sexta-feira, 5 de junho de 2015

A história de “Carnation, Lily, Lily, Rose” de John Singer Sargent

John Singer Sargent - Carnation, Lily, Lily, Rose – c. 1885 – óleo sobre tela – 174 x 153.7 cm – Tate Britain

A história de “Carnation, Lily, Lily, Rose” (Cravo, Lírio, Lírio, Rosa) de John Singer Sargent  


Em 1884, um escândalo obrigou o pintor John Singer Sargent a deixar Paris, mas uma pintura exibida na Royal Academy três anos mais tarde ajudou a reviver sua carreira. O retrato de Sargent de Amélie Gautreau, o famoso Madame X, foi exibido pela primeira vez no Salão de Paris de 1884 e foi recebida com indignação, danificando imensamente sua reputação como artista. Ele havia pintado os ombros da modelo muito expostos para os costumes da época e a pele muito pálida, provocando a desaprovação dos críticos. Buscando reabilitação, Sargent se mudou para a Inglaterra em Farnham House na Broadway, em Cotswolds, ao sul de Stratford-upon-Avon, onde passou o verão de 1885 com o pintor Francis Davis Millet. Foi ali que “Carnation, Lily, Lily, Rose” foi pintada.

John Singer Sargent - Madame X (Madame Pierre Gautreau) - 1883–84 – óleo sobre tela - 208.6 x 109.9 cm

Esse blog possui um artigo sobre a tela “Madame X” de John Singer Sargent. Clique sobre o link abaixo para ver:


A primeira inspiração de Sargent para a pintura veio de uma viagem de barco à noite ao longo do rio Tamisa em Pangbourne em 1885, quando ele viu lanternas chinesas penduradas nas árvores. Ele começou “Carnation, Lily, Lily, Rose” durante a sua estada na casa do artista Francis David Millet, e as modelos para as duas meninas, Polly de 7 anos e sua irmã Dorothy de 11 anos, foram as filhas do artista Frederick Barnard.

O título vem do refrão de uma canção popular "Ye Shepherds Tell Me" ("Ó pastores Me Digam"). também conhecida como a coroa de flores, por Joseph Mazzinghi, uma alegria pastoral para um trio de vozes masculinas, que menciona Flora vestindo "Uma coroa de flores em volta da cabeça, ao redor da cabeça ela usava, Cravo, lírio, lírio, rosa".

Nesta pintura, Sargent revela suas influências cosmopolitas, cedendo a influências pré-rafaelitas inglesas e ao mesmo tempo aferrando-se à técnica impressionista “en plein air” que ele aprendeu com seu amigo Monet em Paris. Pintou inteiramente ao ar livre durante o final dos verões de 1885 e 1886, pegando o brilho do crepúsculo delicado antes que a luz desaparecesse na noite. É uma espécie de Jardim do Éden, um jardim inventado com flores e folhagens densas. Com as duas meninas que iluminam as lanternas, é uma imagem da inocência da infância.
Sargent retomou a pintura no verão seguinte e, finalmente, a terminou pelo final do mês de Outubro de 1886. No decurso do trabalho, Sargent cortou a tela retangular, removendo cerca de 61 cm do lado esquerdo, para deixar uma forma aproximadamente quadrada.

“Carnation, Lily, Lily, Rose” foi exibida pela primeira vez na Exposição de Verão da Royal Academy em 1887. Sargent estava de novo na boca de todos e sua reputação restaurada.

Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas compartilhe usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário