Paolo
Veronese - Quatro Alegorias do Amor – União Feliz – c. 1575 – óleo sobre tela - 187.4
x 186.7 cm - The National Gallery, London
As Quatro Alegorias do Amor de Paolo Veronese
Esta série de quatro pinturas, representam vários atributos
de amor, ou talvez diferentes fases do amor como “infidelidade”, “desprezo”, “respeito”
e culminando em “união feliz”. Elas foram claramente concebidas como
compartimentos de um teto decorado e podem se relacionar com uma câmara
nupcial. Veronese utilizou este tipo de “perspectiva oblíqua” para decorações
de teto em Veneza: o ângulo de aproximação corresponde a um ponto de vista oblíquo
por baixo da pintura, evitando a distorção extrema de figuras, diretamente
acima da cabeça do espectador. Em 1637 as quatro alegorias, foram registradas
na coleção em Praga do imperador Rudolph II, o grande patrono das artes de sua época,
que provavelmente as encomendou.
Paolo
Veronese - Quatro Alegorias do Amor – Infidelidade – c. 1575 – óleo sobre tela -
189.9 x 189.9 cm - The National Gallery, London
A teoria dominante é que a imagem representa um triângulo
amoroso clássico, com uma carta secreta que está sendo passada entre um dos
homens e a mulher nua. O Cupido está à esquerda.
Paolo
Veronese - Quatro Alegorias do Amor – Desprezo - c. 1575 – óleo sobre
tela - 186.6 x 188.5 cm - The National Gallery, London
O Cupido bate impiedosamente num homem prostrado, enquanto
duas mulheres olham com as mãos entrelaçadas. A que está semi-nua, provavelmente,
personifica o amor carnal, enquanto a outra, completamente vestida, carrega um
arminho, usado frequentemente como um símbolo de castidade. Isto pode ser
entendida como uma ilustração de como o amor engloba, mas também é dividido
entre o desejo e devoção.
Paolo
Veronese - Quatro Alegorias do Amor – Respeito - c. 1575 – óleo sobre tela - 186.1
x 194.3 cm - The National Gallery, London
A interpretação dominante da imagem é que o homem com
armadura é tentado pelo Cupido, mas desiste de dormir nu, em respeito.
Paolo
Veronese - Quatro Alegorias do Amor – União Feliz – c. 1575 – óleo sobre tela - 187.4
x 186.7 cm - The National Gallery, London
Um casal está unido pelas mãos de uma mulher nua, assistida
por um menino (possivelmente Vênus e Cupido, embora faltem características para
identificá-los de forma segura). A união entre o casal é marcada por uma coroa
de louros, significando sua virtude, e um ramo de oliveira simbolizando a paz.
A corrente de ouro provavelmente se refere ao casamento, enquanto o cão é um símbolo
de fidelidade.
Paolo Caliari Veronese (Verona, cerca de 1528 — Veneza, 19
de abril de 1588) foi um importante pintor maneirista da Renascença italiana. Nasceu
com o nome de Paolo Cagliari, ou Caliari, tendo incorporado, como usado na Itália
de seu tempo, o topônimo que o tornou conhecido, "Il Veronese", por
haver nascido em Verona. Sua produção e vida artística, porém, desenvolveram-se
em Veneza. Incorporou o estilo maneirismo, com suas complexas perspectivas e as
posturas forçadas dos modelos, como as que se encontram em Michelangelo.
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