"Portrait of
a Lady with a Unicorn" - Raphael - c.1505-1506 - óleo sobre madeira - 67.8 x 53 cm - Galleria
Borghese, Roma, Itália
Unicórnio: um ser mágico na arte
"The Unicorn" - Gustave Moreau - 1884-1885 – óleo sobre tela
- 50 x 34.5 cm
O unicórnio é um animal mitológico que tem a forma de um cavalo, geralmente branco, com um único chifre em espiral. Sua imagem está associada à pureza e à força. Segundo as narrativas, são seres dóceis, porém são as mulheres virgens que têm mais facilidade para tocá-los.
"Virgin and
Unicorn" (A Virgin with a Unicorn) - Annibale Carracci - 1605 - afresco - Farnese
Palace
Tema de notável recorrência nas artes medievais e
renascentistas, o unicórnio, assim como todos os outros animais fantásticos,
não possui um significado único.
Considerado um equino fabuloso benéfico, o unicórnio é associado à virgindade, já que segundo o mito, o único ser capaz de domar um unicórnio é uma donzela
pura.
"The
Unicorns" - Gustave Moreau - c.1885 - óleo sobre
tela - 90 x 115 cm - Musée Gustave Moreau, Paris
Leonardo da Vinci escreveu o seguinte sobre o unicórnio: "O unicórnio, através da sua intemperança e
incapacidade de se dominar, e devido ao deleite que as donzelas lhe
proporcionam, esquece a sua ferocidade e selvajaria. Ele põe à parte a
desconfiança, aproxima-se da donzela sentada e adormece no seu regaço. Assim os
caçadores conseguem caçá-lo."
"The
Abduction of Europa" - Gustave Moreau - c.1869 – aquarela - Wadsworth Atheneum,
Hartford, CT, USA
A origem do tema do unicórnio é incerta e se perde nos
tempos. Presente nos pavilhões de imperadores chineses e na narrativa da vida
de Confúcio, no Ocidente faz parte do grande número de monstros e animais
fantásticos conhecidos e compilados na era de Alexandre e nas bibliotecas e
obras helenísticas.
"Maiden with
Unicorn" - tapeçaria - século XV - Musée de Cluny, Paris
Representações profanas do unicórnio encontram-se em
tapeçarias do Norte da Europa e nos cassoni (grandes caixas de madeira
decoradas, parte do enxoval das noivas) italianos dos séculos XV e XVI. O
unicórnio também aparece em emblemas e em cenas alegóricas, como o Triunfo da
Castidade ou da Virgindade.
"The Unicorn
Is Penned" - c. 1495–1505 - The Cloisters, Metropolitan Museum
of Art, New York
O unicórnio tem sido uma presença frequente na literatura
fantástica, surgindo em obras de Lewis Carroll, C.S. Lewis e Voltaire. Alguns relatos dizem também, que esses seres mágicos são
capazes de se alimentar de nuvens do entardecer e raios de sol. Isso só ocorre
pelo fato de essas serem as únicas substâncias puras o suficiente para esse
animal fantástico ingerir. Além disso, os unicórnios, devido a sua origem
mágica, conseguem transformar quaisquer tipos de substâncias impuras e
putrefatas em substâncias brilhantes, cheias de luz e vida.
"The Unicorn" - Gustave Moreau - c.1885 – óleo sobre tela - Musée Gustave Moreau, Paris
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