segunda-feira, 17 de julho de 2017

A história da pintura de Camille Corot - A Morning. the Dance of the Nymphs

Camille Corot - A Morning. the Dance of the Nymphs (Une Matinée. la Danse des Nymphes), 1850 – óleo sobre tela – 98 x 131 cm – Musée D´Orsay, Paris



A história da pintura de Camille Corot - A Morning. the Dance of the Nymphs


A pintura “A Morning. the Dance of the Nymphs” (Uma Manhã, a Dança das Ninfas) foi o resultado de uma "colagem" de duas cenas diferentes. Embora a pintura tenha sido apresentada como uma bacanal no Salão de Paris de 1851, as figuras da dança podem ter sido baseadas no devaneio do artista das cenas lembradas da ópera. Além disso, o pano de fundo das árvores se assemelha a uma cortina de palco, e impregna toda a cena com a atmosfera de um balé. O título acrescenta ainda a essa ambiguidade, a palavra "matinée" possivelmente sendo uma alusão a performances diurnas, em oposição a "soirées".

A “Dança das Ninfas” representa um momento de virada na carreira de Corot, anunciando sua mudança de paisagens "históricas" para "líricas" onde o mundo natural está cada vez mais sujeito a efeitos atmosféricos. Aqui, no entanto, o artista não vai tão longe quanto as paisagens "puras" como as dos pintores da escola de Barbizon, de quem era muito próximo. O trabalho de Corot mantém a marca da tradição, tanto na sobrevivência dos temas mitológicos quanto na clara distinção entre os estudos da natureza e as pinturas de estúdio.

Para esta paisagem, Corot produziu uma imagem espelhada de um estudo que ele fez nos jardins do Palácio Farnese em Roma, vinte anos antes. As folhas suaves e borradas, tão específicas para este período posterior do trabalho de Corot, testemunham o interesse do artista pelos elementos da natureza e não pelos personagens retratados. Este é um aspecto significativo que contribuiu para a importância de Corot no desenvolvimento da pintura do século XIX. Ele está a um passo de distância da paisagem rural, que anunciou a pesquisa dos futuros impressionistas.


Camille Corot - A Morning. The Dance of the Nymphs (Une Matinée. La Danse des Nymphes), 1850 – óleo sobre tela – 98 x 131 cm – Musée D´Orsay, Paris - detalhe


Jean-Baptiste-Camille Corot (17 de Julho de 1796 – 22 de Fevereiro de 1875) foi um pintor francês de paisagens e de retratos, assim como um gravurista. Ele é uma figura fundamental na história da pintura de paisagem e sua vasta produção faz referência tanto à tradição Neo-Clássica, como antecipa as inovações do plein-ar do impressionismo. Em 1825-1828, Corot viajou para a Itália (o que era considerado essencial para a formação de um artista da paisagem). Em 1827, ele enviou suas primeiras pinturas ao Salão de Paris. Corot viajou extensivamente pela Europa ao longo de sua vida, e durante essas viagens ele pintou ao ar livre, preenchendo inúmeros cadernos com desenhos. Durante os meses de inverno, ele trabalhava em estúdio, em ambiciosas paisagens e temas mitológicos e religiosos destinadas para o Salão de Paris. Sua reputação foi estabelecida na década de 1850, que também foi o período em que seu estilo se tornou mais suave e suas cores mais restritas. Sua influência na posterior pintura de paisagem do século 19, incluindo os Impressionistas, foi imensa, particularmente em sua interpretação de luz sobre a paisagem.


Esse blog possui mais um artigo sobre Camille Corot. Clique aqui para ver:



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