quarta-feira, 23 de julho de 2014

Pop Art Myths - veja fotos e vídeo



Pop Art Myths - exposição em 2014 - veja fotos e vídeo

Representada por obras importantes de Rauschenberg, Wesselmann, Lichtenstein e Hockney, a mostra Pop Art Myths  ofereceu uma nova avaliação desta tendência artística a partir de uma perspectiva do século 21. As cerca de 70 obras da exposição incluem exemplos de pioneirismo britânico da Pop Art, bem como obras clássicas norte-americanas e outras que representam a propagação do movimento em toda a Europa, reunidas com o objetivo de identificar as fontes comuns da Pop Art internacional. Paloma Alarco, curadora-chefe de pintura moderna no Museu Thyssen-Bornemisza, apresentou, assim, uma revisão dos mitos que tradicionalmente definiram este movimento, a fim de demonstrar que a superficialidade enganosa e banalização de imagens lendárias da Pop Art na verdade escondem um código irônico e poderoso para a percepção da realidade, e que sobrevivem na arte dos dias de hoje.


Andy Warhol - Flores - 1970 - 10 serigrafias sobre papel - 91,5 x 91,5 cm 


Andy Warhol - "Marlon" - 1966


O surgimento da Pop Art no final dos anos 1950 e início dos anos 1960 foi um dos momentos mais libertadores da história da arte. Seu endosso explícito da nova cultura da tecnologia e do consumismo demoliu as aspirações subjetivistas de movimentos de vanguarda anteriores e reintegrou  a arte e o mundo real.


Tom Wesselmann - Still Life #34 - 1963 - coleção particular


Roy Lichtenstein - "Woman in Bath" – 1963 – óleo sobre tela - 173,3 x 173,3 cm - Thyssen-Bornemisza Museum, Madrid, Spain


Com a incessante troca recíproca entre arte e todo tipo de objetos de cultura visual e popular, a Pop Art, pôs fim à divisão entre "alta" e "baixa" cultura e abriu um novo debate sobre a relação entre o estético e o anti -estético.


Robert Rauschenberg - Retroactive II - 1963 - Museum of Contemporary Art Chicago, USA


Roy Lichtenstein – “Look Mickey” (detalhe) – 1961 - 121.9 x 175.3 cm - National Gallery of Art, Washington, D.C., USA


Para a Pop Art, qualquer imagem era reciclável, e cada objeto poderia tornar-se arte. Seu verdadeiro objetivo era oferecer uma nova interpretação da imagem na cultura contemporânea.
E, no entanto a Pop Art esconde um paradoxo fascinante: por um lado, foi um movimento inovador que abriu novos caminhos para a pós-modernidade. Mas, ao mesmo tempo foi claramente orientado para o passado. A ânsia da Pop Art para se conectar com a tradição -  usando novos meios artísticos derivados da televisão, publicidade ou quadrinhos - focou sobretudo, em uma reavaliação de estilos artísticos e gêneros e na reinterpretação das obras de antigos mestres a quem os artistas pop iriam prestar homenagem ou a quem sujeitariam à paródia irreverente.

Equipo Crónica - "The Living Room" - 1970 - paródia a Diego Velázquez - "Las Meninas" - Museu Fundación Juan March, de Palma 



Richard Lindner - Moon over Alabama – 1963 – óleo sobre tela - 204 x 127.7 cm - Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid



Peter Blake - "The First Real Target" - 1961 - Tate Modern, London


Mimmo Rotella - "Cleopatra" - 1963 - coleção particular


Juan Genovés - "Group Hug" - 1976 - Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía Collection, Madrid


Andy Warhol - "Details of Renaissance Paintings" (Sandro Botticelli, Birth of Venus, 1482) – 1984 - coleção particular


Assista o vídeo da exposição, clicando aqui abaixo:





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