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quarta-feira, 23 de maio de 2018

A história da escultura de François Rude – “Jovem Pescador Napolitano Brincando com uma Tartaruga”

François Rude – “Jovem Pescador Napolitano Brincando com uma Tartaruga”, 1833 – mármore – 82 x 88 x 48 cm – Musée du Louvre, Paris, França


A história da escultura de François Rude – “Jovem Pescador Napolitano Brincando com uma Tartaruga” (Young Neapolitan Fisherboy Playing with a Tortoise)


Embora reminiscente de escultura antiga, essa obra foi imbuída de uma sensação inédita de liberdade e frescor. Este jovem pescador com bom humor contagiante é um marco na história da arte. François rude abalou os alicerces do classicismo convencional pela ingenuidade de seu tema e sua representação não-idealizada da natureza. A graça do menino garantiu, sem dúvida, o sucesso dessa obra.

Esse garoto alegre, brincando com uma tartaruga mantida em cativeiro, causou uma polêmica acalorada no Salão de 1833. Pela primeira vez, um artista havia esculpido em mármore uma figura pitoresca, um assunto anedótico, em tamanho natural. Isso marcou uma ruptura completa com a ideologia clássica, segundo a qual as cenas de gênero eram consideradas indignas de arte estatuária, especialmente em um meio tão nobre quanto o mármore. O tema e o estilo de Rude também contradiziam os cânones clássicos.


François Rude – “Jovem Pescador Napolitano Brincando com uma Tartaruga”, 1833 – mármore – 82 x 88 x 48 cm – Musée du Louvre, Paris, França


A tradição de representar crianças brincando existia na escultura helenística, mas Rude enfatizou o aspecto popular e vivo de sua representação. A criança sentada na rede é um jovem pescador, cujo chapéu e escapulário (o objeto devocional em volta do pescoço) mostram que ele é de Nápoles. Sua atitude é despreocupada e todo o seu rosto (olhos enrugados, covinhas, boca aberta) está rindo.

Por volta de 1807, figuras pitorescas de camponeses e pescadores tornaram-se a personificação da natureza simples e inocente para poetas e artistas, e o sul da Itália era considerado como seu último refúgio sobrevivente. Rude, que nunca havia visitado a Itália, pode ter se inspirado em cenas do folclore italiano do pintor suíço Léopold Robert (1794-1835).


François Rude – “Jovem Pescador Napolitano Brincando com uma Tartaruga”, 1833 – mármore – 82 x 88 x 48 cm – Musée du Louvre, Paris, França


François Rude (4 de janeiro de 1784 - 3 de novembro de 1855) foi um escultor francês. Nascido em Dijon, ele trabalhou com seu pai como serralheiro até os 16 anos, mas recebeu treinamento em desenho de François Devosges, com quem ele aprendeu que um contorno forte e simples era um ingrediente inestimável nas artes plásticas. Depois ele morou em Paris e em Bruxelas, retornando a Paris onde permaneceu e se notabilizou. Seu grande sucesso data de 1833, quando recebeu a cruz da Legião de Honra por sua escultura do Garoto Pescador Napolitano Brincando com uma Tartaruga (agora no Louvre), que também trouxe para ele a importante encomenda de todo o ornamento do friso escultural e de um grupo no Arco do Triunfo, em Paris. Este grupo, Départ des Volontaires de 1792 (Partida dos Voluntários de 1792), também conhecido como La Marseillaise, é uma obra cheia de energia que imortalizou o nome de Rude.


François Rude – “Jovem Pescador Napolitano Brincando com uma Tartaruga”, 1833 – mármore – 82 x 88 x 48 cm – Musée du Louvre, Paris, França


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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

A história da escultura "The Winged Victory of Samothrace"

"The Winged Victory of Samothrace" ("A Vitória Alada de Samotrácia", também chamada de "Nike of Samothrace"), c. 200 – 190 A.C. – mármore de Paros – 244 cm – Louvre Museum, Paris


A história da escultura "The Winged Victory of Samothrace"





The Winged Victory of Samothrace é uma escultura helenística de mármore que representa Nike, a deusa grega da vitória, criada provavelmente no século II A.C. por um escultor não identificado, e é uma das mais famosas esculturas do mundo. Apenas um pequeno número de grandes estátuas helenísticas sobrevive no original, em vez de cópias romanas. Este monumento foi provavelmente um ex-voto oferecido pelo povo de Rodes em comemoração de uma vitória naval no início do segundo século A.C. O mármore de Paros é um material altamente apreciado pela brancura, fineza e semi-transparência. Foi explorado nas pedreiras daquela ilha grega para ser utilizado na construção de edifícios públicos e templos, e na confecção de esculturas pelos gregos da era clássica.




