quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Elisabeth Vigée Le Brun – uma artista à frente de sua época – com vídeos de exposição

Elisabeth Vigée Le Brun - Yolande-Martine-Gabrielle de Polastron, duchesse de Polignac, 1782 - 92.2 × 73.3 cm - Château de Versailles



Elisabeth Vigée Le Brun – uma artista à frente de sua época – com vídeos de exposição



Elisabeth Vigée Le Brun - Hubert Robert, 1788 – 1.05 x 0.84 m – Musée Louvre, Paris


Élisabeth Vigée Le Brun, nascida Louise-Élisabeth Vigée (16 de Abril de 1755 – 30 de Março de 1842) veio de uma família relativamente modesta e fez seu caminho através da sociedade com forte determinação. Elisabeth Vigée Le Brun foi a retratista oficial da rainha Marie-Antoinette, e depois de fugir da corte francesa durante a Revolução, tornou-se conhecida pelas pinturas que fez em toda a Europa, para retratar a aristocracia e famílias reais. Ela era muito famosa em seu tempo e seu nome continua a ser bastante conhecido pelo público ao contrário de muitas outras pintoras. Ela teve uma carreira brilhante. Suas memórias publicadas em 1835 alcançaram grande sucesso.



Elisabeth Vigée Le Brun – Self Portrait, c. 1781 - 64.8 × 54 cm - Kimbell Art Museum


Vigée Le Brun usou autorretratos para fazer valer seu status, divulgar sua imagem e mostrar às pessoas a mãe que ela tinha se tornado, apesar das limitações de uma carreira. Nascida em Paris, ela veio de uma família relativamente modesta. Sua mãe era cabeleireira e seu pai um talentoso artista retratista e pintor de leques, que faleceu quando ela tinha 12 anos. Em 1776, ela casou com o negociante de arte mais importante de sua geração, Jean Baptiste Pierre Le Brun (1748-1813), mas isso a impediu de ser aceita na Academia Real de Pintura e Escultura, porque seus regulamentos proíbiam qualquer contato com profissões mercantis . No entanto, esta união teve um efeito benéfico sobre a sua carreira. Quando o preço de pinturas flamengas subiram, ela aprendeu a dominar a magia das cores e a habilidade fina de Rubens e Van Dyck. Sua clientela tinha sido principalmente a burguesia, mas, em 1777, ela começou a trabalhar para a aristocracia, descendentes de sangue real e finalmente a rainha Marie-Antoinette. No entanto, só em 1783 e com a intervenção do marido da rainha, o rei Louis XVI, a artista foi finalmente admitida na Academia Real de Pintura.



Elisabeth Vigée Le Brun – Marie-Antoinette de Lorraine-Habsbourg, reine de France et ses enfants, 1787 – 195 x 271 cm - Château de Versailles



 Elisabeth Vigée Le Brun - Rainha Marie Antoinette (Retrato em Musselina), 1783- 92.7 × 73.1 cm - National Gallery of Art, Washington, D.C.


Não haviam muitas mulheres pintoras na época. Só um número muito limitado de mulheres podiam entrar na Academia Real, fundada em 1648. Como uma mulher (charmosa e atraente), ela também teve que suportar uma série de boatos e ciúmes. Além disso, as mulheres eram excluídas de praticar as pinturas de maior prestígio, a pintura de genero e a histórica. Vigée Le Brun tinha que se concentrar em retratos, mas ela tentou romper com as limitações impostas aos retratos, através do desenvolvimento de novos critérios estéticos, improvisando uma grande variedade de posturas e trajes. Ela realçava a beleza feminina de forma espontânea e intimista. As mulheres pareciam mais livres e sensuais sob seu pincel, retratadas em frágeis camisas de chiffon, com cachos enrolados e lábios entreabertos, como nos retratos da duquesa de Polignac, a condessa Du Barry, ou Isabella Marini.


Elisabeth Vigée Le Brun – Auto-Retrato com sua filha (ternura materna), 1786 - Musée Louvre, Paris 


Após a prisão da família real durante a Revolução Francesa, Vigée Le Brun fugiu da França com sua filha Julie. Ela viveu e trabalhou por alguns anos na Itália, Áustria e Rússia, onde sua experiência em lidar com uma clientela aristocrática ainda era útil. Em Roma, suas pinturas tiveram uma grande aclamação da crítica e ela foi eleita para a Accademia Romana di San Luca. Na Rússia, ela foi recebida pela nobreza e pintou numerosos aristocratas, incluindo o último rei da Polónia Stanisław August Poniatowski e membros da família de Catarina, a Grande.Enquanto em São Petersburgo, Vigée Le Brun foi nomeada membro da Academia de Belas Artes de São Petersburgo. Estando muito em demanda pela elite da Europa, ela visitou a Inglaterra no início do século 19 e pintou o retrato de vários notáveis britânicos, incluindo Lord Byron. Em 1807, ela viajou para a Suíça e foi nomeada membro honorário da Société pour l'Avancement des Beaux-Arts de Genebra.


Elisabeth Vigée Le Brun - Varvara Ivanovna Ladomirskaïa, 1800 - 63.5 × 54.5 cm - Columbus Museum of Art


Elisabeth Vigée Le Brun - The Artist executing a portrait of Queen Marie Antoinette, 1791 – 100 x 81 cm - Galleria degli Uffizi, Florença


Elisabeth-Louise Vigée-Lebrun - Self-portrait in a Straw Hat, 1782 – óleo sobre tela – 98 x 70 cm - National Gallery, London


Ela teve a ideia de usar autorretratos para afirmar seu status, o que também é muito moderno (como selfies). Mas, ao mesmo tempo, ela permaneceu uma monarquista fervorosa por toda a sua vida, e não gostava do mundo que encontrou quando voltou da emigração. Ela costumava dizer: “Só na pintura encontrei felicidade”.







Uma exposição retrospectiva da artista pode ser vista em Paris, contendo cerca de 160 obras, com curadoria de José Baillio e Xavier Salmon, a exposição tem alguns empréstimos excepcionais de coleções particulares e públicas, incluindo o Chateau de Versailles.

Élisabeth Louise Vigée Le Brun (1755 – 1842)
Grand Palais Galleries Nationales
3, avenue du Général Eisenhower - 75008 Paris
Informações: 00 33 (0)1 44 13 17 17
Até 11 de Janeiro de 2016

Até 15 de Maio de 2016:
The Metropolitan Museum of Art, New York





Assista os vídeos da exposição:







Texto escrito e/ou traduzido e/ou adaptado ©Arteeblog - não copie esse artigo sem autorização desse blog, mas compartilhe usando os ícones de compartilhamento para e-mail ou redes sociais.


2 comentários: