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Desenhos e gravuras de Alberto Giacometti
Nota atual de 100 francos Suíços frente e verso, em homenagem a Alberto Giacometti
Alberto Giacometti (1901-1966) nasceu em Borgonovo, Suiça,
na fronteira com a Itália. Filho de Giovanni Giacometti, pintor pós-impressionista
e descendente de protestantes refugiados da Inquisição.
Alberto Giacometti - After the Cub Bear Hunt - 1912 - lápis e guache sobre papel
Alberto Giacometti - Mountains and the Lake of Sils - 1914 - lápis e aquarela sobre papel
Quando Giacometti não tinha mais do que dez anos, ele
começou a enviar desenhos a lápis e giz de cera para seu padrinho Amiet, a
maioria dos quais ele salvou e sobrevivem até hoje. E nos anos que se seguiram,
ele começou a experimentar com óleos e naturezas-mortas, muitas vezes usando
seus irmãos como modelos. Ele produziu sua primeira pintura aos doze anos.
Alberto Giacometti - Ottilia reading - 1918 - caneta e tinta sobre papel
Alberto Giacometti - Nu de Costas - 1925 - lápis sobre papel
Alberto Giacometti - The Palace at 4 a.m, 1932 - óleo e lápis sobre papelão - 49 x 55 cm
Em 1922 mudou para Paris com seu irmão Diego, seu
companheiro ao longo da vida e assistente, para estudar com o escultor Antoine
Bourdelle, um associado de Rodin. Foi lá que Giacometti experimentou com o
cubismo e o surrealismo e chegou a ser considerado como um dos principais
escultores surrealistas. Vivendo em meio à comunidade criativa de Montparnasse,
começou a associar-se com os artistas Joan Miró, Max Ernst e Pablo Picasso.
Alberto Giacometti - Self-Portrait Seated - c. 1934 - lápis sobre papel - 31 x 24 cm
Alberto Giacometti - After an Egyptian Sculpture - Head Face on and in Profile - 1937 - caneta e tinta sobre papel
Alberto Giacometti - Abstraction - 1934 - lápis sobre papel
De 1935 a 1940 Giacometti abandonou o Surrealismo e
concentrou suas esculturas na cabeça humana, com foco no olhar da pessoa. Isto
foi seguido por uma nova e única fase artística em que suas esculturas ficaram
estendidas, os membros alongados. Durante a Segunda Guerra Mundial, mudou-se
para Genebra, onde conheceu Annette Arm
e em 1946 eles voltaram para Paris, onde se casaram. O casamento parece ter
sido bom para Giacometti, porque este próximo período foi um dos seus mais
produtivos.
Alberto Giacometti - Head of Jean-Paul Sartre - 1949 - lápis e borracha sobre papel
Alberto Giacometti - Arbre - 1950 - grafite sobre papel - 49.2 x 34.2 cm
Alberto Giacometti - Man Walking in the Studio (Lust 94) - 1951 - litogravura
O estilo de Giacometti continuou a amadurecer e entre 1950 e1960,
suas figuras de bronze ficaram maiores e mais complexas. Ele também dedicou
mais tempo para retratos, tanto em pintura como em escultura.
Alberto Giacometti - Walking Man - 1951 - caneta e tinta sobre papel
Alberto Giacometti - Three Men Walking II - 1949 - bronze - 76,5 x 33 x 32,4 cm
Alberto Giacometti - Cabeça - 1954 - crayon e tinta sobre papel
Em 1962, Giacometti recebeu o grande prémio de escultura na
Bienal de Veneza, e o prêmio lhe trouxe fama mundial.
Ele é talvez mais lembrado por seu trabalho figurativo, o
que ajudou a tornar o motivo da figura humana que sofre, um símbolo popular de
trauma pós-guerra.
Alberto Giacometti - Terrace of a Café I, plate 123 for Paris Sans Fin - c. 1958-1965 - litogravura sobre papel
Alberto Giacometti - Dois Personagens e uma Cabeça - c. 1960-1965 - esferográfica azul sobre papel
Alberto Giacometti - Sculptures in the Studio at Stampa - 1965 - técnica mista sobre papel
"Quando faço os meus desenhos ... o caminho traçado
pelo meu lápis sobre a folha de papel é, de certa forma, análogo ao gesto de um
homem tateando seu caminho na escuridão."
Alberto Giacometti - Nude Laying on a Bed -Annette in the Bedroom, Rue Hippolyte-Maindron - 1953 - lápis e borracha sobre papel
Alberto Giacometti - Annette at the Table at Stampa - lápis sobre papel
Alberto Giacometti em seu estúdio em Paris - 1954 - Foto: Ernst Scheidegger
"Toda a arte do passado surge diante de mim, a arte de
todas as épocas e todas as civilizações, tudo se torna simultâneo, como se o
espaço tivesse substituído o tempo. Memórias de obras de arte se misturam com
memórias afetivas, com meu trabalho, com toda a minha vida." - Alberto Giacometti
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