Este monumento excepcional foi descoberto em 1863 na pequena ilha de Samotrácia, no noroeste do mar Egeu que na época era parte do Império Otomano. Foi descoberta por Charles Champoiseau, vice-cônsul francês em Adrianople, Turquia. A deusa da Vitória (Nike, em grego) é mostrada na forma de uma mulher alada de pé na proa de um navio, enfrentando o forte vento que sopra através de suas roupas. Com a mão direita em concha em torno de sua boca, ela anunciava o evento que ela foi designada a comemorar. O colossal trabalho foi colocado em um nicho de pedra que havia sido cavado em uma colina, com vista para o teatro do Santuário dos Grandes Deuses. Este nicho também pode ter contido uma piscina cheia de água em que o navio parecia flutuar. Dada a sua colocação, o trabalho deveria ser visto do lado esquerdo frontal. Isso explica a disparidade na técnica de escultura, sendo o lado direito do corpo muito menos detalhado. A apresentação altamente teatral, combinada com a monumentalidade da deusa, sua ampla envergadura e o vigor de seu corpo, inclinado para a frente, reforçam a dramaticidade da cena.




O santuário de Samotrácia era consagrado aos Cabeiri, deuses da fertilidade, cuja ajuda foi invocada para proteger os navegadores e para conceder a vitória na guerra. A oferta de uma estátua de Nike empoleirada em um navio era um ato religioso em homenagem a esses deuses. Também é possível que este monumento tenha sido dedicado pelo povo de Rodes à comemoração de uma vitória naval específica. O tipo de navio representado e o mármore cinzento usado para a proa e a base da estátua sugerem que esta é, de fato, uma criação de Rodes. Se for assim, o trabalho pode ser datado do século II A.C. Também há uma inscrição parcial na base da estátua que inclui a palavra "Rhodios".

Antes de perder os braços, que nunca foram recuperados, acredita-se que a mão direita de Nike ficava em concha em volta da boca para aumentar o grito de vitória. A asa direita da estátua é uma versão em gesso, simétrica da asa esquerda original. Tal como acontece com os braços, a cabeça da figura nunca foi encontrada, mas vários fragmentos já foram localizados. Em 1950, uma equipe de arqueólogos descobriu a mão direita desaparecida da escultura, e agora ela está em uma caixa de vidro no Museu do Louvre, ao lado do pódio em que está a estátua.




A figura cria um efeito em espiral em uma composição que se abre em várias direções. Isto é conseguido pelos ângulos oblíquos das asas e a colocação da perna esquerda, e enfatizado pela roupa que sopra entre as pernas da deusa. O corpo feminino nu é revelado pela transparência do drapeado molhado. O escultor foi extraordinariamente habilidoso na criação de efeitos visuais. Nike of Samothrace é vista como uma representação icônica do espírito triunfante.




Desde 1883, a figura de mármore está exposta no Museu do Louvre em Paris, sobre a escadaria Daru, enquanto uma réplica em gesso fica no museu que está no local original do Santuário dos Grandes Deuses em Samotrácia. Existem inúmeras cópias em museus e galerias ao redor do mundo.




Assista um vídeo sobre a restauração dessa escultura:





A atriz Audrey Hepburn em cena do filme Funny Face de 1957, em frente da escultura The Winged Victory of Samothrace, no Louvre em Paris


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quarta-feira, 23 de março de 2016

A história de “Cupido Testando uma de Suas Flechas” de Jacques Saly

Jacques Saly - "Cupido Testando uma de Suas Flechas" (L’Amour Essayant une de ses Flèches) – 1753 – mármore – 97 x 46 cm - base esculpida por Jacques Verbeckt – Musée du Louvre, Paris


A história de “Cupido Testando uma de Suas Flechas” de Jacques Saly


Em 1753, o escultor Jacques Saly assinou e datou sua obra-prima, a estátua de mármore “Cupido Testando Uma de Suas Flechas”. A peça tinha sido encomendada um ano antes por Madame de Pompadour, amante do Rei Louis XV, e foi apresentada ao Rei em pessoa, em 11 de Agosto de 1753, antes de ser instalada no Salon de l'Académie no Louvre, para ser mostrada ao público durante um mês.




