Camille
Corot - A Morning. the Dance of the Nymphs (Une Matinée. la Danse des Nymphes), 1850 – óleo sobre tela –
98 x 131 cm – Musée D´Orsay, Paris
A história da pintura de Camille Corot - A Morning. the
Dance of the Nymphs
A pintura “A Morning. the Dance of the Nymphs” (Uma Manhã, a
Dança das Ninfas) foi o resultado de uma "colagem" de duas cenas
diferentes. Embora a pintura tenha sido apresentada como uma bacanal no Salão
de Paris de 1851, as figuras da dança podem ter sido baseadas no devaneio do artista das
cenas lembradas da ópera. Além disso, o pano de fundo das árvores se assemelha
a uma cortina de palco, e impregna toda a cena com a atmosfera de um balé. O
título acrescenta ainda a essa ambiguidade, a palavra "matinée"
possivelmente sendo uma alusão a performances diurnas, em oposição a
"soirées".
A “Dança das Ninfas” representa um momento de virada na
carreira de Corot, anunciando sua mudança de paisagens "históricas"
para "líricas" onde o mundo natural está cada vez mais sujeito a
efeitos atmosféricos. Aqui, no entanto, o artista não vai tão longe quanto as
paisagens "puras" como as dos pintores da escola de Barbizon, de quem
era muito próximo. O trabalho de Corot mantém a marca da tradição, tanto na
sobrevivência dos temas mitológicos quanto na clara distinção entre os estudos
da natureza e as pinturas de estúdio.
Para esta paisagem, Corot produziu uma imagem espelhada de
um estudo que ele fez nos jardins do Palácio Farnese em Roma, vinte anos antes.
As folhas suaves e borradas, tão específicas para este período posterior do
trabalho de Corot, testemunham o interesse do artista pelos elementos da
natureza e não pelos personagens retratados. Este é um aspecto significativo
que contribuiu para a importância de Corot no desenvolvimento da pintura do
século XIX. Ele está a um passo de distância da paisagem rural, que anunciou a
pesquisa dos futuros impressionistas.
Camille
Corot - A Morning. The Dance of the Nymphs (Une Matinée. La Danse des Nymphes),
1850 – óleo sobre tela – 98 x 131 cm – Musée D´Orsay, Paris - detalhe
Jean-Baptiste-Camille Corot (17 de Julho de 1796 – 22 de
Fevereiro de 1875) foi um pintor francês de paisagens e de retratos, assim como
um gravurista. Ele é uma figura fundamental na história da pintura de paisagem
e sua vasta produção faz referência tanto à tradição Neo-Clássica, como
antecipa as inovações do plein-ar do impressionismo. Em 1825-1828, Corot viajou
para a Itália (o que era considerado essencial para a formação de um artista da
paisagem). Em 1827, ele enviou suas primeiras pinturas ao Salão de Paris. Corot
viajou extensivamente pela Europa ao longo de sua vida, e durante essas viagens
ele pintou ao ar livre, preenchendo inúmeros cadernos com desenhos. Durante os
meses de inverno, ele trabalhava em estúdio, em ambiciosas paisagens e temas
mitológicos e religiosos destinadas para o Salão de Paris. Sua reputação foi
estabelecida na década de 1850, que também foi o período em que seu estilo se tornou
mais suave e suas cores mais restritas. Sua influência na posterior pintura de
paisagem do século 19, incluindo os Impressionistas, foi imensa,
particularmente em sua interpretação de luz sobre a paisagem.
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