Pop Art Myths - exposição em 2014 - veja fotos e vídeo
Representada por obras importantes de Rauschenberg, Wesselmann, Lichtenstein e Hockney, a mostra Pop Art Myths ofereceu uma nova avaliação desta tendência artística a partir de uma perspectiva do século 21. As cerca de 70 obras da exposição incluem exemplos de pioneirismo britânico da Pop Art, bem como obras clássicas norte-americanas e outras que representam a propagação do movimento em toda a Europa, reunidas com o objetivo de identificar as fontes comuns da Pop Art internacional. Paloma Alarco, curadora-chefe de pintura moderna no Museu Thyssen-Bornemisza, apresentou, assim, uma revisão dos mitos que tradicionalmente definiram este movimento, a fim de demonstrar que a superficialidade enganosa e banalização de imagens lendárias da Pop Art na verdade escondem um código irônico e poderoso para a percepção da realidade, e que sobrevivem na arte dos dias de hoje.
O surgimento da Pop Art no final dos anos 1950 e início dos
anos 1960 foi um dos momentos mais libertadores da história da arte. Seu
endosso explícito da nova cultura da tecnologia e do consumismo demoliu as
aspirações subjetivistas de movimentos de vanguarda anteriores e reintegrou a arte e o mundo real.
Tom Wesselmann - Still Life #34 - 1963 - coleção particular
Roy
Lichtenstein - "Woman in Bath" – 1963 – óleo sobre tela - 173,3 x
173,3 cm - Thyssen-Bornemisza Museum, Madrid, Spain
Com a incessante troca recíproca entre arte e todo tipo de
objetos de cultura visual e popular, a Pop Art, pôs fim à divisão entre
"alta" e "baixa" cultura e abriu um novo debate sobre a
relação entre o estético e o anti -estético.
Robert Rauschenberg - Retroactive II - 1963 - Museum of Contemporary Art Chicago, USA
Roy
Lichtenstein – “Look Mickey” (detalhe) – 1961 - 121.9 x 175.3 cm - National Gallery of Art, Washington, D.C., USA
Para a Pop Art, qualquer imagem era reciclável, e cada
objeto poderia tornar-se arte. Seu verdadeiro objetivo era oferecer uma nova
interpretação da imagem na cultura contemporânea.
E, no entanto a Pop Art esconde um paradoxo fascinante: por
um lado, foi um movimento inovador que abriu novos caminhos para a
pós-modernidade. Mas, ao mesmo tempo foi claramente orientado para o passado. A
ânsia da Pop Art para se conectar com a tradição - usando novos meios artísticos derivados da
televisão, publicidade ou quadrinhos - focou sobretudo, em uma reavaliação de
estilos artísticos e gêneros e na reinterpretação das obras de antigos mestres
a quem os artistas pop iriam prestar homenagem ou a quem sujeitariam à paródia
irreverente.
Equipo Crónica - "The Living Room" - 1970 - paródia a Diego Velázquez - "Las Meninas" - Museu Fundación Juan March, de Palma
Richard
Lindner - Moon over Alabama – 1963 – óleo sobre tela - 204 x 127.7 cm - Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid
Peter Blake - "The First Real Target" - 1961 - Tate Modern, London
Mimmo Rotella - "Cleopatra" - 1963 - coleção particular
Juan Genovés - "Group Hug" - 1976 - Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía Collection, Madrid
Andy Warhol - "Details
of Renaissance Paintings" (Sandro Botticelli, Birth of Venus, 1482) – 1984 - coleção particular
Assista o vídeo da exposição, clicando aqui abaixo:
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