875 – óleo sobre tela – 54,3 x 76,2 cm
Um novo romantismo
Muitos artistas neo-românticos foram empregados como artistas
oficiais de guerra no front interno durante a Segunda Guerra Mundial. Em suas
pinturas de paisagem, figurando edifícios antigos e cidades arruinadas, eles
criaram imagens que refletiam as emoções complexas que caracterizaram o período
de guerra, como o terror, a euforia, a nostalgia e o escapismo.
Graham Sutherland OM (1903 – 1980) – artista oficial de Guerra
– Devastation, 1941: An East End Street – 1941 – giz de cera, guache, nanquim,
grafite e aquarela sobre papel, sobre cartão – 64,8 x 110,4 cm
Redescobrindo a Grã-Bretanha
No começo do século XX a pintura britânica englobava um
leque diversificado de abordagens. O impressionismo, outrora ridicularizado,
tornara-se um estilo estabelecido e dono de um mercado forte, enquanto outros
artistas continuavam pintando nos estilos pré-rafaelita, simbolista e
social-realista. Nesta sessão, será possível conferir John Dickson Innes (1887-
1914) e seu o desejo de fazer experimentações mais radicais de forma e cor em
suas paisagens.
Christopher
Wood (1901 – 1930) – Boat in Harbour, Brittany – 1929 – óleo sobre cartão – 79,4
x 108,6 cm
Novas paisagens, velhas paisagens
O neoromantismo foi sucedido por uma retomada da arte
realista no começo da década de 1950. Já em 1960, no entanto, os artistas
britânicos haviam começado a responder à arte e à cultura norte-americanas. A
arte conceitual britânica das décadas de 1960 e 1970 também se interessava pela
“noção de lugar”. Richard Long (1945) é um dos artistas desta sessão, criando
uma arte paisagística híbrida e poética a partir da associação de mapas, textos
e fotografias.
Phillip
Wilson Steer (1860 – 1942) – The Bridge – 1887-8 – óleo sobre tela – 49,5 x
65,5 cm
Entre os artistas da exposição estão:
Século 18:
Richard Wilson | George Stubbs | Thomas Gainsborough | Joseph Wright | Philip James
de Loutherbourg | Francis Towne | John Mallord William Turner | Thomas Girtin
Século 19:
Joseph Mallord William Turner | John Constable | John Sell Cotmann | Richard Parkes
Bonington | John Martin | Samuel Palmer | Edwin Landseer | William Dyce | David
Roberts | John Everett Millais | William Holman Hunt | John Brett | James
Abbott McNeill Whistler | John Singer Sargent
Século 20:
Walter Sickert | Stanley Spencer | Augustus John | Paul Nash | David Bomberg |
CRW Nevinson | Ben Nicholson | Christopher Wood | Graham Sutherland | John
Piper | Edward Burra | Eric Ravilious | LS Lowry | Peter Lanyon | Frank
Auerbach | David Inshaw
John
Constable (1776 – 1837) - Chain Pier, Brighton – 1826-7 – óleo sobre tela – 127
x 182,9 cm
Texto: Pinacoteca do Estado de São Paulo
Até 18 de outubro de 2015
Pinacoteca do Estado de São Paulo - Praça da Luz, 02 - São
Paulo, SP, Brasil
Informações: (11) 3324 1000
John Martin
(1789 – 1854) – The Destruction of Pompeii and Herculaneum – 1823 – óleo sobre
tela – 161,6 x 255 cm
Nenhum comentário:
Postar um comentário