O Cupido segura uma flecha em sua mão direita e, com o dedo mínimo da mão esquerda na ponta desta arma cruel, ele imagina o mal que ele vai fazer. O próprio escultor comentou sobre o trabalho: "O Cupido que prende e mostra com um sorriso duas setas que ele pensa em disparar. As setas estão amarradas com uma fita em que está inscrito: “Duo tela unus amor”. Esta citação tirada de “As Metamorfoses” de Ovídio significa "duas setas, um amor". O poeta Ovídio descreve o Cupido tirando de sua aljava duas setas com efeitos opostos: uma flecha com uma ponta arrendondada para inspirar o ódio, e outra flecha com uma ponta afiada para inspirar amor. O Cupido de Saly testa a ponta afiada da única flecha que importa para a Marquesa de Pompadour: aquela que acendeu o fogo do amor.





Jacques Saly se tornou Escultor Real em 1750, quando se tornou um membro da Academia Real de Pintura e Escultura. Recomendado pelo renomado escultor Edme Bouchardon, Saly foi chamado para a Dinamarca em 1753, para trabalhar na estátua equestre de Frederick V e ajudar a estabelecer a Academia Real Dinamarquesa de Belas Artes de Copenhague. Ele não voltou para a França até 1774, dois anos antes de sua morte. Apesar de sua curta carreira artística na França, Saly recebeu uma série de encomendas de prestígio. Sua obra-prima permanece sendo Cupido Testando uma de Suas Flechas, que Madame de Pompadour apresentou em suas três residências favoritas: no Château de Crécy e no Château de Bellevue, nos arredores de Paris, e no Hôtel d'Evreux, futuro local do Palais de l'Elysée. Escondida da vista em coleções privadas por mais de dois séculos, a escultura de Cupido de Saly foi revelada ao público em 2002 para a exposição Madame de Pompadour e as Artes do Château de Versailles. Ela foi considerada como um "tesouro nacional" pelo Estado francês em 2006. Depois de 1794, a obra foi adquirida por um comerciante de grãos e ficou em uma família aliada de seus descendentes. As obras de Jacques Saly, são raras. O Musée du Louvre lançou uma campanha para aquisição da obra e esta vai entrar na coleção permanente do museu em 2016.




Uma obra-prima da arte francesa pela sua delicadeza de composição e virtuosismo dos mármores, a estátua também é excelente pelo pedestal que permaneceu com ela desde o início. Ele foi executado pelo grande escultor e ornamentalista Jacques Verberckt, que produziu suntuosos painéis de madeira para o Château de Versailles e o Château de Fontainebleau, e que também era amigo de Saly. Na verdade, é bastante notável que os dois Escultores Reais trabalharam juntos na mesma encomenda.




Para executar este trabalho de arte espetacular, Saly aplicou toda a sua perícia. Seu reaparecimento na França é uma oportunidade inesperada para fazer brilhar luz sobre o artista, um escultor altamente qualificado que era sensível à arte de seu tempo.




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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Retrospectiva 2014 - Étienne-Maurice Falconet - escultor - 14 de Agosto de 2014

                                                  Winter - Étienne-Maurice Falconet

Retrospectiva 2014 - Étienne-Maurice Falconet - escultor - 14 de Agosto de 2014

Veja mais fotos e leia a biografia em: 

http://designmuitomais.blogspot.com.br/2014/08/etienne-maurice-falconet-escultor.html 

terça-feira, 7 de outubro de 2014

A história da obra de arte: O Rapto de Proserpina de GianLorenzo Bernini


A história da obra de arte: O Rapto de Proserpina de GianLorenzo Bernini (1621-1622)

O Rapto de Proserpina é uma escultura em mármore de GianLorenzo Bernini (1598-1680), Bernini é considerado um dos maiores artistas do século XVII, tendo seu trabalho quase todo centrado na cidade de Roma. A obra encontra-se na Galleria Borghese, em Roma.





