"As Quatro Horas do Dia" - Jean-Baptiste-Camille Corot - c. 1858 – óleo sobre madeira - The
National Gallery, London
Da esquerda para a direita:
Manhã - 142.2 x 72.3 cm
Meio-dia - 142.2 x 62,2 cm
Tarde - 142.2 x 72.3 cm
Noite - 142.2 x 64,7 cm
A história das 4 obras: “As Quatro Horas do Dia” - Jean-Baptiste-Camille
Corot
As quatro pinturas, representando Manhã, Meio-dia, Tarde e Noite, foram adquiridas pelo artista Lord Frederic Leighton em 1865 e estavam
entre os primeiros trabalhos de Corot adquiridos por um colecionador britânico.
Lord Leighton as expôs como o ponto focal de sua casa em Londres, fornecendo
inspiração para seus colegas artistas vitorianos.
Frederic Leighton, 1º Barão de Leighton (1830 - 1896),
conhecido como Sir Frederic Leighton entre 1878 e 1896, foi um pintor e
escultor Inglês. Seus trabalhos tinham temas históricos, bíblicos e clássicos.
Corot pintou os quatro grandes painéis, que traçam o
aprofundamento da luz do céu, do nascer do sol à noite estrelada, para decorar
o estúdio de seu amigo e companheiro pintor Alexandre-Gabriel Decamps em Fontainebleau.
Ele completou o ciclo em uma única semana, levando Decamps a exclamar: "Não
tão rápido, não se apresse, ainda há sopa suficiente para mais alguns dias".
Decamps passou horas na contemplação dos painéis, desanimado com a sua
qualidade, técnica e efeito, em relação ao seu próprio trabalho.
"As Quatro Horas do Dia" pertencem a uma década em
que a obra de Corot foi mudando para uma percepção mais pessoal da natureza, na
qual paisagens de estúdio compostas de memórias ou desenhos de paisagens reais
desempenhavam um papel cada vez maior.
Tarde e Noite
Jean-Baptiste-Camille Corot (17 de Julho de 1796 - 22 de Fevereiro de 1875) foi um pintor francês de paisagens e de retratos, assim como um gravurista. Ele é uma figura fundamental na história da pintura de paisagem e sua vasta produção faz referência tanto à tradição Neo-Clássica, como antecipa as inovações do plein-ar do impressionismo.
Em 1825-1828, Corot viajou para a Itália (o que era considerado
essencial para a formação de um artista da paisagem), ficando durante um tempo em Roma
e na Campagna, antes de viajar para Nápoles. Em 1827, ele enviou suas primeiras
pinturas ao Salão de Paris. Corot viajou extensivamente pela Europa ao longo de
sua vida, e durante essas viagens ele pintou ao ar livre, preenchendo inúmeros
cadernos com desenhos. Durante os meses de inverno, ele trabalhava em estúdio,
em ambiciosas paisagens e temas mitológicos e religiosos destinadas para o Salão de
Paris.
Sua reputação foi estabelecida na década de 1850, que também
foi o período em que seu estilo tornou-se mais suave e suas cores mais
restritas. Em suas últimas paisagens de estúdio, que muitas vezes eram povoadas
de banhistas, bacantes e figuras alegóricas, ele empregou uma pequena gama de
cores, muitas vezes usando suaves tons de cinza e azul-esverdeado, com manchas
de cor confinadas à roupa das figuras. Sua influência na posterior pintura de
paisagem do século 19, incluindo os Impressionistas, foi imensa,
particularmente em sua interpretação de luz sobre a paisagem.
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