O mito romano do rapto de Proserpina por Plutão é uma lenda que também aparece na cultura grega, onde Plutão se chama Hades e Proserpina é Perséfone, que encantou o obscuro deus com sua beleza, filha da deusa das colheitas Deméter. Ela é então raptada e levada para as profundezas da Terra, deixando sua mãe enfurecida. O rapto fez com que Deméter castigasse o mundo, arrasando com as plantações, entregando o mundo ao caos e à fome. Conta-se que Perséfone não podia comer nada que lhe fosse oferecido ou ela nunca mais voltaria para casa. Enquanto Zeus tentava convencer Plutão a liberar a moça, Perséfone comeu algumas sementes de romã, selando o seu destino. Assim, ela se viu obrigada a casar com Plutão, o que deixou Deméter ainda mais furiosa.






Zeus teria então interferido. Perséfone passaria metade do ano com o marido e a outra metade com a mãe. Dessa maneira, Deméter aceitou e assim os gregos explicavam as épocas do ano. Quando era verão e primavera, sua filha estava ao seu lado. No inverno e no outono, épocas frias, sem colheitas, Perséfone estava com o marido.

Gian Lorenzo Bernini (Nápoles, 7 de dezembro de 1598 – Roma, 28 de novembro de 1680) foi um eminente artista do barroco italiano, trabalhando principalmente na cidade de Roma. Distinguiu-se como escultor e arquiteto, além de pintor, desenhista e cenógrafo. Esculpiu numerosas obras de arte presentes até os dias atuais em Roma e no Vaticano. Gian Lorenzo Bernini nasceu em Nápoles, filho de Pietro Bernini, escultor maneirista. Acompanhou seu pai a Roma, onde suas precoces habilidades de prodígio logo foram notadas pelo pintor Annibale Carracci e pelo Papa Paulo V. Seus primeiros trabalhos foram inspirados em esculturas helenistas e romanas, que estudou em detalhe. Virtuosismo e imitação do mundo eram os dotes do escultor, mas foi o gênero de retratos ou bustos que fez sua fortuna. Por toda sua vida retratou papas, reis, nobres, personagens mais importantes e influentes de seu tempo.




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terça-feira, 13 de maio de 2014

Luminária "Strato Out"


Luminária "Strato Out" - para uso exterior, em camadas de mármore Travertino
Designer: Raffaello Galiotto para Marmi Serafini

sábado, 8 de fevereiro de 2014

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

domingo, 26 de janeiro de 2014

Mesa de centro "Moonlight Kaleidoscope"


Mesa de centro "Moonlight Kaleidoscope" - com estrutura de madeira, marchetaria em mármore e base em latão polido
Design: Rue Monsieur Paris

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Bufê "Midnight Gallery" - lançamento na Maison&Objet Paris 2014


Bufê "Midnight Gallery" - com estrutura de madeira, marchetaria de mármore, sobre pés em aço inoxidável - lançamento na Maison&Objet Paris 2014
Design: Rue Monsieur Paris

terça-feira, 17 de setembro de 2013

domingo, 8 de setembro de 2013

Luminária "Novecento" - com inspiração no estilo Art Decô


Luminária "Novecento" - com inspiração no estilo Art Decô, com lâmpada LED, disco de mármore e armação em metal
Designer: Davide Giulio Aquini

sábado, 6 de julho de 2013

Mesa lateral/banco "Banquete"


Mesa lateral/banco "Banquete" - em madeira com tampo de mármore e com ranhuras nas laterais para acomodar os cintos de couro que seguram as almofadas
Design: Micomoler

terça-feira, 2 de julho de 2013

Vaso "Osmosi Fiamma"


Vaso "Osmosi Fiamma" - em vidro soprado de Murano com base em mármore
Designer: Emmanuel Babled para Venini

domingo, 30 de junho de 2013

Luminária "Eclipse"


Luminária "Eclipse" - em mármore, com placas deslizantes para controlar a intensidade de luz e trazer um efeito de eclipse lunar
Designers:  Tiziana Latorre, Maria Buonamassa, Natalia Risola, Angelica Contursi

domingo, 31 de março de 2013

Mesas "Mercury" - Zaha Hadid - Pré-lançamento do "Salone Internazionali Del Mobili 2013"


Mesas "Mercury" em mármore
Pré-lançamento do "Salone Internazionali Del Mobili 2013" (feira de decoração e design em Milão, Itália, de 9 a 14 de Abril de 2013)
Designer: Zaha Hadid para Citco